História e memória: a importância da preservação e da recordação do passado
… “Um dos fenómenos mais trágicos das sociedades pós-modernas é a ausência (ou perda) da memória, seja ela individual ou colectiva. Sim, hoje o homem é um infeliz desmemoriado. Carente, necessitado e angustiado, ele recusou a memória, pois há cerca de quarenta anos a pedagogia construtivista baniu a “decoreba” dos bancos escolares. E ninguém melhor que Salvador Dalí (1904- 1989) para representar o esvaecimento da memória nos tempos modernos, em um belíssimo e instigante quadro com quatro relógios que se derretem, tendo como pano de fundo uma sombria e isolada paisagem (A persistência da memória, 1931).
Na Educação, decorar passou a ser sinônimo de injúria, de ofensa, uma desqualificação para o educador. Paulo Freire (1921-1997) e muitos pedagogos atuais se esqueceram que decorar significa “saber de cor”, com o coração, pois quando se ama o conhecimento, ele é adquirido primeiro com o coração, depois com a mente.”….
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