quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cavaco anuncia recandidatura a Belém com auto-elogio dirigido ao futuro

Movido pela "consciência dos graves problemas do país", Cavaco Silva anunciou a recandidatura a Belém, "sem outdors", questionando-se como estaria Portugal sem a sua "acção intensa e ponderada", que lamentou não tivesse sido "mais bem aproveitada".

"Quero anunciar aos portugueses que, depois de uma profunda reflexão, decidi recandidatar-me à Presidência da República". Foi a primeira frase do discurso, depois de, acompanhado da mulher, ter surgido na sala do Centro Cultural de Belém repleta de convidados, por detrás do cenário pintado de verde e salpicado por dez bandeiras nacionais.

Seguiram-se as justificações e o auto-elogio, reflectidos em cada frase da comunicação, que durou mais de 20 minutos. "Portugal encontra-se numa situação difícil. Mas há uma interrogação que cada um, com honestidade, deve fazer: em que situação se encontraria o País sem a acção intensa e ponderada, muitas vezes discreta, que desenvolvi ao longo do meu mandato?"

Pergunta foi, obviamente, e a resposta do autor não podia ser outra: "Sei bem que a minha magistratura de influência produziu resultados positivos. Mas também sei - e esta é a hora de dizê-lo - que podia ter sido mais bem aproveitada pelos diferentes poderes do Estado".

A crítica a quem não seguiu os seus "alertas e apelos" estava feita e Cavaco não se cansou de se referir à sua experiência em Belém para dizer que conhece muito bem o país os problemas que se colocam no futuro imediato. Entre eles, enumerou "o desemprego e o endividamento externo" e deu a receita, ao considerar que se exige "um reforço da produtividade e da capacidade competitiva da economia e o aumento da produção de bens e serviços que concorrem com a produção externa".

"Está ao nosso alcance agarrar o futuro com determinação e generosidade. Está ao nosso alcance construir um Portugal mais desenvolvido e mais justo". "É isso que me motiva", assegurou, antes de lançar uma frase-chave, que certamente se ouvirá ao longa da campanha: "Eu acredito".

Sempre a reforçar a ideia de que tem consciência dos problemas do país, Cavaco não deixou de falar ao coração dos que mais dificuldades financeiras enfrentam. Garantiu que a sua campanha não terá um único cartaz exterior.

"Não me sentiria bem com a minha consciência gastando centenas de milhares de euros com a afixação de cartazes", disse, anunciando que só gastará metade do que a lei prevê. O que significada que, mesmo sem outdoors, serão gastos em propaganda eleitoral 2,09 milhões de euros.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Associação Nacional dos Municípios Portugueses critica o Orçamento de Estado 2011

O Conselho Geral da ANMP, reunido em 20 de Outubro de 2010, tendo presente o Parecer sobre a Proposta de Lei do Orçamento de Estado para 2011, após analisar:

a) A divergência entre o crescimento dos impostos do Estado e as receitas municipais provenientes do Orçamento de Estado, diminuindo cada vez mais o peso destas em relação aos impostos de referência (IRS+IRC+IVA), desde 2005;

b) A redução de 100 milhões de euros nas receitas municipais decidida pelo Governo em Junho, através das Medidas Adicionais ao PEC;

c) A imposição do endividamento líquido nulo ao subsector público administrativo proporcionalmente menos endividado ― a Administração Local;

d) A comparação do valor total do endividamento municipal com o endividamento das empresas públicas, em que só a REFER ultrapassa o valor de todos os Municípios juntos;

e) O decréscimo da cobrança dos impostos locais em 2% no 1º semestre de 2010;

f) A diminuição de taxas do IMI como única medida de desagravamento fiscal tomada pelo Governo (sobre receitas que não são suas);

g) A responsabilidade dos Municípios por cerca de metade do investimento público, com transferências do Orçamento de Estado correspondentes apenas 10% da receita deste;

h) As dificuldades que se colocam para assegurar o princípio do equilíbrio
orçamental e a concretização do investimento municipal;

i) A utilização dos 100 milhões de euros retidos aos Municípios para dar cobertura ao aumento da despesa da Administração Central em 2010;

j) O A prática do Governo em 2010, que prova que a redução de receitas municipais não significa combate ao défice público;

k) O aumento do endividamento líquido global até mais de 20.700 milhões de euros que o Governo propõe para utilização exclusiva da Administração Central em 2011 (artº.81º e 89º);

l) O contributo dos Municípios em apenas 0,66% nos 9,4% de défice público em 2009, sendo a responsabilidade da Administração Central 14 vezes superior à do Poder Local;

m) O valor positivo do saldo global da Administração Local, no 1º semestre de 2010;

n) O superavit de 183 milhões de euros da Administração Local no 1º semestre de 2010, em contraste com o agravamento da situação deficitária da Administração Central em 350 milhões de euros, no mesmo período;

o) A redução de receitas municipais em:
― 127 milhões de euros (-5%), desde Junho de 2010;
― 227 milhões de euros (-8,6%), desde Abril de 2010;
―150 milhões de euros (- 6%) em relação à aplicação da Lei de Finanças Locais para 2011.

p) O insistente e declarado incumprimento pelo Governo da transferência de 5% de IRS dos Municípios da Madeira e dos Açores, correspondente ao período de Março a Dezembro de 2009, apesar de expressamente determinado no Orçamento de Estado para 2010;

q) O inevitável recurso de dezenas de Municípios, em 2011, a empréstimos para saneamento e reequilíbrio financeiros;

r) Os erros graves existentes no articulado na PLOE/2011, no que se refere à forma de cálculo das transferências para os Municípios;

s) A redução em 8,6% do Fundo de Financiamento das Freguesias;

t) A redução em 9,2% das transferências para as Áreas Metropolitanas e para as Comunidades Intermunicipais;

u) A omissão de valores a transferir para os Municípios a partir do orçamento do Ministério da Educação;

v) A existência de mais de 76 milhões de euros de dívidas do Ministério da Educação aos Municípios, referentes a 2009 e 2010, sem que se perceba como e quando será feito o pagamento;

w) A retenção de verbas municipais para o Serviço Nacional de Saúde, sem correspondência com as despesas de saúde efectuadas pelos trabalhadores das autarquias;

x) A necessidade de acelerar a execução do QREN, no qual os Municípios são a principal alavanca;

y) A constatação da existência de dívidas de diversos Ministérios aos Municípios, por contratos-programa não cumpridos, com especial realce para os Ministérios da Educação, da Administração Interna, da Cultura e do Ambiente;

z) Os cerca de 200 milhões de euros de encargos correspondentes a despesas dos Municípios com a Protecção Civil, na sequência das responsabilidades que lhes têm vindo a ser atribuídas, sem os correspondentes meios.


Perante o calamitoso conjunto de factos referidos, a que se poderiam acrescentar muitos outros que constam do Parecer da ANMP sobre a Proposta de Lei do OE/2011, o Conselho Geral decide:


1 ― Considerar desastrosa para o Poder Local e para os Munícipes a Proposta de Lei do Orçamento de Estado para 2011;

2 ― Rejeitar as novas reduções de receitas municipais contidas na Proposta de Lei;

3 ― Sugerir que as reduções de receitas aos Municípios sejam substituídas por reduções nas empresas públicas, como por exemplo as Estradas de Portugal, que gerem apenas 16 mil km, enquanto a rede viária municipal é de 90 mil km; 

4 ― Exigir à Assembleia da República, através dos seus Grupos Parlamentares, que assumam as suas responsabilidades, corrigindo a Proposta de Lei no sentido de assegurar:
a) A reposição das receitas municipais no nível correspondente ao Orçamento de Estado para 2010;
b) A negociação e aprovação de uma linha de crédito da CGD com BEI que assegure os empréstimos para saneamento e reequilíbrio financeiros que irão ser necessários para dezenas de Municípios, e a que Banca portuguesa não está em condições de corresponder;
c) A excepção ao endividamento de todos os empréstimos para obras cofinanciadas pelo QREN, sem recurso a quaisquer despachos de membros do Governo;
d) O pagamento das dívidas da Administração Central aos Municípios, com especial incidência nos Ministérios da Educação, Administração Interna, Cultura e Ambiente;
e) A necessidade de financiamento dos Serviços Municipais de Protecção Civil,através de receita proveniente das apólices de seguro referentes a investimentos e actividades geradoras de risco;
f) A avaliação, nos termos do Código do IMI, dos cerca de 4 milhões de prédios urbanos ainda não avaliados, e a correspondente adequação, em baixa, das taxas desse imposto;
g) A suspensão, em 2011, das diversas normas da Lei de Finanças Locais que tornarão muitos Municípios quase ingovernáveis no próximo ano, face à crise financeira que lhes está a ser criada (ver parecer da ANMP sobre a PLOE/2011 – ponto 18.);

5 ― Registar que o Governo não tem minimamente em conta as múltiplas propostas que lhe foram remetidas pela ANMP em fase preparatória do Orçamento de Estado;

6 ― Propor ao Governo o prolongamento para 2011 do acordo estabelecido com o Ministério da Economia, para a aceleração de execução do QREN;

7 ― Sugerir aos Municípios que as prioridades de investimentos sejam para as obras cofinanciadas pelo QREN;

8 ― Sugerir a realização de reuniões públicas das Câmaras e Assembleias Municipais, para análise e debate da situação financeira que está a ser criada ao Poder Local e das repercussões que irá ter na realização de obras e na prestação de serviços às populações;

9 ― Ter em conta que o Poder Local é a primeira resposta para os problemas das pessoas, que não podem falar com Ministros, nem com Secretários de Estado para resolveram as suas dificuldades;

10 ― Assegurar aos portugueses que os Municípios procurarão manter a serenidade na situação dramática que irão viver, com a preocupação fundamental de apoiar as populações respectivas na minoração das suas dificuldades;

11 ― O Conselho Directivo considere a possibilidade de solicitar a convocação de uma reunião do Conselho Geral extraordinária que, tendo em conta os resultados que venham a ser obtidos nas reuniões a efectuar na Assembleia da República com as Comissões e Grupos Parlamentares, delibere sobre o tipo de iniciativas que se revelem necessárias.


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PS e PSD empatados nas sondagens

Sociais-democratas não capitalizam a impopularidade das medidas de austeridade anunciadas pelo Governo.

O PS e o PSD descem nas intenções de voto, mas os dois partidos estão num empate absoluto, com 35,3%, indica o barómetro da Eurosondagem para a Renascença/SIC/Expresso.

Os sociais-democratas não capitalizam a impopularidade das medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, num mês em que se verifica uma descida generalizada de popularidade na classe política, a que não escapa o Presidente da República.


PS e PSD estão exactamente iguais na liderança das intenções de voto, com 35,3% para cada um. Um empate absoluto que lança ainda mais incerteza quanto ao vencedor das eleições num eventual cenário de crise política provocada pelo chumbo do Orçamento de Estado para 2011.

Os dois mariores partidos descem em relação ao barómetro do mês anterior: 0,7% os socialistas e 0,5% os sociais-democratas.

O CDS-PP perde 0,4% e passa a registar 8% das preferências, sendo ultrapassado pela CDU, que é agora a terceira força política.

Os dois partidos à esquerda do PS são os únicos que sobem. CDU e Bloco de Esquerda acrescentam 0,7% ao seu eleitorado. Os comunistas chegam aos 8,4% e o Bloco aos 7,8%.

Esta distribuição do eleitorado deixa os partidos da direita a mais de 8% da esquerda o que, num eventual quadro parlamentar, só permitiria a formação de uma maioria de três partidos, com excepção do chamado “bloco central” entre os dois maiores.

No ranking de popularidade o barómetro regista uma descida generalizada da classe política, com destaque para Cavaco Silva. O Presidente da República continua a ser o mais popular, mas tem uma queda de 4,1% em relação ao mês passado.


domingo, 24 de outubro de 2010

XIV Congresso da Federação de Évora – Viana do Alentejo



sábado, 23 de outubro de 2010

Síntese do XIV Congresso da Federação de Évora – Viana do Alentejo


Reunidos em Congresso Federativo a 23 de Outubro de 2010, os Socialistas do Distrito de Évora, apresentaram em Viana do Alentejo, sob o lema “Connosco, o Alentejo conta” as principais linhas orientadoras para o futuro:

1. Prioridades políticas: a) Fazer crescer a economia e o emprego; b) Preservar o carácter público das políticas sociais.
2. Instrumentos de concretização: i) Um Governo Socialista em Portugal; ii) Governabilidade; iii) A Regionalização; iv) Um poder autárquico forte; v) Um PS mobilizado, actuante e aberto.

O Congresso votou por unanimidade a constituição da Mesa constituída por 10 elementos assim como a Comissão de Honra do Congresso constituída por 15 elementos. Foi votado por unanimidade e aclamação o Presidente Honorário do Partido, o camarada Victor Martelo.

Num Congresso historicamente participado, com a apresentação e aprovação da moção estratégica de Capoulas Santos e de 8 moções sectoriais, nas temáticas do turismo, eleições presidenciais, poder local, escola pública, Paridade e o papel da Mulher na vida pública e regionalização, foram firmados com o Alentejo os seguintes compromissos:

- Um Alentejo capaz de fixar os jovens, felizmente cada vez mais qualificados.

- Um Alentejo com um património natural e cultural preservado e divulgado.

- Um Alentejo cuja “marca” seja reconhecida nacional e internacionalmente.

- Um Alentejo que detenha uma agricultura moderna e mais competitiva, com uma qualidade crescente e com uma agro-indústria de vocação exportadora.

. Um Alentejo com clusters como a indústria aeronáutica, o turismo e as energias renováveis (aproveitando as infra-estruturas e os estímulos ao investimentos lançados pelo PS) geradoras de emprego, fomentando uma economia competitiva.

- Um Alentejo de prosperidade e qualidade de vida para os seus cidadãos.

- Um Alentejo capaz de garantir a todos os seus cidadãos cuidados de saúde adequados, através da conclusão prevista do Novo Hospital em 2013, como também de uma rede de cuidados primários e continuados instalados no território, com critérios de racionalidade e eficácia.

- Um Alentejo que continue a investir na educação, não só em termos de modernização como também garantindo uma cobertura de 1oo% das crianças em idade de pré-escolar e de 100% dos alunos nos 12 anos de escolaridade obrigatória e da manutenção do ensino profissional

- Um Alentejo que estime e cuide dos seus idosos, melhorando progressivamente as suas pensões de reforma e de acesso aos medicamentos, investindo em simultâneo numa rede de equipamentos e de apoios domiciliários.

Foram apresentadas e aprovadas as listas candidatas aos Órgãos Federativos tendo sido eleitos 81 membros efectivos e 82 membros suplentes. As listas aos órgãos para além de respeitarem a conformidade paritária estabelecida estatutariamente superam não só essa fasquia como apresentam forte participação da juventude.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Programa do XIV Congresso Federação do PS de Évora

Este Sábado terá lugar no Cine-Teatro Vianense mais um Congresso da Federação, que irá aprovar o programa de acção e eleger os dirigentes distritais do PS-Évora para os próximos dois anos.



Vangelis - Conquest Of Paradise



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Viana do Alentejo palco do XIV Congresso da Federação Distrital de Évora do PS

Capoulas Santos apresenta lista de notáveis para Comissão de Honra do Congresso Socialista

Capoulas Santos, recém-eleito Presidente da Federação do PS de Évora, reuniu uma lista de notáveis ligados ao Partido Socialista e independentes, que assumirão papel na Comissão de Honra do XIV Congresso da Federação Distrital de Évora do PS.

O novo líder distrital, que elegeu a totalidade dos 143 delegados ao Congresso socialista, aí colocará à discussão e aprovação a Moção “Connosco, o Alentejo conta”.

O conclave realiza-se no próximo dia 23 de Outubro, em Viana do Alentejo, no Cine-Teatro Vianense

COMISSÃO DE HONRA

- BERNARDINO ANTÓNIO BENGALINHA PINTO
Presidente da C.M. de Viana do Alentejo. Independente

- CARLOS MANUEL GANITO BACALHAU
Presidente da Juventude Socialista do Distrito de Évora

- CRISTINA DE JESUS BARRENHO
Presidente das Mulheres Socialistas do Distrito de Évora

- FILIPE BENJAMIM JORGE DOS SANTOS
Fundador do PS em Évora

- JOÃO MANUEL FALCÃO MARQUES
Ex-Presidente da Federação de Évora

- JOÃO JOSÈ MARTINS NABAIS
Dirigente Distrital do PS e ex-Presidente da CM do Alandroal

- JORGE QUINA ARAÙJO
Ex-Reitor da Universidade de Évora e Membro Fundador do “Fórum Alentejo”

- JOSÉ ALBERTO FATEIXA
Dirigente Distrital do PS, ex-Deputado e ex-Presidente da CM de Estremoz

- JOSÉ LUIS CARDOSO
Dirigente Distrital do PS. Membro da AME e ex-Governador Civil de Évora

- JOSÉ ANTÓNIO BICO MEDINAS
Presidente da Junta de Freguesia de Reguengos de Monsaraz desde 1979

- JOSÉ PEIXOTO
Presidente da Junta de Freguesia de Pardais (Vila Viçosa) desde 1976. Independente

- JOSÉ RAMALHO ILHÉU
Ex-Presidente da Federação de Évora

- LUIS CALDEIRINHA ROMA
Presidente da C.M. de Vila Viçosa. Independente

- MIGUEL CAPINHA ALVES
Ex-Presidente da Federação de Évora

- VICTOR JAIME RIBEIRO DOS SANTOS
Ex-Presidente da Federação de Évora

MANDATÁRIO

- JOÃO CUTILEIRO
Escultor. Independente

Visto em http://capoulassantospsevora.wordpress.com/

Cine-Teatro Vianense: 22 de Outubro

Sexta-feira, 22 de Outubro, pelas 21:30 horas
"Os Limites do Controlo"


Realização: Jim Jarmusch
Com: Isaach De Bankolé, Tilda Swinton e Gael Garcia Bernal
Género: Drama/Thriller
Classificação: M/12
ESP/EUA/JAP, 2009

Sinopse
"Os Limites do Controlo" narra a história de um marginal, um solitário em viagem por Espanha que está prestes a terminar um trabalho ilícito. A sua viagem percorre Espanha, mas percorre essencialmente a sua consciência. 

 Para mais informação consulte o sítio da Câmara

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Elvas obriga funcionários a devolver os aumentos

A Câmara Municipal de Elvas anulou os aumentos salariais efectuados no ano passado, exigindo a devolução do dinheiro, e os concursos para novas contratações, o que no total abrange 220 trabalhadores.

O vice-presidente do município, Nuno Mocinha, explicou à Agência Lusa que os 160 funcionários da autarquia que foram aumentados, em 2009, no âmbito dos reposicionamentos salariais, têm agora de devolver o dinheiro que receberam nos aumentos.

A autarquia anulou também os concursos para novas contratações. A decisão abrange cerca de 60 trabalhadores, que, desta forma, já não serão recrutados para o quadro da Câmara, permanecendo com contratos a prazo, sendo que muitos destes terminam no final do ano.

O vice-presidente do município explicou que ambas as decisões se prendem com "irregularidades" cometidas aquando da elaboração do orçamento municipal para 2010.

"Existia uma irregularidade. A legislação prevê que nos documentos provisionais que são aprovados no final do ano para vigorarem no ano seguinte devem estar previstas as verbas tanto para os reposicionamentos salariais como para novos recrutamentos. E, neste caso, as verbas ou eram insuficientes ou não foram cabimentadas", justificou o autarca.

Nuno Mocinha refutou, no entanto, que seja feita qualquer leitura que se prenda com falta de verbas por parte da Câmara de Elvas. "Não é uma questão de falta de dinheiro. A Câmara de Elvas tem dinheiro, tanto assim é que pagou os aumentos salariais. Trata-se apenas de uma questão técnica associada à elaboração do orçamento", disse.

O valor destinado aos aumentos salariais ascende a 250 mil euros e para as novas contratações a 50 mil euros.

Trabalhador tem de devolver mais de 1800 euros

Os trabalhadores da câmara afetados por ambas as medidas já foram informados pelo presidente do município, o socialista José Rondão Almeida.

Vladimiro Lascas trabalha há 24 anos na autarquia e diz-se muito preocupado com a situação. "Em Janeiro de 2009 ganhava 762 euros. Fui aumentado em cerca de 75 euros, em Dezembro de 2009, com efeitos retroactivos a Janeiro do mesmo ano. Agora, o meu salário volta ao valor inicial e ainda tenho de devolver à Câmara 1812 euros, em 14 prestações, no valor de 204 euros. Ou seja, fico a ganhar pouco mais de 500 euros por mês", explicou o trabalhador.

Sindicato admite providência cautelar

Francisco Vieira, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), avançou à Agência Lusa a possibilidade de ser interposta uma providência cautelar.

"No que diz respeito aos aumentos salariais, que agora vão ter de ser devolvidos, o STAL está a analisar a possibilidade legal de interpor providências cautelares para início de defesa do processo", disse.

"As autarquias têm autonomia administrativa e financeira, ou seja, têm maleabilidade para fazerem alterações orçamentais e o orçamento podia ser dotado mais tarde, evitando esta penalização para os trabalhadores", alegou.

JN

domingo, 17 de outubro de 2010

A Arte da Guerra

Na foto 2 ex-enfileirados do PCP, agora autarcas do PS: de frente e de óculos, da direita para a esquerda, José Piteira Presidente da Junta de Freguesia de Nª S.ª de Machede e josé Ernesto Oliveira, presidente da Câmara de Évora.


Black Sabbath - Iron Man

.. "Quando do exército inimigo saem homens para vir para o teu serviço, se forem fiéis tratar-se-á sempre de uma boa aquisição, porque as forças do adversário enfraquecem muito mais com a perda dos que desertam do que com a dos que morrem, ainda que a designação de desertor seja suspeita para os novos amigos e odiosa para os antigos.".. 

Nicolo Maquiavel, in 'A Arte da Guerra'

Jornada Mundial da recusa da pobreza

Colorized version of Great Depression photo "Migrant Mother" by Dorothea Lange"

 

História do dia 17 de Outubro

 

Jornada mundial da recusa da miséria


"No dia 17 de Outubro de 1987, respondendo ao apelo do Padre Joseph Wresinski, cem mil pessoas reuniram-se no Adro das Liberdades e dos Direitos Humanos no Trocadéro em Paris para renderem homenagem às vítimas da fome, da violência e da ignorância, para afirmarem a sua recusa da miséria apelando a humanidade a unir-se para fazer respeitar os Direitos Humanos.

Uma LAJE proclamando esta mensagem foi inaugurada nesse dia e nesse Adro, onde em 1948 tinha sido assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

100.000 pessoas reunidas à volta do Adro dos Direitos Humanos, no Trocadéro (Paris) - 17 de outubro de 1987Os cem mil cidadãos presentes eram pessoas de todas as origens, de todos os meios sociais e de todas as crenças. Algumas representavam as autoridades públicas internacionais, nacionais e locais. Outras eram famílias vivendo as realidades da grande pobreza à qual resistiam corajosamente no seu dia-a-dia.

A partir desta data, no dia 17 de Outubro de cada ano, os mais pobres e todos aqueles que, a seu lado, recusam a miséria e a exclusão reúnem-se, no mundo inteiro, com a finalidade de testemunharem a sua solidariedade e compromisso, para que os Direitos Fundamentais sejam restituídos aos mais pobres.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

As Comemorações do Centenário da República do concelho de Viana do Alentejo - parte 4

“Na tarde de dia 5 de Outubro foi, igualmente, inaugurada no salão nobre da Junta de Freguesia de Viana do Alentejo, a exposição “Imagens e Memórias da 1ª República do Concelho de Viana do Alentejo”, da autoria de Francisco José Baião.

A exposição pode ser visitada até ao dia 23 deste mês, nos dias úteis entre as 9h00 e as 12h30 e entre as 14h00 e as 17h30. Aos sábados estará aberta entre as 15h00 e as 20h00.
A exposição segue depois para Aguiar onde vai estar de 5 a 19 de Novembro, terminando o percurso concelhio, em Alcáçovas, onde poderá ser vista entre os dias 26 de Novembro e 18 de Dezembro, no Centro Cultural.”

Esta exposição tem tido uma adesão muito significativa do público, que elogiam o trabalho patenteado por Francisco José Baião.

Assim, no próximo sábado, pelas 16 horas, está programada mais uma visita guiada, pelo autor.

O Fado do 31, estreado numa revista de 1913...


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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Alvito na XXVI Semana Cultural da Casa do Alentejo de Toronto

O Concelho de Alvito estará representado na XXVI Semana Cultural da Casa do Alentejo de Toronto, pelo Grupo Coral e Instrumental “Campos do Alentejo”, dos Bombeiros Voluntários de Alvito, pelo presidente da Câmara Municipal e pelo presidente e comandante dos Bombeiros Voluntários. Também  Edgar Baleizão marca presença no dia 15 com os seus fados.
A decorrer nos dias 5, 13-17, 22, 23 e 30 de Outubro, esta Semana Cultural será mais uma montra do Alentejo, desde a música, ao artesanato e à pintura, não dispensando o vinho e queijos alentejanos (vide programa programa).

Visto no Blogue Alvitrando

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

As Comemorações do Centenário da República do concelho de Viana do Alentejo - parte 3

"Também em Alcáçovas se ouviu o hino, onde foi acompanhado pela Banda da Sociedade União Alcaçovense que interpretou “ A Portuguesa” em uníssono com outras bandas do País.

Em Alcáçovas, durante a manhã, foi inaugurada a exposição “Letras e Cores, Ideias e Autores da República”, que vai estar patente ao público até dia 29 de Outubro, seguindo depois para Viana do Alentejo e Aguiar."























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Comemorações do Centenário da República estendem-se até Novembro


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terça-feira, 12 de outubro de 2010

AINDA a FEIRA d'AIRES

Decorreu nos passados dias 25, 26 de ,27 de Setembro, mais uma edição da centenária festa em honrada padroeira Na Sr.ª d'Aires em Viana do Alentejo.

A exemplo das edições anteriores foi enorme a afluência do público e a animação que estão associados a. esta efeméride. A feira d'Aires, sendo uma feira festa em honra de Nossa Senhora, d'Aires, padroeira_ do concelho de Viana do Alentejo é também e muito uma feira do Alentejo, sobretudo uma feira do "povo" de Évora que ali acorre em grande número. Ir a esta feira tornou-se um hábito do final do Verão como forma de veneração e devoção à santa padroeira. E depois, visitar o imponente e majestoso santuário participar nas festas religiosas a ele associadas é para muitos vianenses e não só um programa que não dispensam ano. após ano.. E os resultados estão à vista com as sucessivas enchentes

Uma vez mais isso aconteceu este ano. Mas uma festa popular desta natureza para além das mostras do artesanato da gastronomia das actividades económicas e de lazer existe sempre uma componente lúdica na organização de espectáculos, não desprezível. Assim aconteceu também este ano. em Viana mas com uma significativa diferença em termos' de cartaz e consequentes custos, relativamente a anos anteriores. Ou seja o cartaz deste ano foi menos luzidio do que porventura aconteceu em anos anteriores e as razões deu-as o novo presidente Bengalinha Pinto em entrevista ao DS.

Numa altura em que o país e as autarquias vivem momentos de aperto financeiro, não fazia sentido gastar dezenas de milhares de Euros a contratar artista de projecção nacional em detrimento de outros investimentos e benfeitorias para o concelho. Ou seja a nova vereação da CM de. Viana do Alentejo, resistiu à, tentação de dar nas vistas, com grandes artistas gastando porventura o que não tinha e em vez disso optou por um programa com artistas regionais que muito valorizaram a festa.

E de uma assentada atingiu dois objectivos. Por um lado gastou menos dinheiro e por outro valorizou - os grupos artistas locais e regionais do Alentejo. Gostei. O novo executivo da CM de Viana e o seu presidente Bengalinha Pinto, com esta atitude marcaram pontos e deram sinais muito positivos sobre a _maneira como encaram a gestão do município. Gastar em obras ou no caso espectáculos de fachada, NÃO. Gastar mais do que se tem, NÃO. Endividar-se para fazer o que não é indispensável, NÃO.

Confio pois que a prosseguir por este caminho o mandato desta equipa vai ser um sucesso e com isso só tem a ganhar o município de Viana do Alentejo e os seus residentes.

Um único reparo que merece ser rectificado nas próximas edições da feira. A deficiente sinalização para a localização da festa do Santuário. Com efeito -apesar de ser conhecido por quase toda a gente ainda há quem não conheça o caminho e para esses é indispensável uma correcta e visível sinalização.
Diário do Sul, 4 de Outubro de 2010 

Música no Museu

inatel

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Dia 15 de Outubro, no âmbito da iniciativa "Música no Museu", do Inatel, a Igreja Matriz de Viana do Alentejo vai acolher solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa para um duo de flauta e harpa.

A iniciativa está marcada para as 21h30 e tem entrada livre.

Recebido via email
Para mais informação consulte o sítio da Câmara

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Recordar um ano depois o histórico dia 11 de Outubro de 2009
























Doze anos depois, CDU perde Viana do Alentejo para os socialistas

11.10.2009 - 22h29 - Público

O candidato do PS, Bengalinha Pinto, conquistou hoje a Câmara de Viana do Alentejo, distrito de Évora, destronando o autarca comunista Estêvão Pereira, que presidia ao município há quatro mandatos consecutivos.

A candidatura do gestor bancário Bengalinha Pinto “nasceu” de um movimento independente, intitulado “Unidos pelo Concelho de Viana do Alentejo”, que concorreu às eleições autarquias de hoje com o símbolo e o apoio do PS.

Em declarações à agência Lusa, o cabeça-de-lista socialista reconheceu estar “feliz” pela vitória, garantindo que foi uma “campanha dura”. “Tivemos muito trabalho e foi uma campanha dura. A CDU estava há 16 anos à frente da câmara e é sempre difícil dar a volta a uma situação dessas”, afirmou, frisando ter-se tratado de uma “vitória suada, mas saborosa”.

Bengalinha Pinto prometeu, agora, juntamente com a sua equipa, “trabalhar muito” em prol do concelho. “Vamos tentar cumprir aquilo que prometemos às pessoas no programa eleitoral e humanizar este concelho. Mas temos que ter calma, porque as coisas não se fazem num estalar de dedos. Só prometemos trabalhar muito”, afiançou.

Também em declarações à Lusa, o candidato comunista Estêvão Pereira reconheceu a derrota, considerando que o PS “fez uma campanha com meios financeiros fortíssimos”, algo que a CDU “não tinha”. “Acreditamos que [esses meios] possam ter comprado algumas consciências”, disse, admitindo que “não estava à espera da derrota” eleitoral. No entanto, Estêvão Pereira deixou votos para que o PS faça “um bom trabalho” no concelho durante o próximo mandato.

Fotos de Manuel Baião

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