sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Portanto Pá, "foice" sem martelo

A blogosfera concelhia está mais pobre, o blogue "Portanto Pá" foice, mas permanece acessível na Net utilizando-se uns binóculos de infravermelhos para visão nocturna.

Estamos certos que a prestigiosa agência de propaganda clandestina RIA "Novosti”, prepara um clone para substituir o finado “Portanto Pá”.



Freddie Mercury - Made In Heaven

Cine-Teatro Vianense: 2 de Outubro

Domingo, 2 de Outubro pelas 16.00 horas
"Carros 2"



País: EUA
Género: Animação, Comédia
Duração: 106 min.
Classificação: M/6
Realização: John Lasseter, Brad Lewis
Intérpretes: Owen Wilson, Michael Caine, Emily Mortimer, Michael Keaton, Jason Isaacs, Thomas Kretschmann, Tony Shalhoub, Bonnie Hunt

Sinopse:
A estrela das corridas Faísca McQueen e o incomparável reboque Mate conduzem a sua amizade para novos locais, viajando até ao estrangeiro para competir no primeiro Grande Prémio Mundial e determinar quem é o carro mais rápido do mundo. Mas a estrada para o campeonato está cheia de buracos, desvios e surpresas quando Mate se envolve numa intrigante aventura: espionagem internacional.
Dividido entre ajudar Faísca McQueen na importante corrida e liderar uma missão de espionagem super secreta, a viagem plena de acção de Mate leva-o a uma explosiva perseguição pelas ruas do Japão e da Europa.

Horários de Bilheteira:
De quarta a sexta-feira das 14:30H às 17:30H
No próprio dia 1 hora antes do espectáculo/sessão

Contacto para reservas:
Telf: 266791007
mail: cine-teatrovianense@cm-vianadoalentejo.pt

terça-feira, 27 de setembro de 2011

PS aplaude reforma da administração local

PCP, BE e «Verdes» dizem que vai «criar executivos monocolores e acabar com o pluralismo.

O PS considerou que o PSD se aproximou das posições dos socialistas em matéria de revisão da lei eleitoral autárquica e «congratulou-se» com o sentido genérico do Documento Verde da Administração Local apresentado pelo Governo.

A posição foi transmitida pelo dirigente socialista João Ribeiro no final da reunião do Secretariado Nacional do PS. Num comentário à apresentação do documento de reforma administrativa apresentado pelo executivo, João Ribeiro frisou que a revisão da lei eleitoral autárquica «é uma longa batalha do PS».

«Quase dez anos depois e seis ou sete líderes do PSD depois, sabe-se que o PSD parece corresponder ao desafio que o secretário-geral do PS [António José Seguro] lançou em plena campanha eleitoral e no penúltimo debate quinzenal na Assembleia da República, no sentido de o país ter uma nova lei eleitoral autárquica já durante as próximas eleições autárquicas», afirmou o membro do Secretariado Nacional dos socialistas.

João Ribeiro defendeu depois que a nova lei eleitoral autárquica deverá reforçar as competências de fiscalização das assembleias municipais (garantindo a proporcionalidade), a existência de executivos homogéneos e uma «elevada redução de custos», quer através da redução do número de vereadores, quer por via de uma articulação com as competências das juntas de freguesia. «O PSD juntou-se hoje ao PS nesta causa», concluiu.

Já o Bloco de Esquerda considerou que as medidas apresentadas significam um «retrocesso» e «não uma reforma» e mostrou-se «preocupado» com os efeitos da possível redução de vereadores nas autarquias.

O documento prevê a realização de um estudo piloto em duas comunidades inter-municipais (uma de cariz mais rural, outra mais urbana) para definir os modelos de competências, financiamento, gestão e transferência de recursos. Para o deputado do Bloco de Esquerda Pedro Soares, esta medida «não é uma reforma, mas um retrocesso», já que o Governo «repete a mesma proposta», apesar de «ter ficado demonstrado que não funciona no território».¿

Pedro Soares defendeu que «voltas às comunidades intermunicipais e às áreas metropolitanas põe em causa aquela que devia ser a mãe de todas as reformas: a regionalização».

O BE mostrou-se «muito preocupado» também com a redução de vereadores eleitos, por admitir que os «executivos podem passar a ser monocolores».

Com esta medida, «o presidente da câmara pode escolher e substituir vereadores como bem lhe convém, o que não vai aumentar a democracia local, mas sim favorecer os caciques locais e auferir poderes totais aos presidentes de câmara», defendeu Pedro Soares.

Para o secretário-geral do PCP, o livro verde é um «livro negro», argumentando que tem por objectivo «acabar com o pluralismo» nas autarquias e fazê-las pagar pelas medidas do Governo. «É um livro negro que visa o desmantelamento das características deste poder local democrático, deste poder local construído por milhares e milhares de homens com os apoios da população», afirmou.

Jerónimo de Sousa argumentou que, com este documento, «o que se pretende, no essencial, é, através da criação de executivos monocolores, acabar com o pluralismo, acabar com a intervenção construtiva designadamente da própria oposição, a eliminação de órgãos autárquicos».

Sublinhando que está em causa «o primeiro patamar do poder democrático, o patamar mais próximo das populações», Jerónimo de Sousa diz esperar que não regresse «a figura do regedor, que de uma forma administrativa resolvia os poderes do poder local».

Também o partido ecologista «Os Verdes» condenou a proposta de reforma, considerando que vai sacrificar a qualidade de vida das populações e «esvaziar» a «pluralidade democrática» das autarquias.

Visto em "Agência Financeira"

sábado, 24 de setembro de 2011

Vendas Novas: SAP não fechou e mantém-se aberto à noite

O Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do centro de Saúde Vendas Novas já não encerrou a partir das 00h00 horas da passada quinta-feira e vai permanecer aberto no período nocturno. 


O Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do centro de Saúde de Vendas Novas não encerrou às 24:00 horas e vai permanecer aberto no período noturno, revelou a Administração Regional de Saúde do Alentejo.

A presidente da ARS do Alentejo, Rosa Matos, explicou à Agência Lusa que a decisão de manter o SAP a funcionar foi tomada por aquele organismo, “em conjunto com o Ministério da Saúde e o Agrupamento de Centros de Saúde (ACS) Alentejo Central II”, que integra Vendas Novas.

“Apesar de todos os constrangimentos [financeiros] que são conhecidos de toda a gente, e que foram reafirmados por mim ainda há poucas horas”, foi decidido manter “a resposta que o centro de Saúde atualmente dá” à população de Vendas Novas, ou seja “24 sobre 24 horas”, disse.

Ao início da noite de ontem, Rosa Matos tinha revelado à Agência Lusa que o SAP de Vendas Novas ia fechar no período noturno, a partir das 24:00 horas, por a ARS do Alentejo não poder recorrer a médicos externos para assegurar o atendimento.

Na altura, a mesma responsável atribuiu o fecho, “não a questões de tesouraria” da ARS, mas sim a “alterações orçamentais” decididas pelo Governo.

“Não há recursos internos dentro do centro de Saúde que consigam manter o serviço a funcionar 24 horas por dia. O que a ARS do Alentejo tem feito é contratar serviços médicos externos a empresas”, disse, frisando não ser “possível” prolongar essa situação.

A decisão foi logo contestada pelo presidente do município local, José Figueira, e motivou uma vigília, com centenas de habitantes, em frente ao centro de Saúde de Vendas Novas.

Agora, a presidente da ARS manteve à Agência Lusa que, “internamente, no centro de Saúde”, não existem “recursos” para o funcionamento ininterrupto do SAP, mas adiantou que foi encontrada uma solução alternativa, em conjunto com o coordenador do ACS Alentejo Central II.

Visto em "Diana FM"

As obras loucas de Jardim

A dívida pública escondida da Madeira atinge quase 2 mil milhões de euros, mas Alberto João Jardim continua a inaugurar obras todos os dias. Conheça 5 das mais loucas obras do presidente da Região Autónoma.


Visto aqui

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Feira D`Aires - Video Promocional 2011



Visto aqui

sábado, 17 de setembro de 2011

Em época de crise, CDU/Viana aluga painel publicitário


Os Toureiros, Suite Carmem - Bizet

Ferrugento da micção canina e amolgado pelos pontapés dos irritados peões que vêm o passeio barrado, o acorrentado painel de propaganda da CDU/Viana, instalado em local não permitido por lei, tem a partir de agora uma dupla função.

O directório local do PCP reunido de emergência com a encarniçada camarada de coligação CDU, Heloísa Apolónia, do partido virtual “Ecologista os Verdes”, decidiram de braço no ar por unanimidade e aclamação, aprovar o aluguer daquele espaço a publicidade capitalista, visto que as receitas das cotizações locais vão pelas ruas da amargura

Sob o slogan, “sabe bem pagar tão pouco”, os empresários tauromáquicos, deverão fazer as respectivas reservas publicitárias aqui.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Imprensa internacional surpreendida com dívida oculta da Madeira


Desde o Financial Times, passando pelo Wall Street Journal até ao La Vanguardia, o buraco nas contas públicas madeirenses está a gerar apreensão e surpresa nos títulos do mundo inteiro.

Não é só internamente que a dívida madeirense está a dar que falar. A imprensa internacional já se debruçou sobre a recente descoberta de uma omissão de mais de mil milhões de euros nas contas públicas do arquipélago e até o jornal britânico “Financial Times” (FT) já publicou uma coluna de opinião sobre o caso num dos seus blogues.

O jornalista Joseph Cotterill, do FT, escreve que "a Madeira, um pitoresco arquipélago de 267.000 pessoas, esbarrou com Portugal continental esta sexta-feira, espalhando novos estilhaços de renovado compromisso sobre a dívida".

“Oops!”, diz Cotterill, deixando uma consideração: “Lembram-se que muitos dos argumentos a favor dos ‘eurobonds’ assentavam na coordenação fiscal entre Estados e, crucialmente, dentro deles? Pois muitos Estados-membros da Zona Euro assentam em compromissos muito delicados entre poderes centrais e regionais. Talvez a Madeira seja um bom exemplo…”.

Já o americano “Wall Street Journal” tem no seu site que “Portugal encontra buraco de 1,5 mil milhões de dólares” e também que “Portugal encontra dívida escondida em região autónoma”. A televisão americana CNBC titula que “Gastos insulares aumentam carga de dívida portuguesa” e o índice financeiro Nasdaq também já está em cima da notícia.

O diário brasileiro Globo noticia que "llha da Madeira omite dívida bilionária e eleva pressão sobre Portugal". Em Espanha, o "La Vanguardia" diz que “dívidas ocultas obrigam Portugal a rever o seu défice" e descreve Jardim como um político "com uma reputação de rebelde dentro do seu partido e historicamente polémico nas suas declarações".

O défice orçamental de Portugal de 2008 a 2010 vai ter de ser revisto devido a um buraco nas contas da Madeira, estimado em 0,3% do PIB.

O Instituto Nacional de Estatística e o Banco de Portugal descobriram nas últimas semanas um impacto estimado no défice de 2008 de 139,7 milhões de euros (0,08% do PIB), em 2009 de 58,3 milhões de euros (0,03%) e em 2010 de 915,3 milhões de euros (0,053%).

Todos os partidos já reagiram à notícia, causando até alguma crispação entre o primeiro-ministro e o líder do PS, devido à aliança política entre Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional, e o actual partido do Governo. O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, também já manifestou a sua surpresa.

Para já, o único protagonista remetido ao silêncio é mesmo Alberto João Jardim.

 
Matilde Torres Pereira in "RR/SAPO"

Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) pretende subir o preço da eletricidade em 30%?



"Segundo notícia divulgada hoje em economico.sapo.pt, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), no ano de 2012 pretende aumentar o preço da electricidade a pagar pelas famílias em 30%.

Será que anda tudo doido neste País? Onde está afinal a tão proclamada Responsabilidade Social?

Entretanto a ERSE, segundo notícia divulgada há poucos minutos em rr.sapo.pt, já veio desmentir a notícia de aumento de 30% avançada pelo Jornal Económico. Afinal em que ficamos? Provavelmente os responsáveis da ERSE levaram uma reprimenda de alguèm e "arrepiaram caminho".

Recordamos que o preço da eletricidade a pagar pelas famílias já aumentou 3,8 % em 2011 e para as empresas aumentou até 10%.

Por sua vez, lembramos que vai haver um aumento do IVA da eletricidade a partir de 1 de Outubro, passando este de 6% para 23%, o que vai provocar um aumento de 17% no valor final da fatura a pagar pelo consumidor, sejam as familias, ou as empresas, o que se irá refletir num aumento generalizado de preços (aumento da taxa de inflação), já que tudo depende da energia. Como se ainda não bastasse, a ERSE, pretende aumentar em 2012 o preço da eletricidade para as famílias em mais 30%?

Escandalosa a eventual pretensão da ERES, é o mínimo que poderemos dizer, tendo em conta os recentes aumentos e sobretudo a atual conjuntura ecómica e social do País ..."

Ler  texto  complato aqui

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Feira D’Aires 2011

23|Sexta-feira

21h00| Inauguração Oficial da Feira

22h00| Noite de Dança - Tenda da Gastronomia
- Classe de Dança da Associação Equestre de Viana do Alentejo
- Classe de Dança da Associação Cultural e Recreativa Alcaçovense
- Secção de Dança da Casa do Benfica em Viana do Alentejo
(Org: Junta de Freguesia de Viana do Alentejo)
23h00| Noite de Tunas - Tenda Gastronomia- Tuna Académica do Liceu de Évora;
- Tuna da Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus de Évora;
- Tuna Académica da Universidade de Évora;
- Tuna Moça – Tuna Feminina da Escola Superior Agrária de Beja


24|Sábado
11h00| Torneio de Futsal Feira D`Aires - Pavilhão Municipal
(Org: Sporting Clube de Viana do Alentejo)
19h00| Cante da Terra - Tenda da Gastronomia
- Grupo Coral e Etnográfico de Viana do Alentejo
- Grupo Coral “Velha Guarda” de Viana do Alentejo
22h00 - Concerto Quem é o Bob – Tributo a Bob Marley - Tenda dos Espectáculos

25|Domingo
15h00| Cante Vizinho - Tenda da Gastronomia-
- Grupo “Cantares de Évora” - Coral Etnográfico
Cante da Terra - Grupo Coral Feminino de Viana do Alentejo

16h00| Corrida de TourosCavaleiros: Luís Rouxinol, Vítor Ribeiro e Soler Garcia
Forcados: Grupos de Forcados Amadores de S. Manços e Moura
Touros da Ganadaria Condessa de Sobral
(Org: Associação Equestre)
17h30| II Festival de Folclore Feira D`Aires - Tenda da Gastronomia
- Grupo de Danças e Cantares Amigos do Minho (Amadora)
- Rancho Folclórico da Casa do Povo de Milfontes
- Rancho Folclórico "Flor do Alto Alentejo" (Évora)
22h00| Concerto Outr`Hora Carmim - Banda Vencedora do 1º concurso de Bandas Abana Viana - Tenda da Gastronomia

26|Segunda
22h00| Concerto José Cid - Tenda dos Espectáculos


PROGRAMA RELIGIOSO
Sábado, 24 de Setembro
17h00| Terço no Santuário
19h00| Missa Vespertina na Igreja de S. Francisco (Irmãs)

Domingo, 25 de Setembro
10h00| Missa no Santuário
12h00| Missa no Santuário
16h30| Terço e Procissão no Santuário

Segunda-feira, 26 de Setembro
18h00| Missa no Santuário

Viana em Festa


Viana em Festa: a arte de José Manuel Água Morna


Cine-Teatro Vianense:16 de Setembro

Sexta-feira, 16 de Setembro pelas 21h30
Planeta dos Macacos: A Origem



terça-feira, 13 de setembro de 2011

Pedro Mota Soares - pobreza no programa de emergência nacional.


O governo tem um ministro da Caridade. Desloca-se numa motoreta franciscana e fez discurso no parlamento. Não foi bem um discurso, foi mais uma choradeira pegada sobre os pobrezinhos, do género de fazer secar o saco lacrimal ao antigo Movimento Nacional Feminino.

Pedro Mota Soares (o ministro), um dos autores do novo código laboral, que levou muitos para a pobreza, defendeu um programa assistencialista para os desprotegidos – a arcaica caridade, e o plafonamento dos descontos para a segurança social. Mandou a Solidariedade e a sustentabilidade da Segurança Social às urtigas.

Já se sabia que este governo, como Cavaco Silva, apreciam o apoio misericordioso aos necessitados. A mim, que sou suficientemente velho para ter vivido na época de Salazar e Caetano, lembra-me o tempo em que o povo andava de mão estendida a pedir uma côdea para não morrer à fome.

Lembro colegas da escola primária em Belas, anos 60, que andavam sempre de cabelo (rapado na escola) fora de moda, e conhecidos pela “seita do pé descalço”. Traziam mais uma marca identificadora que não enganava, uma corrente ao pescoço com uma medalha numerada. Esse número dava para irem ao posto da UCAL (ao lado da praça) buscar uma dose diária de leite.

Vai voltar o estigma da pobreza, a ajuda aos humildes, a ternura dos beneméritos, as festas agradecidas dos protegidos para satisfação dos “voluntários” e das instituições – claro as instituições – que são uma vergonha que ainda existam no século XXI, nesta Europa abastada.

O negócio já foi sacar fundos europeus, já foi o ramo ambiental. Agora o que vai dar, que já está a dar, são as IPSS, as Misericórdias – a clientela vai aumentar graças ao governo e os apoios ao negócio também.

Visto no "o ClariNet", por Carlos Mesquita

A água é nossa - Boaventura de Sousa Santos


As privatizações são o objectivo central do governo. Porquê esta centralidade; se as receitas que elas geram são uma migalha da dívida? Porque o verdadeiro objectivo delas é destruir o Estado Social, eliminar a ideia de que o Estado deve ter, como função primordial, garantir níveis decentes e universais de protecção social.

Sujeitar os serviços públicos à lógica do mercado implica transformar cidadãos com direitos em consumidores com necessidades que se satisfazem no mercado. Cada um consome segundo as próprias posses. Para os indigentes, o Estado e as organizações de caridade garantem mínimos de subsistência. Mesmo assim, há privatizações e privatizações, e a privatização da água é a mais escandalosa de todas porque ela põe em causa o próprio direito à vida.

A água é um bem comum da humanidade e o direito à água potável um direito fundamental. Um direito de que está privada cerca de um quarto da população mundial (1,5 mil milhões de pessoas). Todos os dias morrem 30 mil pessoas por doenças provocadas pela falta de água potável. As alterações climáticas fazem prever que este problema se agravará nas próximas décadas. Considerando que quase metade da população mundial vive com menos de dois dólares por dia, e, por isso, sem condições para aceder ao mercado da água, tudo recomendaria que as medidas para garantir o acesso à água fossem orientadas pela ideia do direito fundamental e não pela ideia da necessidade básica.

Apesar disso, desde a década de 1980, a onda neoliberal fez com que muitos países privatizassem os sistemas de água. As consequências foram desastrosas: as tarifas subiram mais de 20 por cento; o investimento na manutenção das infra-estruturas diminuiu; a qualidade da água piorou; as poucas multinacionais que controlam o mercado mundial, ao preferirem as empresas do seu grupo, levaram à falência as empresas municipais; houve conflitos violentos (por exemplo, na África do Sul) quando a empresa fechou as torneiras a quem não pagava as contas; foram denunciadas cláusulas danosas nos contratos, conflitos de interesses e corrupção. Perante isto, os cidadãos de muitos países e cidades organizaram-se para impedir a privatização ou para lutar contra ela. Ficou famosa «a guerra da água» em Cochabamba (2000); em vários países, as lutas populares mudaram as Constituições para garantir a água como bem público; iniciativas de cidadãos levaram à substituição das parcerias público-privadas por parcerias público-públicas (entre governos centrais, regionais e municipais).

Este movimento não se confinou ao mundo menos desenvolvido. Por toda a Europa cresce o movimento contra a privatização da água e ele é forte nos países que tutelam hoje a política portuguesa, a França e a Alemanha. Ao fim de 25 anos, Paris remunicipalizou a gestão da água em 1 de Janeiro de 2010. O mesmo se passou com Grenoble mobilizada pela inovadora associação Eau Secours. Na Alemanha numerosas cidades estão a remunicipalizar a gestão da água, e Berlim não quer esperar por 2008 para terminar a concessão à multinacional francesa Veolia.

Por tudo isto, o mercado da água entrou em refluxo. Assimse explica que a privatização da água não conste do menu de privatizações da troika. Não é a primeira vez nem será a última que uma política considerada inovadora pelo governo português, é, de facto, uma política anacrónica, fora de tempo.

Mas como a cartilha deste governo tem uma lógica temporal muito própria (varrer da memória dos portugueses o 25 de Abril e o Estado Social que ele promoveu) não é de esperar que ele se envergonhe do seu anacronismo. Só os portugueses o poderão travar através de lutas de democracia directa e participativa, tais como protestos, organizações cívicas, petições, referendos, e da litigação judicial. Para eles, sim, será importante saber que a luta contra a privatização da água tem tido uma elevada taxa de êxito. O grupo Águas de Portugal não é um bom exemplo de gestão mas a solução não é privatizá-lo; é refundá-lo.

(In Visão de 4 de Agosto de 2011)

domingo, 11 de setembro de 2011

Lady Gaga - Paparazzi



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A admissão de pessoal no anterior mandato autárquico

Foto de Tozé Canaveira, na campanha autárquica 2009. Ver mais fotos aqui

Anjos: "Eu estou aqui"

Como um comentador daqui apreciava, os concursos de admissão de pessoal no tempo da outra senhora, ou seja, nos tempos de decadência política do ex-presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, Estêvão Pereira.

7 de Janeiro de 2009

"...O tema que hoje me leva escrever-lhe prende-se com o Concurso externo de ingresso para provimento de um lugar de técnico superior de 2.ª classe (licenciatura na área de Turismo), promovido pela Câmara Municipal de Viana do Alentejo.

Não vou questionar aqui se a vaga já teria destinatário ou não, porque isso parece-me óbvio, quando em 11 candidatos há um que se destaca com 16,34 valores, o segundo classificado tem apenas 12,59 valores, seguido de mais sete candidatos com notas dentro dos 12 valores e dois dentro dos 10 valores.

Como se explicam estas notas? Simples há candidatos que têm 0 (zero) pontos nalgumas questões, como é que isto acontece? Isso já não sei, mas eu acho muito estranho uma pessoa que estuda quatro anos turismo depois não consiga ao menos obter um pontinho numa questão, a meu ver sabiam era mais que quem fazia as perguntas!

Quando se acaba com esta imoralidade de gozar com quem procura emprego???

Se já sabem quem querem por nas vagas arranjem uma forma de não gozar com quem realmente está desempregado e pode mesmo precisar dessa vaga, sempre se poupa algum dinheiro nas deslocações a entrevistas desnecessárias.

Ok eu sei que têm de cumprir formalidades e que as outras câmaras também o fazem. E se as outras se atirarem para um poço?

Mas este desabafo não foi o motivo principal que me fez escrever estas palavras, queria apenas obter um esclarecimento se possível para uma situação que passo a partilhar convosco:

O Aviso n.º 24302/2008 publicado no Diário da República, 2.ª série — N.º 189 — 30 de Setembro de 2008, referente a abertura do concurso anteriormente citado, refere nos números 1 e 3 o seguinte:

1 – “…concurso externo de ingresso para admissão em regime de Contrato de Trabalho por Tempo Indeterminado para o Exercício de Funções Públicas de um Estagiário na carreira de Técnico Superior (Licenciado na Área de Turismo).

3- A remuneração é a constante do anexo a que se refere o n.º 1 do artigo 13.º do Decreto -Lei n.º 412 -A/98, de 30 de Dezembro (escalão 1, índice 321 — actualmente 1.070,89 €). As condições de trabalho são as genericamente vigentes para os funcionários da Administração Local.

Ora qual não é o meu espanto quando vejo o Aviso n.º 30884/2008 publicado no Diário da República, 2.ª série — N.º 252 — 31 de Dezembro de 2008 referente à celebração de contrato individual de trabalho com o primeiro classificado do referido concurso, que diz o seguinte:

“…na sequência de concurso externo de ingresso, (Aviso n.º 30884/2008 *) foi determinada a celebração de contrato individual de trabalho por tempo indeterminado para o exercício de funções públicas, nos termos da alínea b) do n.º 2 do artigo 117.º da Lei n.º 12 -A/2008, de 27 de Fevereiro e da Lei n.º 23/2004, de 22 de Junho, com a candidata classificada em 1.º lugar no concurso supra indicado — Maria Rita Timóteo Sim Sim Torres — com a posição remuneratória referente ao escalão 1, índice 400, a que corresponde a remuneração mensal de 1.334,44 €. …”

Então a que se deve esta diferença de 263,55€ no vencimento estabelecido no aviso de abertura e o assinado em contrato?

Já sei um refere-se ao vencimento de um estagiário e outro a um técnico superior de 2ª classe, e então? No aviso de abertura não diz claramente que procuram um estagiário? Devem ter encontrado um candidato tão bom que o dispensaram do estágio…"

* Nota da redacção

Centro escolar de Viana do Alentejo custa mais de dois milhões de euros



As obras do novo centro escolar de Viana do Alentejo arrancaram esta semana, num investimento superior a dois milhões de euros, devendo ficar concluído em 2012 para albergar cerca de 150 alunos, anunciou hoje o município local.

Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Câmara de Viana do Alentejo, Bernardino Bengalinha Pinto, considerou que o projeto da nova escola é “um dos mais importantes do concelho”, já que permitirá juntar todos os alunos no mesmo espaço.

“Atualmente, os alunos do pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico ocupam três edifícios que estão espalhados pela vila e este novo centro escolar vem agrupar toda a comunidade escolar no mesmo espaço”, explicou o autarca.

Projetado para um espaço contíguo à escola EB 2/3 Dr. Isidoro de Sousa, o novo centro escolar, constituído por oito salas de aula destinadas ao primeiro ciclo e três para a educação pré-escolar, vai receber cerca de 150 alunos, 30 do jardim-de-infância e 120 do primeiro ciclo.

Tendo um prazo de construção de um ano, o projeto, que envolve um investimento global de 2,2 milhões de euros, é cofinanciado pela União Europeia, através do Fundo Europeu do Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito do Programa Operacional do Alentejo - INALENTEJO.

Garantindo que o futuro centro escolar irá permitir melhorar as condições de aprendizagem das crianças do concelho, Bernardino Bengalinha Pinto adiantou que o novo equipamento vai ficar equipado com “computadores novos, quadros interativos e internet de alta velocidade”.

“As atuais escolas têm 40 ou 50 anos de existência e são as mesmas que eu frequentei”, disse o autarca, considerando que, embora tenham recebido algumas melhorias, “são edifícios completamente desadequados”.

As novas salas vão ter espaços comuns como refeitório, polivalente, biblioteca, instalações sanitárias e receção, havendo também espaços personalizados, como gabinete médico, sala de atendimento e complemento de apoio à família e ainda gabinetes de trabalho.

A nova escola vai contar também com a Oficina da Criança, um serviço de apoio às atividades letivas e de tempos livres que funciona sob a tutela da autarquia.

@Lusa

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A criminosa destruição do SNS

Qualquer português razoavelmente informado saberá que, apesar das suas debilidades, das listas de espera em algumas especialidades e de uma política do medicamento que promove o desperdício, Portugal tem um bom Serviço Nacional de Saúde. Pode mesmo dizer-se que foi, no que toca aos serviços públicos, o mais bem sucedido empreendimento da nossa democracia. E para esse resultado terá contribuindo a universiladade da prestação de serviços de saúde públicos.

Temos, no entanto, assistido à sua destruição nos últimos anos com o objetivo de canalizar parte da população para a medicina privada. Quando o Estado faz, para os seus funcionários, acordos com hospitais privados, quando é o próprio banco público a deter um hospital privado, quando se aceita que estas unidades hospitalares usem os hospitais públicos como recurso para tudo o que lhes possa dar prejuízo, está, indiretamente, a promover-se a medicina privada. É interessante, aliás, que os que têm a irracionalidade da gestão de recursos por parte do Estado sempre na boca se esqueçam deste pequeno pormenor: 43 por cento do orçamento do SNS vai para operadores privados. Ou seja, o setor privado é largamente financiado por dinheiros públicos. Dinheiro que depois, como é natural, usa para ficar com os melhores recursos humanos.

Junta-se a tudo isto os cortes cegos no SNS de que o último exemplo é a redução em 50 por cento dos incentivos para a recolha de órgãos para transplantes, medida que poderá ser paga em vidas. O resultado mais imediato da sangria está à vista: incapaz de pagar salários concorrenciais aos médicos, os melhores fogem para a medicina privada. Durante muitos anos as pessoas apenas recorriam à medicina privada por uma questão conforto. Mas não faltará muito para que quem queira um tratamento de qualidade tenha mesmo de se endividar. O SNS ficará para os pobres e os indigentes, prestando maus serviços a quem não tenha alternativa. E aí, uma das poucas áreas onde conseguimos garantir alguma igualdade social - nos indicadores de saúde - passará a ser aquela onde a desigualdade de condições mais se fará sentir.

Não vou estar com meias palavras: por lidar com o que de mais elementar existe nas nossas vidas, a medicina privada deve ter um papel estritamente complementar ao SNS público. Porque o Estado não tem como concorrer com o setor privado sem esvaziar os cofres públicos (os privados ficam com quem tem recursos financeiros, podendo pagar mais aos melhores profissionais), este deve ser fortemente regulado e condicionado. Dirão: onde fica a liberdade do mercado? A minha resposta é só esta: o direito à vida está à frente dela. E todos sabemos, através, por exemplo, da experiência dos Estados Unidos - com indicadores de saúde que se aproximam de alguns países do terceiro mundo - até onde nos leva o domínio do lucro sobre as políticas públicas de saúde.

Texto de Daniel Oliveira, visto no Expresso online,

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Passos Coelho e os "tumultos sociais"...

Retirado aqui

O primeiro-ministro lançou ontem um forte aviso "àqueles que pensam que podem incendiar as ruas" e trazer "o tumulto" para o país e em jeito de ameaça avisou que o Governo não permitirá esse caminho e saberá decidir quando necessário. Em reacção, Carvalho da Silva lembra a Passos que Portugal "nunca teve incendiários" e disse esperar que não seja o Governo a incendiar as ruas.

Antevendo o aumento da contestação social que vai endurecer nas próximas semanas já que são várias as manifestações de protesto marcadas contra as medidas de austeridade do Governo, Pedro Passos Coelho decidiu endurecer o discurso e fez questão de avisar que não será brando.

Perante estas declarações, Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP que já marcou uma manifestação para 1 de Outubro, disse que: "Portugal nunca teve incendiários, espero que não seja com este Governo que esta prática se instale". "Parece-nos que há uma grande instabilidade no pensamento do primeiro-ministro. Estas declarações pré-anunciam um grande desnorte que se reflecte nas políticas, em poucas semanas Passos Coelho apelou ao diálogo social (recorde-se que na festa do Pontal, no Algarve, no final de Agosto, o primeiro-ministro pediu "concertação e diálogo aos parceiros sociais) e agora mostra-se muito perturbado com uma hipotética contestação incendiária". "Espero que não seja ele com a sua perturbação a incendiar as ruas", repetiu

Visto no "Económico"

sábado, 3 de setembro de 2011

O monocórdico ministro das finanças




Red Alert -Soviet March

Cada vez que o  mestre-escola, agora ministro, professor Vitor Gaspar abre a boca é para anunciar mais impostos, invariavelmente atingindo sempre aos mesmos: os trabalhadores por conta de outrém e os "assalariados" do recibo verde.

Paula Fernandes, Leonardo - Tocando Em Frente



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Twitter: Passos prometeu sempre «menos sacrifícios»


Conta do primeiro-ministro foi utilizada até às eleições, quando o PSD insistia no corte da despesa e não no aumento de impostos.

A conta de Twitter que Pedro Passos Coelho utilizou antes e durante a campanha eleitoral ainda se mantém activa, pelo que é possível ver o que prometeu o actual primeiro-ministro, conforme recordou Fernanda Câncio esta sexta-feira num artigo de opinião no «Diário de Notícias».

O tvi24.pt recolheu algumas das mensagens que, hoje, após quatro aumentos de impostos e pouca clarificação do lado do corte da despesa, ganham outra luz.

- «A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento»

- «Já ouvi o primeiro-ministro dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e é um disparate»

- «A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos»

- «Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas»

- «Estas medidas põem o país a pão e água. Não se põe um país a pão e água por precaução.»

- «Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos.»

- «Apelo ao Governo para que seja diligente e transparente no que toca à despesa. De outra forma é o país que sofre com esta situação.»

- «Se continuássemos a empurrar os cortes na despesa com a barriga desta forma, acabaríamos o ano com mais mil milhões de euros de défice real.»

- «O Governo está-se a refugiar em desculpas para não dizer como é que tenciona concretizar a baixa da TSU com que se comprometeu no memorando.»

- «O aumento de impostos previsto por este Governo no documento que assinámos com a UE e o FMI é mais do que suficiente»

- «Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português.»

- «Vamos ter de cortar em gorduras e de poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos.»

- «Não podemos colocar a austeridade toda do lado das pessoas e nenhuma do lado do Estado. Foi isto que transmiti ao Governo»

- «O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento.»

- «Mas o sacrifício das empresas e famílias não foi suficiente para equilibrar as contas públicas. O esforço tem de começar pelo próprio Estado»

- «O Governo quer tornar mais fácil e barato despedir, mas não aceita que os jovens possam ter mais possibilidade de emprego»

- «A receita durante estes primeiros meses só pode aumentar porque aumentámos os impostos todos. Não há milagre nenhum»

- «Sabemos hoje que o Governo fez de conta. Disse que ia cortar e não cortou». 

Visto em "TVI 24"

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