sexta-feira, 25 de março de 2011

Oposição parlamentar aprova fim do modelo de avaliação dos professores

Fotografia de João Vicente: Manif. Lisboa 30-05-09

Musica do "Bloco de Esquerda" utilizada em comícios e acções de campanha em 2009


A oposição parlamentar aprovou hoje a revogação do actual sistema de avaliação de desempenho dos professores com os votos favoráveis de PSD, PCP, BE, PEV e CDS-PP e contra da bancada do PS e do deputado social-democrata Pacheco Pereira.
O texto aprovado na generalidade, especialidade e votação final global substituiu os projectos de lei do PCP e PSD sobre a matéria e tinha também sido subscrito pelo Bloco de Esquerda e Os Verdes.

O diploma determina a revogação do decreto-regulamentar que define as regras da avaliação de desempenho dos professores e o início de um processo negocial entre Governo e sindicatos para concretizar um novo modelo.

O texto de substituição, que foi dispensado de redacção final, recebeu o voto contra da bancada socialista e do social-democrata Pacheco Pereira, que votou contra todos os diplomas.

Apesar desta votação, o Parlamento pronunciou-se à mesma na generalidade sobre os projectos de lei do PCP e do PSD, que foram aprovados com os votos favoráveis de PSD, CDS-PP, BE, PCP e PEV e contra do PS e de dois deputados sociais-democratas.

Aliás, em relação ao diploma dos sociais-democratas, vários deputados do PSD anunciaram a apresentação de declarações de voto, entre os quais Pacheco Pereira, Manuela Ferreira Leite, José Luis Arnaut e Maria José Nogueira Pinto.

O projecto de lei do Bloco de Esquerda que previa a suspensão do actual modelo e definia um novo sistema de avaliação foi rejeitado pelos votos contra do PS e Pacheco Pereira, a abstenção de PSD e CDS-PP e os votos favoráveis de BE, PCP e e PEV.

Foram ainda aprovados os projectos de resolução do CDS-PP e do PSD - portanto recomendações ao Governo - que enunciam princípios orientadores do futuro modelo de avaliação de desempenho dos professores.


4 Comentários:

Anónimo disse...

Avaliação para quê? É mais que evidente a qualidade dos nossos professores. Essa qualidade reflecte-se em todos os quadrantes da nossa sociedade e os resultados estão à vista.

Da primária à universidade não se pode questionar a classe dos professores. Dizem que não são todos iguais. Mas são, porque corporativistas, encobrem-se uns aos outros protegendo com unhas e dentes dos seus queridos direitos adquiridos. Palhaços, como se fosse possível distribuir riqueza que não existe.

Estamos no país das universidades com centenas e centenas de cursos idiotas, universidades transformadas em negócios - o seu principal objectivo? - alimentarem-se a elas próprias. Cursos para os quais se entra muitas das vezes com notas negativas, desfasados das reais necessidades do mercado, muitos deles inúteis mesmo. Ninguém chumba na universidade, o sistema para sobreviver necessita de resultados positivos pelo que os senhores doutores professores providenciam testes cada vez mais fáceis, até garantirem que todos os formandos obtenham o seu canudo. Em vez de excelência a universidade em Portugal tem produzido mediocridade.

Os nossos políticos (também eles senhores doutores professores), são produto destas "excelentes" universidades. No estado e nas empresas, está instalada uma doutoral mediocridade que nos tem, e vai continuar a governar.

Os senhores professores também têm a sua cota parte (e a meu ver não é pequena), de culpa na crise social e económica em que o país está mergulhado.

Foi pena esse diabólico Sócrates, em quem agora parece ninguém ter votado, não ter conseguido pôr mão nesses senhores.

Anónimo disse...

Se este governo do Sr. Sócrates fosse coerente com as suas posições, aproveitava e avaliava também os milhares de alunos a quem deram qualificação escolar sem de facto a possuírem. As novas oportunidades foram de facto uma mais valia para os burros da nação, eu tinha vergonha. Mas isso sou eu que ate gosto de obter conhecimento sem necessidade de obter um certificado.
O problema que começa na base, propaga-se pelo sistema acima e o Sócrates é um dos maiores responsáveis como cara do facilitismo e da aberração do povo mais bem educado que não sabe ler nem escrever.

Anónimo disse...

Mas não vimos a excelsa classe dos professores a dizer não a esse logro, dá-lhes jeito o trabalhinho.
Mas este também é o país da formação profissional, onde gerações se arrastam de curso em curso, cada vez mais longe do mercado de trabalho. Muitos deles passarão directamente da formação para a reforma, sem nunca terem trabalhado de verdade.
Vamos lá a ver o que é que o Senhor dos Passos, que vai ascender aos céus com o divino contributo do PCP, irá fazer em relação a tudo isto. Ainda antes de ser entronado já sabemos que os impostos são para aumentar. E eu que ia jurar que ele tinha dito o contrário!

Anónimo disse...

Nervoso, eu?

Portanto Pá, estás visivelmente desesperado, não sabes como alimentar o teu pasquim, já postas qualquer merda. Mas já agora, não tens considerandos a fazer ao comentário? Não? Pois, já calculava que não. Aliás até dá a ideia que não percebeste nada do que escrevi. Ou será que até percebeste e a tua verborreia não passa da cassete da demagógica que te enfiaram, sabe-se lá onde, e que reproduzes num loop sem fim? Nada é para sempre, é verdade e folgo que já tenham percebido isso, mas custou-vos a digerir. Já não concordo com essa de "o PS já foi". O PS foi, mas volta daqui a uns tempos, (veremos se não é mais rápido do que vocês pensam). Foi para vir o PSD (com a vossa ajuda), mas voltará daqui a alguns tempos. No que toca ao vosso esclerosado partido, está à vista de todos que "vocêses" já eram!

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