domingo, 27 de março de 2011

Passos admite privatização parcial da Caixa

Depois da "coligação negativa da oposição" ter chumbado o Plano de Estabilidade e Crescimento e provocado a demissão de José Sócrates do cargo de primeiro-ministro, Passos Coelho não perde tempo e aproveita a boleia para acenar para já com a privatização de parte ou da totalidade de empresas públicas.  

Aos privados só lhes interessa a apetecível CGD e as Águas de Portugal. Passos quando fala na entrada de privados na CP ou na Refer, deve estar concerteza a pensar em "entregar" apenas as linhas lucrativas aos seus angélicos amigos e compadres.

Andread Jo - Capitalismo selvagem



"O presidente do PSD admitiu a possibilidade de avançar com a privatização parcial da CGD no caso de vir a constituir Governo.

Numa entrevista à Reuters, citada pela RTP, o líder do PSD diz que, caso venha a formar Governo, vai intensificar as privatizações, abrindo o capital do banco público aos privados, mas mantendo o Estado uma posição maioritária.

Pedro Passos Coelho diz nesta entrevista que uma parte do capital da Caixa poderá vir a ser dispersa por pequenos aforradores, através da bolsa.

O presidente do PSD fala ainda de empresas como a Águas de Portugal e diz que é preciso ir mais longe nas privatizações nas áreas do transporte rodoviário e ferroviário, abrindo assim caminho à entrada de privados na CP ou na Refer.

Passos Coelho apoia ainda a privatização da TAP, já anunciada pelo actual Governo, mas defende que o Estado deve manter uma participação no capital da companhia aérea nacional."



3 Comentários:

Anónimo disse...

Para mim parece-me muito bem, se possível que o estado seja uma coisa magra e pouco dispendiosa, estou farto de pagar a chulos.
O que acho é que se torna pouco apetecível para qualquer investidor ter o estado como parceiro sentado numa qualquer golden chair.
Vamos embora Pedro, num estado com uma economia de mercado não nos podemos dar ao luxo de ser socialistas a roçar lenines e merdas secas.
Para que exista uma economia de mercado tem de haver espaço para o mercado, sem empresas e empresários não há competitividade.

Anónimo disse...

Essa de entregar "uma parte do capital da Caixa poderá vir a ser dispersa por pequenos aforradores, através da bolsa", dá vontade de rir.

Como se os pequenos aforradores controlassem a bolsa.

Só falta vir dizer que privatiza a saúde e a educação.

Enquanto Sócrates socializou perdas em Banco Privado, Passo quer privatizar lucros em Banco Público.

Anónimo disse...

Em entrevista ao jornal I, em Abril de 2010:

"O novo líder do PSD define-se como liberal, mas suavizou algumas propostas. Afinal existe mesmo um "realismo eleitoralista"

Há dois anos, Pedro Passos Coelho lançou uma bomba liberal em cima do mainstream keynesiano do PSD: queria a privatização da Caixa Geral de Depósitos.

Depressa meteu a viola no saco e não pensa fazê-la sair tão cedo. "Julgo não ter avaliado bem a reacção das pessoas, que mostraram intranquilidade perante a minha ideia. As pessoas percepcionam essa intervenção como reguladora, apesar de não competir à Caixa essa intervenção", justificou ao i Passos Coelho, em entrevista recente..."

http://www.ionline.pt/interior/index.php?p=news-print&idNota=54038

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