domingo, 9 de outubro de 2011
É mesmo verdade, não me recordo exactamente quantas vezes votei CDU, mas quando era mais novo, muitas foram as ocasiões em que me deixei ir nesse engano de que o voto é uma arma com a qual construímos a democracia e forjamos o nosso futuro. Hoje já não estou tão certo disso.
No passado, Hitler foi eleito democraticamente pelo voto dos Alemães; este fim-de-semana, essa nódoa para este País, que é o Alberto João Jardim, com ou sem maioria, vai ser reeleito pelos madeirenses. Se a democracia estivesse bem viva, há muito que o senhor teria sido afastado, os Isaltinos estavam mais que presos e o cara de pau do Cavaco e Silva nunca teria chegado (pelo menos não teria sido reeleito), a presidente da República. As ideologias já lá vão, morreram e estão bem enterradas.
Se é verdade que votamos sempre no sentido da defesa dos nossos interesses directos, a rigor, quando o fazemos estamos a sancionar o sistema que nos levou à grave crise em que caímos. A democracia está a precisar de obras.
Eram os meus filhos crianças quando cortei com a minha vida político-partidária. Entendi que em vez de andar a vender revoluções aos outros, melhor era que tratasse de as fazer primeiro em minha casa, com a minha família. E assim fiz, só não rasguei o cartão do partido porque nunca fui filiado em nenhum.
Ao longo dos anos fui votando ao sabor da minha sensibilidade e dos meus interesses. Votei CDU, votei PS, votei PSD. Mas não votei em partidos, muito menos em ideologias, votei sempre em pessoas. Só as pessoas fazem a diferença.
No meio deste meu pessimismo crónico, há no entanto sinais de que podemos ainda ter esperança no ser humano. Cá na nossa querida ilha, os ilhéus, cansados de serem enganados com quinquilharia, resolveram nas últimas eleições correr com o nosso Alberto João Jardim, personagem que a exemplo da outra, bem contribuiu para alimentar o monstro do défice. Estamos todos nós agora a pagar o calote que este tipo de gente nos espetou.
PS
Não tenho nenhuma varinha mágica, tão pouco sou bruxo para saber o que é que as pessoas percebem ou não, certo é que não me chamo Pacheco.
Comentário de anónimo "aqui"
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5 Comentários:
Sempre os mesmos sabujos de sempre. O "calote" de que falas se existir é o calote dos dias de hoje. Vai ver qual a divida aos bancos que o outro deixou em 16 anos e a que este génio que hoje tens já arranjou em 2 anos.
Compara e se fores honesto, admite a evidencia. Praticamente sem obra feita, a unica coisa que cresceu em dois anos foram as dividas.
Verifica e assume a verdade.
No tempo do outro senhor o dinheiro corria a rodos, 16 anos de vacas gordíssimas. Agora mesmo que queiram endividar-se o governo não deixa. A verdade é que é preciso tê-los no sitio para se ser presidente numa altura destas.
Quais dívidas?
Já agora ponha lá aqui os números desse "calote".
13 de Outubro de 2011 19:42
O camarada se calhar não sabe que o acesso aos bancos está praticamente vedado, neste momento, às câmaras. Pelo que me contaram, na passagem de um ano para o outro o dinheiro que estava no ano anterior tem de ser o mesmo que tem de estar no ano que entra. Só lhe podem tocar no caso de obras comparticipadas por outras entidades. Sendo assim, como é que esta câmara fez calotes? Mas se calhar até sabe disto...
Olha para os mapas do endividamento da Câmara. Tá lá tudo escarrapachado.
Sim, estamos muito pior do que antes.
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