Decisão impediu que posto da localidade fechasse, explica o autarca do Torno
À semelhança do que aconteceu em Cête, Paredes, também a estação dos correios do Torno, na Aparecida, encerrou. Mas os serviços mantiveram-se disponíveis na Junta de Freguesia, que aceitou acolher os CTT para evitar que a população ficasse privada destes serviços.
Desde sexta-feira da semana passada que os habitantes do Torno e localidades circundantes podem enviar, receber correio ou receber reformas, entre outras tarefas, a partir do edifício da Junta de Freguesia. Segundo o presidente da Junta, só os serviços financeiros, ligados por exemplo aos certificados de aforro, deixaram de existir. "Para a população acaba por não haver grande alteração", explica Carlos Fernandes.
Recorde-se que, recentemente, ao abrigo de um plano de contenção delineado pela administração dos CTT, oito balcões encerraram no Grande Porto.
"Não podíamos perder os correios"
"A Junta aceitou acolher o posto dos correios, se não fosse assim encerrava ou passava para privados", explica, de forma simples, o autarca do Torno, freguesia que integra a vila da Aparecida. Esta foi, de resto, a forma encontrada para manter na localidade um serviço que a Junta considera essencial: "não podíamos perder os correios, fazem muita falta à população", diz Carlos Fernandes.
A situação não é nova. Os CTT, recorda, já tinham anunciado há três anos que pretendiam encerrar aquele posto. Na altura, diz o presidente da Junta, fez-se até uma manifestação, com cerca de 100 pessoas, e organizou-se a recolha de assinaturas num abaixo-assinado para manter a estação dos correios, tendo a Junta ficado ao lado da população.
A decisão dos CTT não se alterou entretanto e, agora, ou a Junta aceitava ficar com os serviços ou este seria entregue a um dos dois privados interessados. Carlos Fernandes decidiu acolher o posto dos correios, por acreditar que era essa a obrigação daquela autarquia local.
Sem grandes alterações
Assim, a Junta de Freguesia do Torno passou a ser agente dos CTT, mantendo no seu edifício todos os serviços já existentes (excepto os financeiros). "Já tínhamos uma funcionária que fez formação e assegura os serviços no mesmo horário de antes", diz o autarca. As pessoas acabam por ter que se deslocar apenas cem metros. Para a Junta acabou por não haver acréscimo de custos, já que os CTT colaboram com uma verba e também se aproveitou o mobiliário. "Tudo vai funcionar como estava antes", garante Carlos Fernandes.
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