“Só se eu estivesse cega ou fora deste mundo é que não acharia que há um Sócrates antes e outro depois das eleições”. “Numa coisa, seguramente, o meu programa vai-se distinguir daqueles que é costume apresentar ao país, é que não tenciono fazer nenhuma promessa que não tenciono cumprir, não tenciono mentir aos portugueses”, afirmou Manuela Ferreira Leite.
Não ficando indiferente a estes remendados princípios éticos, vindo de quem vem, Mestre Finezas irá recordar periodicamente, socorrendo-se de algumas notas publicadas na imprensa, a actividade política de Ferreira Leite, enquanto militante e dirigente do PSD, membro de anteriores governos e agora, mais recentemente, enquanto candidata a Primeira-ministra.
O Mestre Barbeiro também não irá deixar no esquecimento, alguns lobos bem conhecidos de recentes andanças políticas, sufocados com o calor das suas novas vestes de pele de cordeiro por tosquiar.
Assim, periodicamente, debaixo de imenso calor, será avalido se na política, tal como no futebol, o que hoje é mentira, amanhã é verdade e vice-versa.
Comecemos então com a primeira extracção: em Janeiro de 2008, Ferreira Leite defende privatização da saúde e da educação >>>
..."Questionada depois pelos deputados do PSD sobre as funções do Estado, Manuela Ferreira Leite respondeu que começaria por privatizar «aqueles sectores em que os privados já estão, como a saúde a educação».
«São dois sectores em que não vejo porque é que o Estado não se retira», disse, referindo que «antes pelo contrário, [o Estado] cada vez está a entrar mais».
A social-democrata assinalou que «os privados já lá estão», na saúde e na educação, e ressalvou que «deve haver regulação de forma a não permitir que as leis do mercado alterem as necessidades sociais».
Na sua opinião, «tudo o que é empresas públicas, sector empresarial, não há nenhum motivo para estar com o cunho público»....
1 Comentário:
Manuela Ferreira Leite, depois de ter afirmado que começaria por privatizar o ensino, e consequentemente finar de vez com a escola pública, é com bastante lata que esta senhora, numa manobra de demagógico oportunismo político, venha muito recentemente defender os professores do ensino público.
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