Após o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter falado ao País, no âmbito da tradicional mensagem de Natal, as reacções dos partidos da oposição ao Governo não se fizeram esperar. O PS garante que a declaração do líder do Executivo “não cola com a realidade”, o PCP considera a mensagem “patética”, e o BE prevê que as promessas do fim da crise se irão traduzir em mais sacrifícios.
“O que o primeiro-ministro disse não cola com a realidade. O primeiro-ministro diz que estamos no bom caminho, mostra-se aliás orgulhoso daquilo que está a fazer, mas perguntamos: bom caminho para quem? Para os desempregados, para os jovens que são forçados a emigrar, para os mais de 300 mil portugueses que não beneficiam de nenhum apoio social?”, disse o porta-voz do PS João Ribeiro, em declarações à agência Lusa, reagindo, assim, à mensagem natalícia do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
Segundo o responsável, Passos Coelho “ignora os portugueses e fala de um País que não existe, revela como sempre insensibilidade social e está cada vez mais sozinho, isolado na sua torre de marfim”.
E esta opinião colhe ressonância do lado do PCP. “Aquilo que ouvimos é uma declaração patética em que, no essencial, se pode perceber que o primeiro-ministro procurou enganar, mentir aos portugueses sobre aquilo que tem sido o resultado da sua política e, sobretudo, das perspectivas de futuro”, comentou o dirigente comunista Jorge Cordeiro, que sublinhou que “talvez a única afirmação verdadeira” de Passos Coelho, esta terça-feira, tenha sido a “de que 2013 será um ano de grandes sacrifícios”.
O próximo ano será “sobretudo um ano sacríficos, de austeridade, de mais dificuldades, de mais empobrecimento, de mais desemprego e mais falências, sem que daí resulte nada para o país que não seja o prosseguimento neste rumo de afundamento e de declínio económico e social”, acrescentou o militante do PCP.
Por sua vez, o BE lembra que “não é a primeira vez que Pedro Passos Coelho promete o fim da crise e, sempre que o fez, ficou sempre por cumprir esta promessa e foi sempre mais austeridade e mais sacrifícios o que se seguiu. Os portugueses conhecem esta habilidade de Pedro Passos Coelho”. Para o coordenador do partido, João Semedo, “não é verdade”, ao contrário do que afirmou o primeiro-ministro, “que a austeridade e os sacrifícios estejam a ser repartidos por igual”.
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