quarta-feira, 30 de junho de 2010

Olivença começa a recuperar a toponímia


Castelo de Olivença

A maior parte da toponímia urbana de Olivença foi substituída ou modificada na primeira metade do século XX

A Câmara Municipal de Olivença começou a recuperar os antigos nomes em português das ruas da localidade. A iniciativa parte da associação cultural Além Guadiana, que há um ano apresentou à Câmara o projecto, que recebeu unânime aceitação.

O projecto contempla a adição dos antigos nomes das ruas aos actuais, mantendo a mesma tipologia e estética nas placas. Assim, resgatam-se as denominações das ruas, dos becos, das calçadas, etc., que configuram o extenso casco histórico encerrado nas muralhas abaluartadas, com um total de 73 localizações. Tudo irá acompanhado de um simbólico ato inaugural e da edição de brochuras turísticas bilingues.

A maior parte da toponímia urbana de Olivença foi substituída ou modificada na primeira metade do século XX, embora alguns dos nomes continuem a ser utilizados pela população apesar das alterações, como nos casos da rua da Rala, da rua da Pedra, da Carreira, etc.

Os antigos nomes das ruas falam-nos do passado português da “Vila”, como popularmente é conhecida a cidade, desvelando aspectos diversos, amiúde desconhecidos, da sua história. Estes remontam a séculos atrás, muitos deles à Idade Média, aludindo a pessoas ilustres da História, a antigos grémios de artesãos, a santos objecto da devoção popular ou à fisionomia das ruas, entre outros aspectos. A rua das Atafonas, a Calçada Velha, o Terreiro Salgado e o beco de João da Gama” são alguns exemplos.

Com esta iniciativa pretende-se, enfim, realçar um interessante componente da rica herança cultural oliventina, a toponímia, contribuindo para testemunhar a história partilhada deste concelho e para a tornar visível em cada recanto intramuros. Os nomes ancestrais dos espaços públicos conformam uma janela que convida a assomar-se e a explorar a apaixonante história de Olivença.

Expressados na sua originária língua portuguesa, constituem o testemunho vivo de uma cidade onde se respiram duas culturas e são um veículo que encoraja os mais novos a manter a língua que ainda falam as pessoas mais velhas do município. Para a associação Além Guadiana, trata-se de uma iniciativa com fins didácticos, culturais e turísticos, com a qual se resgata para o presente uma parte do passado oliventino.

http://www.pglingua.org/


5 Comentários:

Anónimo disse...

Isto quer dizer o quê?
Recuperam-se uns nomes de ruas em troca da identidade de um povo, não me lixem. Olivença é Portugal, desta forma deve ter nomes de ruas em Português e não em Castelhano. Tal como tudo o resto.

Anónimo disse...

Olivença é Portugal, Angola é nossa e por aí adiante.

Anónimo disse...

Não, Angola não é nossa, até porque nunca fez parte da nossa geografia continental, Olivença foi subtraída dessa geografia. E quem viu deixou e quem deixou devia enfiar um ferro em brasa pelo cu acima.

Anónimo disse...

Geografia continental..., Açores e Madeira, deveria-mos dar-lhes a independência? Por mim, a Madeira ia já!
Terá sentido este tipo de nacionalismo bacoco nos princípios do século XXI?
Penso que o que interessa aqui reter é o exemplo de preservação do património que os autarcas de Olivença nos dão.

Anónimo disse...

Longa vida aos blogues não moderados!

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