O novo governo francês determinou hoje a subida de vários impostos para controlar o défice. A carga fiscal recai sobre os mais abastados.
O governo do novo presidente francês François Hollande continua a cumprir as suas promessas eleitorais, aprovando um projecto de orçamento que procura aumentar as receitas através de um agravamento da carga fiscal aos ricos e às grandes empresas.
Deste modo, segundo o orçamento rectificativo hoje aprovado pelo governo francês, em nome do que é classificado de "desfinancialização" da economia, as empresas vão passar a pagar uma taxa de 3% sobre os dividendos pagos aos accionistas, enquanto que as contribuições a pagar ao Estado pelas ‘stock-options' pagas aos executivos, bem como as acções entregues de graça aos altos quadros, vão subir de 22 para 40%. Ao mesmo tempo, a taxa sobre as transacções financeiras passa para o dobro, enquanto os bancos irão pagar um imposto adicional.
Em adição, as empresas petrolíferas vão pagar uma sobretaxa sobre as suas reservas, enquanto que as grandes firmas - com um volume de negócios anual superior a 250 milhões de euros - terão que pagar antecipadamente a contribuição excepcional de 5% a que se encontravam sujeitas desde 2011. Já todos os que ganham mais de um milhão de euros por ano vão estar sujeitos a um "imposto de solidariedade" especial sobre os seus vencimentos de 75%.
Com estas medidas, o governo de Hollande espera arrecadar 7,2 mil milhões de euros em receitas adicionais, mais do que o suficiente para conseguir um défice público dentro dos objectivos acordados com Bruxelas.
Alívio à sociedade
Em sentido contrário, o executivo socialista decidiu abolir a intenção do governo anterior de aumentar o IVA, mantendo-se este nos 19,6%. Já a contribuição social paga pelas empresas sobre os planos de poupança dos trabalhadores irá disparar dos actuais 8% para os 20%, de modo a garantir a segurança das reformas dos trabalhadores. A piorar as notícias para os grandes empresários, Hollande aboliu o direito das firmas de deduzir nos seus impostos os montantes pagos pelas firmas para estes planos de poupança.
Após o anúncio das novas medidas orçamentais, o ministro francês do Orçamento, Jérôme Cahuzac, afirmou que parece ao novo executivo "que o governo anterior estava a esconder dados" sobre as receitas fiscais, as quais terão sido "subestimadas de modo voluntário" pelo governo de direita em cerca de sete mil milhões de euros para este ano.
Visto no "
Económico/Sapo"
1 Comentário:
A França vai ser aproxima a pedir ajuda!
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