Paço dos Henriques, onde foi assinado o Tratado de Alcáçovas, precursor do de Tordesilhas, está ao abandono. Ministério admite obras em 2011, mas ainda não sabe os custos
... Vereador com os pelouros do Património e da Cultura na Câmara Municipal de Viana do Alentejo, João Pereira concorda com a necessidade de uma intervenção "urgente" que permita "evitar a continuação da ruína" de um imóvel com um "enorme valor histórico".
Segundo o autarca, tanto a Câmara como o Ministério da Cultura estão empenhados na elaboração de um projecto que permita sustentar a apresentação de uma candidatura a fundos comunitários para recuperar o Paço e dar-lhe novos usos, tais como um pequeno auditório, biblioteca, posto de turismo e um núcleo de documentação sobre as relações diplomáticas entre Portugal e Espanha no período quinhentista.
"Quem é da terra sente--se inconformado com o desprezo e abandono do monumento mais emblemático da vila. Mesmo as pessoas menos informadas sobre o valor patrimonial e simbólico do Paço, sem uma noção real da dimensão do que se está a perder, reconhecem que poderia tratar-se de uma mais-valia em termos de desenvolvimento económico".
João Pereira assegura que o município está disponível para "percorrer todo o caminho necessário" à concretização do projecto: "Estamos abertos a participar na recuperação, manutenção e gestão do imóvel."
O Ministério da Cultura está a elaborar um "projecto-base de arquitectura para a reutilização" do Paço dos Henriques, avançou o arquitecto José Filipe Ramalho, da Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA), reconhecendo que o edifício apresenta problemas de conservação, sobretudo por se ocupar desocupado, apesar de não existem "problemas estruturais ou de conservação de gravidade".
A intervenção irá abranger todo o conjunto, formado pelo Paço, jardins e capela, não existindo ainda uma previsão de custos. "Uma vez que os estudos ainda não estão concluídos, não é possível inscrever qualquer verba em plano de investimento", diz José Filipe Ramalho.
Tendo em consideração a área de construção do edifício e dimensão da intervenção em caixa, o prazo previsível para a execução das obras será de 18 a 24 meses que poderão "ter início no segundo semestre de 2011", depois de lançado o respectivo concurso público.
Até lá, a DRCA garante que serão realizadas "acções de preservação" do conjunto patrimonial, classificado como Imóvel de Interesse Público, incluindo o fecho dos vãos que se encontram abertos, limpeza e caiação das alvenarias exteriores.
Visto no DN
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3 Comentários:
Ai mãe, sus xuxas arranjam o paço tamos cagados
O Sr. João Pereira agora é que se desdobra em entrevistas, mas esquece-se de um pequeno pormenor o Partido Socialista e o PSD inv iabilizaram uma dotação orçamental em sede de Orçamento de Estado para o Paço!!! A incoerência tem limites... mas do xuxa João Pereira esperamos tudo, desde que o Potes Pacheco o deixe fazer...Não podemos esquecer que o Potes é contra Alcáçovas.
"Não podemos esquecer que o Potes é contra Alcáçovas." Fantástico, veja-se só até onde vai a capacidade de argumentação, a inteligência e a maldade desta triste personagem. Não se aperceberá de quão patética mostra ser? As pessoas não são burras, embora este sinistro género de criatura insista, em tratá-las como tal,hábitos de outros tempos!
Finalmente, fico feliz por ver que a questão do Paço dos Henriques a mexer, como Alcaçovense, só poderia.
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