domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril de 1974: Posto de Comando do MFA


Otelo Saraiva de Carvalho


A reportagem do jornalista Walter Medeiros regista as memórias de Otelo Saraiva de Carvalho sobre a longa noite.

A Escolha do Regimento da Engenharia 1 para o Posto de Comando do MFA:

"A escolha do RE-1 para comandar as operações do 25 de Abril partiu de uma sugestão do tenente-coronel Nuno Fisher Lopes Pires, que tinha sido segundo comandante daquela unidade militar até ao dia 6 de Março daquele ano. O capitão Luís Macedo, outro militar do RE-1 e ainda em serviço durante as operações do 25 de Abril, apoiou a proposta e não houve dúvidas em aceitar a sugestão de Lopes Pires, visto que reunia todas as condições necessárias: estar perto de Lisboa, mas fora da cidade, ser uma unidade da confiança do MFA, dar poucas possibilidades de as forças governamentais a descobrirem, dado que se tratava de uma unidade de engenharia e não de artilharia, por exemplo, como seria mais provável.

A Sala de Operações do MFA foi montada num pavilhão pré-fabricado: uma grande mesa ao centro, outras com aparelhos de rádio e telefones, um armário metálico com pistolas e granadas, janelas tapadas com cobertores, uma prancheta de contraplacado, um mapa das estradas do país (do Automóvel Clube de Portugal) e algumas cartas locais. No exterior do pavilhão estava montada uma pequena tenda para o pessoal de transmissões, com antenas vertical e dipolo. Junto ao Posto de Comando, uma camarata improvisada, com camas militares com colchão, travesseiro e duas mantas.

Dali, os sete operacionais comandaram as operações de uma forma surpreendentemente eficaz, ao ponto de as forças do regime só durante o dia 25, já muito tarde, terem descoberto onde era o Posto de Comando e o país o ter sabido na manhã de 26, quando ali se realizou a primeira conferência de imprensa da Junta de Salvação Nacional."

5 Comentários:

Anónimo disse...

Afinal o PS também gosta de gastar dinheiro, muito, em fogo de artificio. Pensava que era esbanjar. E o Bengalinha também gosta de andar de charrete, numa romaria que este ano entrou a conta gotas.

Anónimo disse...

Deixem lá, daqui por 4 anos, a CDU vai novamente para a Câmara e voltamos a ter um concelho bem gerido, e mais desenvolvido.
Enquanto durarem os próximos 4 anos de escuridão, conformem-se e consolem-se.
Se o Bengalinha andou de charrete, pelo menos, o gado sofreu menos, é mais leve que o Estêvão

Anónimo disse...

Uma romaria que entrou a conta gotas ? todos os anos tenho assistido à sua passagem na praça da república e depois à saída do largo de são luís e não reparei em diferenças especiais, excepto talvez que este ano vinham menos bebedeiras, ou disfarçaram melhor. O nosso presidente da câmara, a quem nunca ouvi dizer ser contra a romaria, muito pelo contrário, fez o que cabe a um presidente da câmara, recebeu os visitantes, numa iniciativa que obviamente promove de forma muito positiva a imagem do concelhos. Agora o que se dizia antes em relação aos comunistas que agora deram em marialvas, bem isso pode-se continuar a dizer, é coisa que não lembra ao diabo.

Anónimo disse...

Eu VI uma romaria que entrou junto aos bombeiros desordenada, bem diferente do que já vi no passado. Não me interessa quem era antes e quem é agora. Mas que este ano não foi tão organizada NÃO FOI, não sei de quem foi a culpa, mas vinham todos muito afastados uns dos outros.A emoção que costuma dar a chegada, este ano não se sentiu e entraram todos aos molhos sem respeito pelo carro andor.

Anónimo disse...

Mas quem é que se preocupa com o carro andor, santas, fé ou coisas do género, deveriam ser os romeiros, não será? Não serão certamente os comunistas empreiteiros cavaleiros caloteiros. Eles, mais que ninguém e sendo cá da terra, poderiam ter dado uma mão para que a entrada tivesse sido apoteótica, mas isso também não lhes interessava, não é? Há um reparo que também gostaria de aqui deixar, a romaria a cavalo não é uma iniciativa da câmara de Viana e da Moita. Começou e continua a ser, mais que tudo, uma iniciativa de um grupo de pessoas da Moita que tem o apoio das câmaras atrás citadas. Aliás, no primeiro ano o camarada Estêvão(na altura ainda era comunista)tudo fez para se desmarcar da romaria que colidia com as comemorações do 25 de Abril. A dinâmica de progresso dos romeiros é que não lhe deu outra alternativa senão a de se sentar na charrete.
Mas a propósito de "muitos afastados uns dos outros", foi muito notado o afastamento entre o arquitecto Carlos Marques e o seu amigo João Garcia que este ano entrou na companhia do Cabral. Foi por acaso ou terá sido estratégia?

Enviar um comentário

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO