25 de Abril de 1974: Posto de Comando do MFA
Otelo Saraiva de Carvalho
A reportagem do jornalista Walter Medeiros regista as memórias de Otelo Saraiva de Carvalho sobre a longa noite.
"A escolha do RE-1 para comandar as operações do 25 de Abril partiu de uma sugestão do tenente-coronel Nuno Fisher Lopes Pires, que tinha sido segundo comandante daquela unidade militar até ao dia 6 de Março daquele ano. O capitão Luís Macedo, outro militar do RE-1 e ainda em serviço durante as operações do 25 de Abril, apoiou a proposta e não houve dúvidas em aceitar a sugestão de Lopes Pires, visto que reunia todas as condições necessárias: estar perto de Lisboa, mas fora da cidade, ser uma unidade da confiança do MFA, dar poucas possibilidades de as forças governamentais a descobrirem, dado que se tratava de uma unidade de engenharia e não de artilharia, por exemplo, como seria mais provável.
A Sala de Operações do MFA foi montada num pavilhão pré-fabricado: uma grande mesa ao centro, outras com aparelhos de rádio e telefones, um armário metálico com pistolas e granadas, janelas tapadas com cobertores, uma prancheta de contraplacado, um mapa das estradas do país (do Automóvel Clube de Portugal) e algumas cartas locais. No exterior do pavilhão estava montada uma pequena tenda para o pessoal de transmissões, com antenas vertical e dipolo. Junto ao Posto de Comando, uma camarata improvisada, com camas militares com colchão, travesseiro e duas mantas.
Dali, os sete operacionais comandaram as operações de uma forma surpreendentemente eficaz, ao ponto de as forças do regime só durante o dia 25, já muito tarde, terem descoberto onde era o Posto de Comando e o país o ter sabido na manhã de 26, quando ali se realizou a primeira conferência de imprensa da Junta de Salvação Nacional."
5 Comentários:
Afinal o PS também gosta de gastar dinheiro, muito, em fogo de artificio. Pensava que era esbanjar. E o Bengalinha também gosta de andar de charrete, numa romaria que este ano entrou a conta gotas.
Deixem lá, daqui por 4 anos, a CDU vai novamente para a Câmara e voltamos a ter um concelho bem gerido, e mais desenvolvido.
Enquanto durarem os próximos 4 anos de escuridão, conformem-se e consolem-se.
Se o Bengalinha andou de charrete, pelo menos, o gado sofreu menos, é mais leve que o Estêvão
Uma romaria que entrou a conta gotas ? todos os anos tenho assistido à sua passagem na praça da república e depois à saída do largo de são luís e não reparei em diferenças especiais, excepto talvez que este ano vinham menos bebedeiras, ou disfarçaram melhor. O nosso presidente da câmara, a quem nunca ouvi dizer ser contra a romaria, muito pelo contrário, fez o que cabe a um presidente da câmara, recebeu os visitantes, numa iniciativa que obviamente promove de forma muito positiva a imagem do concelhos. Agora o que se dizia antes em relação aos comunistas que agora deram em marialvas, bem isso pode-se continuar a dizer, é coisa que não lembra ao diabo.
Eu VI uma romaria que entrou junto aos bombeiros desordenada, bem diferente do que já vi no passado. Não me interessa quem era antes e quem é agora. Mas que este ano não foi tão organizada NÃO FOI, não sei de quem foi a culpa, mas vinham todos muito afastados uns dos outros.A emoção que costuma dar a chegada, este ano não se sentiu e entraram todos aos molhos sem respeito pelo carro andor.
Mas quem é que se preocupa com o carro andor, santas, fé ou coisas do género, deveriam ser os romeiros, não será? Não serão certamente os comunistas empreiteiros cavaleiros caloteiros. Eles, mais que ninguém e sendo cá da terra, poderiam ter dado uma mão para que a entrada tivesse sido apoteótica, mas isso também não lhes interessava, não é? Há um reparo que também gostaria de aqui deixar, a romaria a cavalo não é uma iniciativa da câmara de Viana e da Moita. Começou e continua a ser, mais que tudo, uma iniciativa de um grupo de pessoas da Moita que tem o apoio das câmaras atrás citadas. Aliás, no primeiro ano o camarada Estêvão(na altura ainda era comunista)tudo fez para se desmarcar da romaria que colidia com as comemorações do 25 de Abril. A dinâmica de progresso dos romeiros é que não lhe deu outra alternativa senão a de se sentar na charrete.
Mas a propósito de "muitos afastados uns dos outros", foi muito notado o afastamento entre o arquitecto Carlos Marques e o seu amigo João Garcia que este ano entrou na companhia do Cabral. Foi por acaso ou terá sido estratégia?
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