terça-feira, 19 de junho de 2012

Alterações às leis do trabalho dão mais 4,5 mil M€/ano aos patrões

De acordo com as contas do Correio da Manhã (http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=2617252&especial=Revistas%20de%20Imprensa&seccao=TV%20e%20MEDIA) e do economista Eugénio Rosa as alterações às leis laborais vão render aos patrões mais 4,5 mil milhões de euros todos os anos. Esta estimativa baseia-se no facto de serem eliminados 4 feriados e retirados 3 dias de férias, sem que haja lugar a uma subida de ordenado por mais dias trabalhados. Ou seja, é dinheiro grátis para os patrões que saí diretamente do trabalho dos seus/suas funcionários/as.

Mas esta estimativa é conservadora, pois estas alterações ao Código do Trabalho, propostas pelo Governo PSD/CDS e ontem promulgadas pelo Presidente da República, vão baixar também o valor das horas extra para metade e acabar com a contratação coletiva, baixando o poder negocial dos trabalhadores e, logo, os seus salários.

Por isso, em poucos meses e apesar do simulacro de acordo em concertação social onde João Proença da UGT apoiou os interesses dos patrões, verifica-se uma transferência do rendimento das pessoas que trabalham para as empresas no valor mínimo de 4,5 mil milhões de euros ano (ou seja mais de 8 submarinos ou 7 hospitais).
Como é óbvio, esta transferência de rendimentos aprofundará ainda a desigualde em Portugal, apesar do país já ser um dos mais desiguais da Europa (http://www.ffms.pt/estudo/19/desigualdade-em-portugal).

VIsto em "precári@os infrexíveis"

Seja o primeiro a comentar

Enviar um comentário

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO