sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Carlos Cruz condenado a sete anos no processo Casa Pia

O colectivo de juízes do processo Casa Pia, em Portugal, condenou a pena de prisão efectiva seis dos sete arguidos. A pena maior foi para Carlos Silvino, conhecido por Bibi, com 18 anos e o apresentador de televisão, Carlos Cruz, foi condenado a sete anos. A pena menor foi de cinco anos e nove meses para Manuel Abrantes, o ex-provedor da instituição. Gertrudes Nunes, única mulher arguida, foi absolvida.

O ex-motorista da Casa Pia, Carlos Silvino, foi condenado a uma pena única de 18 anos de prisão efectiva por 128 crimes de abuso e violação de menores, tendo recebido a pena mais pesada.

O apresentador televisivo Carlos Cruz foi condenado a sete anos de prisão efectiva pelo colectivo de juízes liderado por Ana Peres.

O tribunal considerou Carlos Cruz culpado de duas situações de abusos sexuais de menores ocorridos numa casa na avenida das Forças Armadas, em Lisboa, e pelo menos uma numa casa em Elvas.

Carlos Cruz foi pronunciado por seis crimes, mas o Ministério Público só deu como provados três de abuso sexual e um de acto com adolescente.

O ex-provedor adjunto da Casa Pia, Manuel Abrantes, foi condenado a cinco anos e nove meses de prisão efectiva por dois crimes de abuso sexual de menores pelo mesmo colectivo.

Manuel Abrantes foi pronunciado inicialmente por 51 crimes, incluindo 48 de abuso sexual, dois de lenocínio e um de peculato de uso.

O embaixador Jorge Ritto foi condenado a seis anos e oito meses. O tribunal considero Ritto culpado de abusos em diversos locais, como é o caso de uma vivenda no Restelo e uma casa na Alameda Afonso Henriques.

Ritto foi pronunciado por 11 crimes - nove de abuso sexual e dois de lenocínio -, mas o Ministério Público considerou como provados oito crimes de abuso.

O médico João Ferreira Diniz foi condenado a sete anos de prisão efectiva. Os juízes deram como provados dois crimes de abuso sexual de menores. Ferreira Diniz foi pronunciado por 18 crimes de abuso sexual, 12 dos quais foram considerados provados pelo Ministério Público.

O advogado Hugo Marçal foi condenado a seis anos e dois meses de prisão efectiva. O tribunal considerou Hugo Marçal culpado de ter providenciado uma casa em Elvas, pedida à arguida Gertrudes Nunes, para que aí decorressem abusos.

Hugo Marçal estava pronunciado por 23 crimes, 19 de e quatro de abuso sexual.

Por sua vez, Gertrudes Nunes foi absolvida de todos os crimes de que estava acusada pelo colectivo de juízes liderado por Ana Peres. O tribunal considerou Gertrudes Nunes culpada de ter cedido uma casa em Elvas para que aí decorressem abusos, mas os juízes consideraram não estarem preenchidos todos os requisitos para ser condenada pelos crimes em causa.

Gertrudes Nunes respondia por 26 acusações de lenocínio (fomento da prostituição).

Este mesmo colectivo do processo Casa Pia determinou ainda que seis dos arguidos têm que indemnizar as vítimas com valores que variam, para cada uma, entre 15 mil e 25 mil euros.

Carlos Silvino terá que indemnizar 20 vítimas com 15 mil euros cada. Carlos Cruz tem duas vítimas para indemnizar com 25 mil euros cada; Ferreira Diniz, três; Jorge Ritto, uma; Hugo Marçal, duas; e Manuel Abrantes, duas.

Fonte: Lusa

1 Comentário:

Anónimo disse...

Não sei se este blogue está sedeado em Portugal ou Angola, tanto faz, só por curiosidade.
De facto vim à procura de comentários sobre a condenação de Carlos Cruz e aproveito para fazer um comentário, ao comentário.
Já poucas pessoas acreditam sem vacilar na sua inocência. Ontem fiquei boqueaberto com a agressividade daquela pivot, e é preciso dizê-lo, a senhora chama-se tão só Clara de Sousa.
E, exactamente por isso e até pelos seus conflitos familiares mais recentes, deveria ter mais cuidado para não ajudar a arruinar uma família, como ela se atreveu ontem a fazer perante a família do Carlos Cruz.
Acredito ainda na inocência do Carlos Cruz e na inveja que muita gente da televisão nutriu e pelos vistos ainda nutre (à boa maneira portuguesa)contra aquele que era um exemplo de cidadão em Portugal.

Não me venham com histórias: segui atentamente esta saga da casa Pia (deviam trocar-lhe o nome... pia o c...) e se coisa houve que me prendeu mais a atenção, foi aquele refugio em Elvas. Porque tão longe e em Elvas?!!!
E não é que os "coitadinhos" dos prostitutos de Lisboa eram encaminhados à "manadas" para dentro duma casa em Elvas?!!!!
Isto foi o que se quis fazer passar. Ou não será verdade?

Afinal, a senhora dona da casa foi absolvida. Afinal os prostituos de Lisboa (sou do Porto e não entendo porque é que chamam criancinhas a gajos adultos que se prostituem no centro de Lisboa. Homens feitos alguns deles criminosos de delito comum tais como assaltos, droga etc.)não foram levados para Elvas.
Afinal o BIBI (ou lá como se chama) não ia a Elvas.
Afinasl o Rito e os outros não iam a Elvas.
Só o coitado do Cruz é que leva com uma condenação por ir à casa a Elvas, que afinal a senhora não abria a porta. Que afinal aqueles rufiões não tratavam com intimidade.
Que afinal não eram só "bombas" à porta, etc. etc. etc.

O que mais me impressionou como cidadão, foi a atitude majestática daqueles Juízes quando o Sá Fernandes falava e eles pareciam petrificados de olhar fixo, não na direcção do caudisico, mas sim com autêncitico ar de despresop pela sua intervenção, fixos no vazio da sua majestática atitude.

O tempo o dirá. Mas seria bom que estes magistrados vivessem tempo suficiente para que os seus filhos sofressem na pele a desonra de saberem que os seus pais foram os julgadores de um erro judiciário sem paralelo.

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