Portas «usa fraudulentamente o seu cargo de Estado», acusa General

Pezarat Correia diz que o líder do CDS-PP não deve ser ministro

Marilyn Monroe - Happy Birthday, Mr.President

Depois de Ana Gomes, é agora a vez do General Pezarat Correia atacar ferozmente Paulo Portas. Num artigo publicado esta quarta-feira no «Diário de Notícias», apresenta dúvidas sobre a seriedade do líder do CDS-PP e critica a sua mais que provável ida para o Governo como ministro.

«Paulo Portas não deve ser ministro na República Portuguesa», começa por dizer, explicando que «Paulo Portas, enquanto ministro da Defesa Nacional de anterior governo, mentiu deliberadamente aos portugueses sobre a existência de armas de destruição maciça no Iraque, que serviram de pretexto para a guerra de agressão anglo-americana desencadeada em 2003».

«A verdade é que Paulo Portas, regressado de uma visita de Estado aos EUA, declarou à comunicação social que ¿vira provas insofismáveis da existência de armas de destruição maciça no Iraque¿ (cito de cor mas as palavras foram muito aproximadamente estas). Ele não afirmou que lhe tinham dito que essas provas existiam. Não. Garantiu que vira as provas», recorda, considerando que «Portas mentiu deliberadamente».

«A tese de que afinal Portas foi enganado não colhe. É a segunda mentira. Portas não foi enganado, enganou. Um político que usa assim, fraudulentamente, o seu cargo de Estado, não deve voltar a ser ministro», frisa o General agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Pezarat Correia recorda que já em Abril de 2002 tinha apresentado argumentos para o «seu impedimento para funções ministeriais». Por isso, conclui:

«Um homem que, com tanta leviandade, mente e aborda assuntos fundamentais de Estado, carece de dimensão ética para ser ministro da República. Lamentavelmente já o foi uma vez. Se voltar a sê-lo, como cidadão sentir-me-ei ofendido. Como militar participante no 25 de Abril, acto fundador do regime democrático vigente, sentir-me-ei traído».

Via "TVI 24"