quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Tributo a Zeca Afonso - dia 3 de março no Cine-Teatro Vianense. A não perder!


Informação retirada da página de internet do Município de Viana do Alentejo.

Cine-Teatro Vianense: "Café do Absurdo" - Peça a Peça

Sábado, dia 2 de março, no âmbito do programa "Peça a Peça", sobe ao palco do Cine-Teatro Vianense a Companhia de Teatro Quarto Crescente com a peça "Café do Absurdo".
 
 
 
Num pressuposto café Onde pressupostamente também se bebe café Onde se desmascara o ridículo Onde as conversas sem nexo, fazem todo o sentido Onde se canta e descanta Onde se é poeta e louco Onde só a criatividade e a livre expressão têm lugar Onde tudo pode acontecer…….
 
O elenco desta peça conta com a participação especial do ator João Maria Pinto.
 
 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Solta a tua indignação: Praça do Giraldo, sábado, 2 de Março, 16 horas


No próximo sábado, dia 2 de Março, pelas 16 horas, Évora adere à manifestação nacional, que se realiza em mais de 40 cidades de todo o país sob o lema "Que se Lixe a Troika!


O Povo é quem mais ordena". Na rua vamos dizer, a uma só voz, que estamos contra a austeridade, o corte dos direitos sociais, o corte nos salários e nas reformas. Que estamos contra o desemprego que não cessa de crescer. Que estamos contra a fome e a miséria e contra os que nos querem representar, desligados dos problemas reais d@s portugues@s. Vamos para a rua dizer que estamos pela vida, pela educação,pela saúde para todos, por uma sociedade autogerida por quem produz toda a riqueza. Por um país sem exploração nem opressão.

Já chega! Basta! Outro mundo é possível.Contamos contigo!


Concentração:16 horas na Praça do Giraldo, em Évora.

Manifestação: 17 H - Praça do Giraldo/Largo Camões/ Templo Romano/Rua 5 de Outubro/Praça do Giraldo

Assembleia Popular c/ microfone aberto: 18H - Praça do Giraldo

Grândola Vila Morena, a muitas vozes, 18,30H, Praça do Giraldo


https://www.facebook.com/events/418282924926892/

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

João Penetra faz o balanço do seu mandato em Alvito

Na edição de hoje do comunista "Diário do Alentejo", João Penetra de "saída" de Alvito, faz o balanço do seu mandato. 

Quando é voz corrente que João Penetra andou a "entreter" a população de Alvito durante quatro anos, por falta de capacidade de liderança, e se prepara para tentar repetir essa experiência no concelho de Viana do Alentejo, deixo aqui à consideração dos clientes da Barbearia alguns trechos dessa entrevista, que, apesar de "encomendada", não deixa de ser  muito elucidativa sobre a falta de obra feita.



Título da entrevista - João Penetra: Alvito não tem dívidas a fornecedores

 
....." João Penetra sublinha que deixa uma câmara sem dívidas a fornecedores e com um passivo a rondar os 900 mil euros, ainda assim “controlado”. Mas o seu maior legado, acredita, foi o trabalho desenvolvido para acabar com o desemprego no concelho e a generalização do ensino do empreendedorismo nas escolas locais. Um trabalho com nota oito, numa escala de zero a 10.


De zero a 10 que nota atribui ao seu mandato na Câmara de Alvito? Para ser honesto atribuiria um oito. Porque é muito mau se nós estivermos totalmente satisfeitos com o nosso trabalho. A verdade é que fixamos objetivos que depois são difíceis de atingir. Quando, em 2009, todos os autarcas deste país se candidataram às eleições e fizeram os seus programas eleitorais, estavam muito longe de imaginar o que vinha aí, em termos de alteração do financiamento das autarquias.


Houve alguma obra de que não tivesse sido lançada ou concluída por vias da nova lei do financiamento local? Com certeza que sim. Mas deixe que lhe diga que, em parte, estou satisfeito com o nosso trabalho porque, neste mandato, fizemos a maior obra de sempre neste concelho que foi a nova escola. Uma obra muito boa, de grande qualidade, não só a nível de construção, como também a nível de equipamento. Também reabilitámos por completo o jardim de infância de Vila Nova de Baronia e, portanto, essas obras foram importantíssimas para este concelho. Agora, não fizemos, e gostaríamos muito de ter feito, uma zona empresarial e um ninho de empresas, que tínhamos programado e que, por falta de verbas, não foi possível concretizar. 


Como vai deixar esta câmara em termos financeiros? Atualmente não temos uma única dívida a fornecedores, a não ser as coisas correntes, isto para além de termos reduzido em muito a dívida de médio/longo prazo. E posso dizer-lhe que essa dívida, quando chegarmos ao final deste mandato, não ultrapassará os 900 mil euros. Está bastante controlada. Esta câmara ficará numa situação económica e financeira invejável, comparativamente com aquilo que é a realidade do País.  
".............."
Não vai para muito longe. Vou para o concelho onde resido, de onde sou natural, onde já fui eleito, não como presidente mas como vice-presidente durante 14 anos. Mas nunca me senti um paraquedista, porque lido em Alvito há cerca de 30 anos e a minha esposa é do concelho de Alvito, é de Vila Nova de Baronia. Tenho ligações familiares e afetivas aqui em Alvito, sempre gostei de aqui estar e fui sempre muito bem tratado e estimado pela população do concelho de Alvito.
"................"

Acha que deixa uma marca pessoal em Alvito? Fomos, aqui na região, pioneiros no ensino do empreendedorismo. Estamos a tentar transformar uma sociedade para daqui a 10 ou 15 anos, mais empreendedora, mais amiga do risco e, na minha opinião, com mais capacidade de criar riqueza. Outra questão importante  prende-se com o combate ao desemprego. Fizemos acordos com empresas locais e mesmo fora do concelho, o que permitiu, até há dois anos, sermos notícia na comunicação social por termos o desemprego muito reduzido. Hoje, infelizmente, temos desempregados, mas o combate ao desemprego, neste concelho foi sempre muito ativo durante este mandato.

Pode ler a totalidade da entrevista, aqui

Pode ler algumas opiniões sobre esta entrevista, no "Alvitrando"

Sublinhados nossos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ÉTICA NAS FINANÇAS — uma questão de Justiça e Paz

UMA REFLEXÃO PARA A QUARESMA DE 2013

    ‘6. As principais características da evolução recente das condições de vida da população portuguesa são acompanhadas persistentemente por taxas negativas de crescimento do PIB, que permitem falar numa «espiral recessiva». Em todo este processo sobressai uma falta incompreensível de políticas que fomentem o crescimento económico que seja criador de emprego e promova uma justa distribuição do rendimento e da riqueza. Portugal é, de momento, o país mais desigual da União Europeia. O alargamento do prazo de amortização da dívida junto das entidades representadas pela Troika e o abaixamento dos respectivos juros também são factores que poderão permitir honrar os compromissos do âmbito do programa de ajustamento com menos sacrifícios para o povo. Algo neste sentido acaba de ser conseguido. Devemos saudar a iniciativa e o resultado, e, ao mesmo tempo, reconhecer que não basta.

    7. Perante o flagrante insucesso do modelo de política seguido em 2012, a insistência de idêntico modelo, nalguns aspectos agravado, em 2013, pode ser eticamente inaceitável. O povo, as pessoas e as famílias não podem servir de objecto de experiências de política económica de sucesso altamente duvidoso. Ao denunciá-lo, as CJP afastam-se da cumplicidade do silêncio.’
_________
¹ A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Lisboa não subscreve o documento.

Visto em "Câmara Corporativa"


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Um caso patológico: internem o Miguel Relvas num hospício

Miguel Relvas é a cara da quadrilha e, tal como os seus capangas, deve julgar os portugueses estúpidos. Uma pessoa que completou a licenciatura falcatruada no espaço de apenas um ano, fazendo tão só  4 das 36 cadeiras que compõem o curso, tem a lata e o descaramento de aparecer em público, apregoando a ética e a moral e as virtudes deste governo de estrema direita.

Um pouco por todo o País, Miguel Relvas tem sido dos ministros mais vaiados, e “mimado” em cartazes com grafismo depreciativo.
Ultimamente têm subido de frequência as vaias, começa a “meter dó”, mas olhando-se bem para o seu rosto, por detrás daquela cara suada de pavor, quando pode, liberta a arrogância que lhe perpassa o ser.

Dia 18 de Fevereiro: Miguel Relvas foi interrompido quando discursava no Clube dos Pensadores, em Gaia, por protestos de cerca de duas dezenas de pessoas, que cantaram «Grândola Vila Morena» e exigiram a sua demissão. 
«25 de Abril sempre! Fascistas nunca mais», «gatunos» e «demissão», gritaram os manifestantes.
 
Relvas sorriu atemorizado, expressando “gozo”, e chegou mesmo a entoar alguns versos da música. “O povo é sereno”, garantiu no final.


Dia 19 de Fevereiro: Hoje ainda foi pior, nos locais onde os actores dos apupos são todos jovens, a coisa pia mais fino, Relvas começou por sorrir, mas rapidamente saiu a correr pelas portas das traseiras.


“O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas foi hoje vaiado por algumas dezenas de alunos quando participava no encerramento de uma conferência da TVI, a decorrer em Lisboa, acabando por ter que abandonar a sala. Perante a agitação, o ministro não conseguiu iniciar o discurso, abandonando as instalações do ISCTE, onde decorria a cerimónia, escoltado por seguranças e sempre seguido por jovens que se manifestavam. 

"Bolsas sim propinas não", "Demissão" e "o povo unido jamais será vencido" foram algumas das palavras de ordem mais ouvidas.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Passos Coelho ganhou eleições com fraude eleitoral - 5

Sim, uma fraude política e eleitoral não é só alterar resultados nas urnas ou viciar o número de eleitores, é também mentir aos portugueses sobre as políticas a implementar.
 
Maio de 2011  
Perante mais de três mil pessoas em Coimbra, Pedro Passos Coelho afirmou que estas eleições vão servir para levantar Portugal.
"Num discurso repleto de esperança e virado para o futuro, o candidato do PSD firmou o compromisso de colocar Portugal a crescer, criar empregos e defender o Estado social."

Dezembro de 2012
Depois de tantas promessas não cumpridas, as imagens seguintes traduzem os desastrosos resultados da política do governo Passos/Portas.

 
 

Uma canção de amor para um dia dos namorados

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A revolta dos Paradas

• Pedro Adão e Silva, A REVOLTA DOS PARADAS [ no Expresso]:
 
‘A ideia de que há uma lógica de reprodução de poder nos aparelhos dos partidos independente do sentimento dos cidadãos não é nova, nem necessariamente negativa. Pode mesmo ser vista como uma lei de ferro do funcionamento dos partidos: estes, para subsistirem, precisam de garantir níveis de coesão interna que requerem algum tipo de fechamento. A questão é, contudo, de grau.
 
No passado, umas vezes melhor outras pior, os partidos portugueses foram encontrando formas de se sintonizarem com a sociedade e com os grupos sociais que representavam. Hoje, alguma coisa está a mudar. A sensação com que se fica é que o militante de base, em lugar de estar sintonizado com a sociedade, passou a estar em sintonia com o presidente da concelhia à qual pertence, criando-se uma bolha que separa sindicatos de voto e caciques locais do conjunto dos portugueses.
 
O fenómeno é particularmente visível quando pensamos no poder autárquico e encontra no processo que levou à escolha do candidato do PS à Câmara de Matosinhos um exemplo de manual. Com um presidente em exercício eleito, os socialistas optaram por não patrocinar a sua recandidatura, apoiando a candidatura de António Parada. Ora o que é que qualifica Parada para ser candidato? A resposta é simples: é um grande mobilizador de militantes, traz consigo um verdadeiro sindicato de votos e foi, certamente, um dos grandes angariadores dos tais novos filiados que entraram para os partidos nos últimos tempos.
 
É claro que sempre houve Paradas. A diferença é que, hoje, têm uma ambição que não tinham — passaram a alimentar o sonho de serem ministros —, e, mais importante, é em seu redor que gravita o essencial do poder nos partidos. No passado, os militantes eram muito influenciados pela sociedade e contagiavam as estruturas intermédias dos partidos. Agora, os militantes são controlados pelos Paradas que, por sua vez, garantem a reprodução do poder interno, com uma lógica que opera, cada vez mais, de costas voltadas para a sociedade. Esta revolta dos Paradas gera um paradoxo: a manutenção do poder no aparelho depende da criação de 'bolhas políticas', alimentadas por hordas de novos militantes, que são tanto mais eficazes quanto mais imunes ao que o país pensa.’

 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Obras de conservação no Palácio dos Henriques: a opinião de dois "comunistas" Alcaçovenses

Obras de conservação no Paço dos Henriques

Quarta-feira passada, nas Alcáçovas, mais precisamente na taberna do Estêvão, a conversa estava azeda por causa das obras que se andam a fazer no Paço.

 Diz o João Envinagrado: Hoje por curiosidade fui a praça para ver as obras no palácio, segundo me disseram os trabalhadores que lá andam a intervenção que está a ser feita e da autoria do vereador João Pereira e da presidente da junta de freguesia que pelo visto foram enganados já que está a ser feito um projeto de recuperação do palácio do qual a Câmara já pagou mais de 30 mil euros e que está longe de ser concluído, que no caso do projeto seja concluído a obra só avança se o governo a financiar quase na totalidade. Resumindo e concluindo a Câmara adquiriu um imóvel que os governos anteriores nunca quiseram recuperar, e que agora vem dizer que só o recuperam se houver financiamento por parte do governo. Isto é caso para dizer que mais vale esperar sentado porque esse financiamento nunca vai chegar, ou tem dúvidas disso! 

Entrementes, quando o  José da Foice, muito atento à conversa, mas já com uns copitos no bucho, ia ripostar, sem mais nem menos, foi posto na rua..

Mestre José da Foice não teve outro remédio senão responder da rua, junto à Barbearia, mas  já com a presença de gente que se ia juntando.

Diz o José da Foice num português macarrónico: Concordo em quase tudo com o que diz o João Envinagrado. O que andam a fazer com o Plalácio aqui das Alcáçovas é uma vergonha, aquilo tinha graça como ruina no tempo dos nossos camaradas estevo e penetra porque ao menos podia ser rentabilizado como jardim jológico. Havia muitos bichos, ratos, cobras, coelhos, muitos silvados nos pátios etc.. 

Os turistas que visitavam a praça ficavam encantados com aquela bicheza toda, embora não pudesswem lá entrar dentro, aquilo era original. No jardim das conchinhas atão aquilo era um ver se te avias, qualquer um podia levar um bocadinho para casa como recordação e até destruir o que quizesse porque ai os intletuais andam a dizer que aquilo é um património muito importante quando o povo precisa de outras coisas. 

Estes paspalhos agora limparam tudo puseram o espaço visitável, até lá fazem festas só abrem os portões para visitas organizadas. Enfim agora aquilo não tem ponta por onde se pegue, já não se pode roubar nem vandalizar e muito menos ver as ruinas a cair dia a dia que era um espetáculo tambem importante para as Alcáçovas. 

Parece que agora o exterior do edificio vai ficar todo arranjado e caiado de branco, que euacho que vai tirar agraça aquilo que nos habituámos ver. Eu espero que os alcaçovenses fassam uma manifestação contra o que lhe andam a fazer. Para acabar até se deram ao luxo de publicar um livro sobre aquilo, parece que não há onde gastar o dinheiro. Cada vez concordo mais com o camarada estevo e penetra que nunca quizeram saber daquilo nem mandaram fazer projectos nem nada. 

 Compreendo que para calarem a boca ao povo das alcáçovas tivessem querido comprar aquilo ao estado apenas para justificar que também compraram o antigo cinema ás comprativas para eles poderem dividir o dinheiro pelos sócios, mas isso era uma boa causa para os trabalhadores e para o nosso partido. mas ainda bem que tiveram tambem o bom senso de não fazerem projetos e o cinema lá está como nós gostamos no nosso partido que é o espetáculo das coisas a arruinarem-se, porque o antigo é que tem valor, porque o nosso camarada cunhal já bastante velho sempre foi um homeme de grande valor e este anos vamos fazer uma festança pelos seu 100 anos. 

Só não concordo com o João Envinagrado em 2 ou 3 coisitas, Porque os actuais ignorantes que estão á frente da nossa cambra não compraram aquilo, afinal foi cedido à autarquia, e ai honra seja feita fizeram melhor co camarada estevo que até quiz comprari o Palácio ao Estado ( li numa acta da cambra). Outra coisita é que me informaram na cultura em Évora que os projetos estão prontos para candidatura quando houver oportunidade. 

Também me disseram que o camarada estevo e o camarada penetra nunca tiveram projetos que preferiam que aquilo caisse tudo para culpar os malandros do governo. Outra coisita ainda e pegando em palavras recentes do nosso camarada penetra da sua esperiência de Alvito é que actualmente não se pode faser obras sem financiamentos porque os bancos não emprestam dinheiro ás cambras como era nos tempos do camarada estevo e penetra. 

Tirando isto camarada estevo, tem toda a rasão para malhar nestes incompetentes que agora estão na junta e na cambra do nosso concelho. Dêlhes com força porque a cambra ainda háde voltar a ser nossa. saudações comunistas.

Do Rato e dos homens

Por Fernanda Câncio, no DN

  Não fossem os portugueses ainda com emprego ficar mesmerizados com os recibos do ordenado de janeiro, o PS encenou, esta terça-feira, um grandioso espetáculo no Rato. Coisa shakespeariana: um rei fraco rodeado de lugares-tenentes aos gritos de deslealdade e conspiração ante o anúncio de uma pretensão ao trono, uma reunião à porta fechada e um final em que o monarca, depois de chamar e deixar chamar tudo a quem possa pô-lo em causa, abraça o concorrente que não chega a sê-lo e assume o compromisso de com ele trabalhar em prol da união do reino. 

 Em Shakespeare, como em geral, o pano nunca cai depois de uma cena destas. É só o princípio da intriga e de sangrentas congeminações que inevitavelmente nos revelam a natureza das personagens e da sua relação com o poder. E que sabemos nós das personagens? Comecemos pelo rei. Há um ano e meio no trono, não só tarda em mostrar o seu projeto e valor no campo de batalha como se rodeia de uma corte apagada e sem chama que, na noite de terça, mostrou também (com raras exceções, como a de Zorrinho) ser vil.

É um monarca que não hesita em recorrer ao insulto, à ameaça e a insinuações de conspiração - chama desleais aos que com ele não concordam e que o consideram inadequado, fala ou deixa que por ele falem de "limpar o partido e o grupo parlamentar" (atribuído pela SIC, na noite de terça, à direção socialista), acusa quem o defronta de "querer regressar ao passado", dando alento aos boatos que dizem ser o rei anterior a comandar, do exílio, a sublevação. 

Para, numa entrevista na noite seguinte, fazer de magnânimo e amnésico, cumulando de elogios o adversário da noite transata. Quanto a este, alcaide valoroso e respeitado, com legítimas aspirações ao trono, renunciou a bater-se por ele quando ficou livre. Desde a coroação, porém, não perde uma ocasião de demonstrar o seu desagrado e até desprezo pelo ora rei. Era, pois, previsível que aglutinasse a esperança dos que consideram estar o reino mal dirigido e veem nele a esperança da vitória contra o inimigo e a salvação do povo.

 Como explicar, pois, que na famosa noite, quando todos esperavam que se perfilasse como candidato ao trono - o que só pode decorrer do facto de o ter confirmado aos próximos - se tenha ficado? Faltou-lhe a coragem, as ganas? Percebeu que não estava garantida a vitória e só quer arriscar não arriscando? Habituou-se ao conforto de criticar, na sua cátedra da SIC, sem correr o risco de provar que sabe e quer fazer melhor? Sentiu-se traído, na hora H, por aqueles de quem esperava apoio? Ou, como alguns aventam, recuou para tomar balanço, fazendo do recuo (o acordo da união) repto? Seja qual for a resposta certa (senão todas), sabemos, como sabem os protagonistas, isto: que na noite de terça algo se partiu no PS, e não há pantomina de união que o disfarce. 

O trono pode ter sido segurado, mas o reino está longe de seguro.

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