sexta-feira, 29 de abril de 2011

Partida da XI Romaria a Cavalo 2011



Brincar à Democracia com a Avaliação de Professores


Hoje o Tribunal Constitucional (TC) considerou inconstitucional suspensão de avaliação dos professores. Isto acontece porque a Assembleia da República não tinha competências para alterar o que o Governo decreta na sua esfera estrita de acção.
  1. De todos os Deputados, Assistentes, Consultores e afins que trabalham na Assembleia da Republica Portuguesa, ninguém sequer se lembrou que  isto poderia acontecer?
  2. Será que estamos perante um “Nós bem tentámos…” para ganhar mais uns votos para as eleições de 5 de Junho?
Em qualquer caso, brincam com coisas sérias.

Escrito por "Álvaro Ferro"

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Centenas de pessoa partiram a cavalo da Moita do Ribatejo com destino a Viana do Alentejo



XI Romaria a Cavalo, Moita - Viana do Alentejo


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Otelo: "O regime está a criar condições para ser abatido"

O operacional do 25 de Abril diz que "se o FMI atingir os militares pode criar condições para uma revolta"
 

Da esquerda para a direita: Vasco Gonçalves, Otelo Saraiva de Carvalho e Rosa Coutinho

José Mário Branco - Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

Eduardo Lourenço, que assina o prefácio do livro "O dia inicial", escreve que o 25 de Abril foi "o dia de pura glória de Otelo e não terá outro maior". Talvez por isso Otelo Saraiva de Carvalho insista na ideia que, no dia 26, a sua missão estava cumprida e o seu desejo era voltar a dar aulas na Academia Militar. Não foi assim e, 37 anos depois, Otelo defende, com a mesma convicção de outros tempos, a democracia directa e justifica os excessos do PREC. "Exorbitei muitas vezes as minhas funções, eu reconheço isso, mas a revolução era para se fazer ou não?", diz a certa altura desta conversa o operacional de Abril, que, perante a insistência sobre os métodos utilizados durante o chamado período revolucionário em curso, remata com um "tinha de ser assim, pá". Foi nessa altura que mudámos de assunto para falar do país, do FMI, do governo ou das próximas eleições. Otelo resume o que pensa e sente numa frase: "O desgosto é grande."

 
No livro "O tempo inicial" relata o fim da acção que desenvolve no Posto de Comando e sublinha que ficou sozinho. Às 13 horas do dia 25 de Abril, quando toda a gente festejava nas ruas, o Otelo era um homem só?

Aquela gente toda que estava no Posto de Comando saiu para ir ver a alegria que estava nas ruas e eu dei comigo sozinho. Arrumei as coisas - as granadas e as pistolas que tinham para ali ficado - e fui-me embora. Estava sozinho. O Sanches Osório e o Lopes Pires disseram, mais tarde, que estiveram lá até ao dia 27, mas quando eu saí não estava lá ninguém. Apaguei a luz, fechei a porta, meti-me no carro e fui para casa. A minha missão estava cumprida.

E foi para casa?

Fui. Eu despedi-me da minha mulher no dia 23 e fui dormir à Pontinha nessa noite por uma questão de precaução. No dia 24 fui para o Posto de Comando. Na noite de 23 a minha mulher não sabia ainda o que eu era no movimento e expliquei- -lhe: "Vou fazer uma revolução. Aqueles papéis que eu andava a escrever estão relacionados com as missões que estão distribuídas e eu vou coordenar. Eu vou amanhã iniciar a revolução."

E qual foi a reacção da sua mulher?

Ela perguntou o que é que podia acontecer se nós fôssemos derrotados e eu disse-lhe: "Não, olha, na sexta-feira estou cá para almoçar contigo." Quando saí do Posto de Comando fui para casa e disse-lhe: "Vamos almoçar."

Estamos numa situação de crise grave. Não só financeira, como económica e política. Há o risco de haver uma nova ruptura como no 25 de Abril de 1974?

Estão a ser criadas condições para isso. Curiosamente o poder capitalista acaba sempre por se encaminhar para o suicídio. Estes regimes capitalistas, regimes da burguesia, têm tendência para isso. Vão sempre encontrando novas formas de se manter no poder, mas a verdade é que se vão suicidando.

Encontra algum paralelo entre o fim da ditadura e os tempos que estamos a viver?

Talvez pela teimosia na continuidade de uma política que já não é aceite. O aumento do desemprego e do custo de vida, que leva a uma cada vez maior dificuldade do povo, pode levar também a uma eclosão social que, sendo do tipo de uma insurreição popular sem nenhuma organização, sem nenhum comando, pode levar a um desastre. Por outro lado, se houver algum comando sobre essa insurreição levada a cabo ou por partidos ou por Forças Armadas pode vir a transformar-se numa nova ditadura. Correm-se sempre riscos, mas é o próprio regime que vai criando condições para ser abatido. Foi o que aconteceu com o fascismo em Portugal, que demorou muito tempo, mas acabou por acontecer.

Imagina hoje as Forças Armadas a tomarem alguma posição contra o regime?

Não, as circunstâncias são diferentes. Em 1974 as Forças Armadas estavam numa guerra colonial e era obrigatório o serviço militar. Com excepção do quadro permanente, os outros eram compelidos à prestação do serviço militar e quando se dá a oportunidade de alterar o sistema essa massa enorme tem tendência a apoiar uma acção deste género. Actualmente as Forças Armadas têm corpos de voluntários - houve uma redução enormíssima do número de efectivos - que ganham ajudas de custo e estão bem. Só se poderá criar condições no âmbito militar para uma revolta se o governo, a certa altura em desespero, começar a reduzir as vantagens económicas. Começar a reduzir os salários, as pensões ou a retirar regalias como o 13.o mês ou o 14.o mês.

O que pode acontecer com as medidas de austeridade que estamos a negociar com as instituições europeias?

O que vai acontecer agora, com a intervenção do FMI, se atingir os militares pode criar condições para uma revolta.

Se Marcello Caetano tem resolvido o problema da guerra colonial, o 25 de Abril não teria existido?

Se tivesse encontrado uma solução política para a guerra colonial acho que sim, mas já não ia a tempo. O grande culpado da guerra colonial foi o Salazar. O Marcello Caetano ficou com o menino nos braços e não teve força para encontrar uma solução política.

Vasco Lourenço diz que, se fosse ele a comandar, não teria sido o general Spínola a ir receber o poder de Marcello Caetano. Podia ter sido diferente?

Eu queria que fosse o Salgueiro Maia, mas o Marcello Caetano tinha aquela perspectiva de entregar o poder a um general e o livro "Portugal e o Futuro" tinha o nosso apoio. Há até um encontro, na rua, em que o general ia no carro e parou num semáforo vermelho, baixou o vidro e disse-me: "Otelo, o Marcello não quer que eu publique o livro." E eu disse: "O meu general tem de publicar." E então ele diz-me que o Marcello tinha dito que se demitia. Eu respondi-lhe: "Mas é isso que a gente quer e nós apoiamos." Portanto já havia um conjunto de circunstâncias que fizeram com que eu, com a concordância do Vítor Alves e do Charais [Franco Charais], tenha dito ao Spínola que estava mandatado para receber o poder.

Preferia que tivesse sido o Salgueiro Maia?

Podia ter sido entregue a um capitão, mas quem é que geria a política? A perspectiva de serem os generais a formarem uma Junta de Salvação Nacional foi uma proposta do Vítor Alves, que era um homem muito realista, e quando o Vasco Lourenço e outros voluntaristas diziam nós vamos ganhar o poder, eu dizia que não me sentia politicamente preparado para agarrar nas responsabilidades políticas do país. E para que a revolução fosse reconhecida em todo o mundo tínhamos de ter generais, e com o maior prestígio possível. O novo poder em Portugal foi reconhecido imediatamente em todo o mundo, mas se tivéssemos sido nós a tomar conta da situação o terceiro mundo era capaz de aplaudir, mas o mundo ocidental não.

Qual foi a participação de Spínola no 25 de Abril?

O Spínola colaborou à distância. O grupo político liderado pelo Vítor Alves entregava-me as bases programáticas que o Melo Antunes tinha deixado em 23 de Março e iam limando aquilo que poderia ser mais agressivo. E eu levava isso a um major spínolista, que todos os dias frequentava a casa do general, e ele dizia quais eram as suas discordâncias em relação a algumas frases. As frases ou os vocábulos tipo "fascista" ou "democracia" o Spínola cortava para não tornar aquilo um texto muito político. Depois disso eu voltava a entregar ao Vítor Alves. O resultado é que no 25 de Abril o programa político do MFA, alterado em algumas coisas pelo próprio Spínola, estava preparado para ser difundido. O Spínola estava hipotecado a esse programa.

O Otelo chegou a ser convidado para primeiro-ministro?

Fui convidado para tudo, mas recusei sempre.

Como é que foi gerindo o poder?

Com dificuldade. Logo a seguir ao 25 de Abril eu remeti-me ao meu cargo de professor na Academia Militar. E quando fui esperar o Vasco Lourenço, que regressou dos Açores no dia 28, eu disse logo que a minha missão estava cumprida. O Vasco Lourenço disse-me: "Tu és maluco, agora é que isto vai começar." Mas eu achei que a minha missão estava cumprida e fui mesmo para a Academia Militar.

Mas depois mudou de ideias...

Uns dias depois fui chamado para me apresentar na Cova da Moura e o Charais veio ter comigo e disse-me: "Nós estamos a preparar um decreto-lei que vai ser lançado dentro de dias, que é o Copcon [Comando Operacional do Continente] para acções de vigilância e de defesa da revolução e vais ser tu o comandante-adjunto e o general Costa Gomes assume o comando. A malta quer que sejas tu." E eu disse: "Eh pá, mas que chatice, mas para quê isso?" Depois fui chamado ao Spínola - ao gabinete do Presidente da República provisório -, que me disse que eu iria ser o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas.

E não aceitou.

E eu disse: "Não vou de certeza, não quero promoção nenhuma, não quero nada a cheirar a regalia." E, nessa altura, o Monge [Manuel Monge] propõe-me para a Região Militar de Lisboa e eu muito a contragosto lá aceitei. Mas também disse: "Vocês não esperem que eu vá ser um general tipo altos estudos militares. Vou ser um general revolucionário e depois não fiquem escamados comigo quando eu começar a tomar atitudes que transcendem os valores do regulamento de disciplina militar."

A verdade é que houve muita gente que não gostou que o Otelo tivesse ultrapassado os seus poderes.

Essa exorbitância decorreu naturalmente pelo facto de durante o PREC [Período Revolucionário em Curso] ter havido uma desresponsabilização total de todos os sectores da actividade pública. Os ministros existiam não sei para quê. Vinha gente ter comigo ao Copcon a dizer que era preciso resolver o problema na fábrica, porque o administrador tinha fugido para o Brasil com o dinheiro, e eu dizia que isso era com o Ministério do Trabalho, mas eles de lá diziam que o Copcon é que resolvia. As ocupações do Alentejo começaram por uma decisão minha. Os trabalhadores vieram ter comigo a dizer que estavam à rasca, porque se ouvia falar muito da reforma agrária, mas a verdade é que os latifundiários todos os dias estavam a levar o gado e a deixar as terras abandonadas.

Disse-lhes que a solução era ocupar as terras...

Disse-lhes para ocuparem as terras e dei ordens à GNR que os deixasse à vontade para começarem a trabalhar. Em pouco mais de uma semana um milhão e duzentos mil hectares de terras foram ocupados.

Que reacção houve a essa decisão?

O Vítor Alves disse-me: "És maluco, mandaste ocupar as terras." Exorbitei muitas vezes as minhas funções, eu reconheço isso, mas a revolução era para se fazer ou não?

Tomava essas decisões sozinho ou ouvia outras pessoas?

Nada, porque os conselhos eram sempre do género "tem calma, isso resolve-se daqui a três meses". Considerei que havia a legitimidade revolucionária.

Hoje reconhece que cometeu muitos excessos?

Reconheço, mas faria tudo outra vez. Não me arrependo daquilo que fiz. O único excesso que podia ter evitado foram os mandados de captura em branco, mas tinha uma diversidade tão grande de funções que não tinha a possibilidade...

... de fazer tudo ao mesmo tempo?

Eu era a única entidade no país que podia assinar mandados de captura. Ora eu era comandante da Região Militar de Lisboa, era comandante do Copcon. Eu saía do Copcon às quatro da manhã e no outro dia já lá estava às nove. E se fosse preciso um mandado de captura a meio da noite? Eu pensei que era preciso racionalizar e deixava dez mandados de captura por preencher. Foi uma decisão do Costa Gomes. É uma ordem que me é dada e o Costa Gomes invoca a legitimidade revolucionária. A Constituição tinha sido abolida. Uma revolução ou se faz a sério ou não e não podemos aplicar num processo revolucionário os ditames de uma democracia. Tinha de ser assim, pá.

Ficou surpreendido com o resultado das primeiras eleições, a seguir ao 25 de Abril, que deram a vitória ao PS?

As eleições foram uma aposta nossa. No prazo de um ano o objectivo era realizar eleições e até fiquei feliz, porque vi que o PCP, que se arvorava em dono da verdade e líder das massas, ficou em terceiro lugar.

Mário Soares diz que numa viagem a Lusaka em que os dois falaram pela primeira vez o Otelo se identificou como um socialista tipo Olof Palme...

Não me lembro disso, mas é possível que tenha reproduzido essa frase, que eu tinha ouvido do Vasco Gonçalves.

Do Vasco Gonçalves?

O Vasco Gonçalves tinha-me dito que seria bom, dentro de dois anos, ter uma democracia do tipo sueco.

E mais tarde conheceu Olof Palme.

Tive com ele na Suécia e gostei muito dele. Expus-lhe a minha perspectiva sobre a democracia directa e ele disse-me que isso era utópico e que não era possível implementar esse modelo no mundo ocidental. Não consegui convencê-lo.

Nem ele a si?

Nem ele a mim, mas é possível que eu tenha dito isso ao Mário Soares e na altura era essa a minha perspectiva. Eu tinha aderido facilmente ao programa do MFA, mas o PREC abriu o horizonte para outra possibilidade, de criar um modelo novo de regime, que era a democracia directa.

Um modelo com que nenhum partido concordava. Quais foram os líderes políticos que conheceu melhor?

O Sá Carneiro, conheci-o muito pouco. O Freitas do Amaral, nunca tinha falado com ele até há três anos, no lançamento de um livro, em que ele veio ter comigo e eu gostei de o conhecer, mas com quem eu tive mais contactos foi com o PS.

E com Cunhal?

Tivemos um contencioso sério por causa das presidenciais de 76. Durante o PREC ele promoveu um jantar em casa do Silva Graça, que foi comer para a cozinha com a mulher e com as filhas e deixou-nos a sós.

Cunhal não estava a gostar do rumo dos acontecimentos e convocou-o para o levar para o lado do PCP?

Tivemos um bate-papo violento. Ele começou a fazer críticas ao MFA e a dizer que o MFA devia fazer isto e aquilo. E eu disse-lhe: "Ó doutor, eu não lhe vou dizer o que é que deve fazer no Partido Comunista. Eu considero que o PC tem tido acções muito más, por vezes, que são prejudiciais à revolução e se quiser eu faço aqui uma lista do que é que o seu partido tem feito, mas não lhe admito que me dê orientações, porque o MFA não tem nada a ver consigo, nem com nenhum partido, e se eu precisar de orientações peço ao Melo Antunes..."

Nunca teve boas relações com Álvaro Cunhal?

Não. Foi o meu principal inimigo

Já com Mário Soares foi diferente.

Uma relação cordial. O Mário Soares e o Almeida Santos convidaram-me várias vezes para ser cabeça-de-lista do PS nas eleições para a Assembleia da República. E uma vez num jantar no Hotel Altis havia uma mesa com a malta toda da Internacional Socialista. O Soares, o Willy Brandt, o Shimon Peres... e a certa altura fui chamado para a mesa. O Soares levanta-se e logo a seguir levanta-se aquela malta toda da Internacional Socialista e eu pensei ''eh pá o que é isto?'' Apresenta-me o Willy Brandt, que era o presidente da Internacional Socialista, e diz-lhe: "O Otelo, o nosso herói, que nós já temos tentado trazer para o partido, mas ele não gosta de nós." E eu disse-lhe: "Os melhores amigos que eu tenho são no campo político do PS, mas eu não gosto de partidos."

Candidatou-se à presidência da República sem o apoio de nenhum partido. Não queria o poder, mas candidatou-se a Presidente...

Sabia que tinha poucas hipóteses de vencer com um candidato como o Eanes, que eu não tinha dúvida de que iria ganhar à primeira volta. Concorri para saber o que é que as minhas ideias valiam perante o povo. A ideia era uma democracia participativa, com as pessoas a participarem activamente e diariamente e não só de quatro em quatro anos.

Teve o apoio, entre outros, de Ferro Rodrigues, que mais tarde foi líder do PS.

Foi em casa dele que lancei os GDUP. Eu tinha vindo de Cuba e tinha visto essa ideia de poder popular. Eram os grupos dinamizadores de unidade popular, que surgiram como a base de apoio da candidatura, que não tinha nenhum partido a apoiá--la. Foi um êxito notável e a minha satisfação é verificar que hoje há no país gente que pertenceu aos GDUP que são presidentes de câmara. Ficou aí uma semente, que não sei se irá dar alguma erva.

Continua a culpar o PCP por ter sido preso preventivamente durante cinco anos, na sequência do caso FP-25?

Hoje não tenho dúvida nenhuma. Foi o secretariado do PCP que, quando em 84 anunciei que ia ser cabeça-de-lista da FUP [Força de Unidade Popular] por Lisboa ao parlamento, resolveu meter-me na prisão para impedir outro desastre eleitoral, como em 1976. E tenho dito isto sem que exista da parte da direcção do PCP alguma palavra em contrário.

Disse que se soubesse como o país ia ficar não tinha feito o 25 de Abril. Arrependeu-se?

Eu reportei-me à situação em que vivíamos antes do 25 de Abril para dizer que os jovens de hoje, que são obrigados a emigrar, estavam numa situação idêntica à nossa com uma guerra injusta. E o que digo é que se não tivesse havido o movimento dos capitães, eu isolado possivelmente teria sido obrigado a sair do país e não teria feito a revolução.

Vasco Lourenço diz que essa declaração é incompreensível.

Por causa dessa frase, que foi explorada como um sound byte, tenho recebido muitas mensagens a dizer que de facto a classe política pôs o país de rastos. A frase não foi bem entendida. O que eu digo é que as pessoas isoladas não conseguem um combate capaz de provocar alterações. Quando se juntam esforços então, sim, vale a pena.

Valeu a pena ter feito o 25 de Abril?

Sim, bolas. O derrube da ditadura e a possibilidade de sermos livres vale sempre a pena. É irrefutável.


25 de Abril de 1974


Zeca Afonso - Grandola Vila Morena

sábado, 23 de abril de 2011

Quem sabe se o ouro deixado pela CDU/Viana não está escondido junto das condutas de água e esgotos



Estação de conspurcamento de águas residuais de S. 'Aires com tanque de lamas desactivado

Rupturas na rede de águas
Quem sabe se o ouro deixado pela CDU/Viana não está escondido junto das condutas de água.

Garimpeiro

O mito de que o anterior executivo presidido por Estêvão Pereira deixou os cofres da autarquia cheios de ouro por força do trabalho árduo de garimpo, não passa de mera especulação e propaganda política da apeada CDU/Viana.

O regime fascista de Salazar e Caetano, deposto em 25 de Abril de 1974, após 38 anos de poder, acumulou no Banco de Portugal mais de 800 toneladas de ouro em reservas, parte dele roubado aos judeus, ao mesmo tempo que nos legou um país subdesenvolvido e a maioria do povo massacrado, enquanto a europa democrática espandiu durante esse período a satisfação do bem-estar social dos seus povos.

O directório da CDU/Viana após 16 anos de poder muito pouca obra estruturante ficou para a posteridade e, ao contrário do ouro que Salazar deixou no Banco de Portugal, Bengalinha Pinto ao abrir os cofres da autarquia não viu o vil metal que agora os clandestinos mandatários dos cavaleiros do betão dizem ter deixado.


“... O senhor Presidente da Câmara esclareceu que o saldo de operações orçamentais que transitou da gerência anterior foi de 1.159.696,67 €.

Por pagar estavam cerca de 1.335.000,00 €, incluindo parte da empreitada da piscina de Alcáçovas, obra de remodelação do estaleiro e fornecedores. A dívida relativa a empréstimos bancários era de 558.584,00 € a 31 de Dezembro.

Pelo segundo ano consecutivo o resultado líquido foi negativo, concretamente no montante de -188.934,69 €, mais acentuado que em 2008.

Disse o senhor Presidente da Câmara que em termos puramente financeiros não se pode dizer que a situação é má mas o que é certo é que falta concluir os projectos e realizar as obras. Não há dúvida que a Câmara tem capacidade de endividamento mas neste momento, a incerteza quanto ao Plano de Estabilidade e Crescimento preocupa-o. Situação diferente seria se as obras estivessem realizadas com os munícipes a usufruírem delas, embora com as dívidas reflectidas nos documentos de prestação de contas.

Disse ainda o senhor Presidente que se prevê que por imposição do Plano de Estabilidade e Crescimento só possa ser possível contrair empréstimos para obras financiadas por fundos comunitários, constrangimento que há um ano atrás não existia e que o leva a pensar no pavilhão de Aguiar, obra sem possibilidade de financiamento...”

PS cresce, PSD afunda-se, CDS baralha contas


Estudo da Eurosondagem prova crescimento do PS, que se aproxima do PSD e fica a escassos quatro por cento. Um dia depois de outra sondagem colocar os partidos em empate técnico, confirmam-se as tendências de crescimento de Sócrates e de quebra de Passos Coelho. O CDS surge bem colocado e Nobre é chumbado por uma grande maioria.
Os números da Eurosondagem anteveem uma vitória do PSD, mas as eleições só se realizam dentro de seis semanas. E é de tempo que importa falar, porque com o tempo os socialistas estão a aproximar-se dos sociais-democratas, em todos os estudos de opinião das empresas deste ramo.

Na mais recente sondagem, feita para a SIC, Expresso e Rádio Renascença, o PSD surge com 36,3 por cento, enquanto o PS consegue 32,7. No barómetro da Eurosondagem, há uma aproximação dos dois principais partidos, fruto de uma queda de Passos Coelho e de uma subida de Sócrates.

Mas esta pesquisa permite uma conclusão: graças aos 11,3 por cento que o CDS de Paulo Portas alcança, a Direita fica com quase 48 por cento dos votos, muito próximo, portanto, da maioria absoluta. E este dado pode fazer toda a diferença. É que está a ganhar força a probabilidade de resultar um Governo minoritário, nas eleições de 5 de junho. E o CDS, como terceira força partidária e a crescer, pode baralhar as contas.
A sondagem foi realizada entre 14 a 19 de abril, depois de quatro fenómenos políticos que podem determinar uma intenção de voto: a demissão do Governo, a entrada do FMI e a escolha de Fernando Nobre por parte do PSD para integrar as listas. O congresso socialista também pode ter sido um bom tónico para chamar votos.

A demissão de Sócrates foi aproveitada pelo PS para colocar sobre os ombros de Passos Coelho a culpa da entrada do FMI. As medidas de austeridade que se aguardam, mais duras do que o PEC 4, não agradarão aos portugueses. Por outro lado, a escolha de um independente líder de um movimento de cidadania para as listas do PSD não foi bem acolhida, sequer, nas hostes sociais-democratas.

Com estes factos, Sócrates parece estar em crescendo, abafando os dois partidos à sua esquerda, que não ganham com o desgaste de um primeiro-ministro demissionário. A CDU desce para 7,8 por cento e o Bloco de Esquerda fica-se pelos 6,9 pontos percentuais. Ambos descem.

Nesta sondagem, os inquiridos foram questionados sobre a escolha de Fernando Nobre e 56,9 não compreendem a decisão do independente em aceitar o convite de Passos Coelho. Pior: 68 por cento não vê com bons olhos Nobre na sucessão a Jaime Gama, como presidente da Assembleia da República. E há 63 por cento que discordam da decisão de Passos em chamar o médico presidente da AMI.

O estudo da Eurosondagem indica que, apesar de se manter na frente, Passos Coelho terá cometido erros políticos que podem custar-lhe uma vitória... É que há menos de um mês, conseguia uma distância esmagadora, com 46 por cento, enquanto Sócrates se ficava pelos 24...

Ciberjunta

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ajudem Fernando Nobre o fundador da AMI

FUNDAÇÃO AMI (de Fernando Nobre)
O organograma da Fundação AMI – Assistência Médica Internacional (retirado do seu site), cujo presidente vitalício é Fernando Nobre, é deveras muito elucidativo.
We are the world 25 for haiti - official song


Os dirigentes dos órgãos da Fundação são todos, melhor, quase todos, da mesma família.
Na Direcção, por exemplo, em 7 elementos, 5 são da mesma família. As duas directoras adjuntas são familiares do candidato Presidencial: Leonor Nobre é irmã e a outra directora, Luísa Nemésio, é mulher de Fernando Nobre.

O Conselho Fiscal é controlado pelo cunhado – sim, o marido da irmã, Leonor Nobre!
A AMI recebeu ao longo dos anos avultados apoios, quer do Estado Português, quer da União Europeia.

As contas desta Fundação nunca são conhecidas dos Portugueses…
Inúmeras empresas portuguesas têm contribuído, activamente, com apoios muito significativos para a AMI.
O candidato Presidencial fala tanto em transparência, contra a classe política, e porque não coloca em prática o que proclama nos seus discursos?
Quanto recebe (salário mais ajudas de custo) como Presidente da AMI?
Os seus familiares quanto recebem na AMI?
Fernando Nobre dedica-se exclusivamente a AMI?
Qual é o seu património e o rendimento anual declarado?
A transparência é só para os outros políticos que tanto critica?
O discurso de moralização da política deve ser verdadeiro.

 "Notícias do Ribatejo"

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Lendo a sondagem da Marktest: o PSD tem um problema, que partilha com o país

As sondagens e inquéritos de opinião valem o que valem. Sobretudo numa época como a destas eleições antecipadas, valerão menos os números que as mensagens. Sendo claro: penso que o peso da campanha para as legislativas de dia 5 de Junho será menor que em situações normais, ganhando relevância o momento decisivo, que é o confronto com a boca da urna.

Dito isto, penso ser inequívoca a leitura da sondagem da Marktest ontem publicada que dá ao PS a vitória por 1 ponto percentual, com uma recuperação de 11 pontos.
A leitura é esta. O PSD tem um problema inesperado. Chama-se Passos Coelho. A sua forma de estar e comunicar tem constituído uma desilusão. Não há forma de ver nele o líder capaz de entusiasmar o eleitorado e provocar uma onda laranja irresistível. Abre demais a boca, confundindo-se com o pretenso rival em vez de se distanciar dele. Na elaboração das listas de candidatos deu ao partido uma aura de pungente amadorismo.

Talvez não apenas aura: chamar figuras mediáticas para abrilhantar listas vá que não vá, colocá-las no topo só pode ser fruto de uma inexperiência tão insuspeitada quanto demonstrada. Nobre e Capucho são a face visível de uma desmobilização e descaracterização social-democratas que, pelas mãos de Passos Coelho, está a decorrer a um nível mais profundo no PSD.

Quando fala para as elites neo-conservadoras, Passos não se sai mal. Mas o PSD profundo (de alto a baixo) desconfia dele em surdina. E a principal massa do eleitorado — a massa trabalhadora dependente — não simpatiza com as suas falinhas mansas e discurso chapa-quatro.
De resto, há um mês já tinha calculado que o erro político de provocar eleições antecipadas se poderia voltar contra ele precisamente porque se equivocou, confundido a crise que assola a Europa (e, vá lá, o sistema político-financeiro global) com um assunto doméstico (ler: a berbintice de Passos e a política copy-paste).

Assim, o país tem um problema. Os tempos recomendam um governo de consenso alargado, um bloco central (preferencialmente sem o CDS a aumentar o ruído, mas dependendo do que ditar a divisão de votos à direita). Nisso toda a gente concorda. O problema é que o PSD — o PSD de Passos e Miguel Relvas — tem dito, reafirmado e repetido que só está disponível para uma coligação governamental com José Sócrates de fora.

Os sinais subentendidos na sondagem de ontem aconselham à mudança discursiva. Sob pena de o PSD ter de encontrar internamente gente profissional, para quem o diálogo e a negociação — duas essências democráticas — não sejam motivo de infantil birra.
“Só jogo se for o capitão da equipa” é uma frase que não se espera ouvir fora do recreio do ensino secundário. Muito menos dita por quem nunca sequer jogou.
Se o eleitorado determinar que Sócrates joga a avançado, para haver jogo o PSD terá de sentar Passos no banco e promover um reservista. Não haverá outra solução.

Escrito por "Paulo Querido"


Popularidade de Passos Coelho cai a pique e Sócrates recupera

Entre Março e Abril a imagem positiva do líder do PSD recuou oito pontos, a do primeiro-ministro subiu três.

No último mês não foram apenas as intenções de voto que mudaram, mudou também a forma como os portugueses avaliam o comportamento dos principais líderes políticos.

Pedro Passos Coelho sofreu um rombo na sua popularidade: aumentou substancialmente o número de opiniões negativas (15 pontos percentuais) e caíram as positivas (oito pontos percentuais) o que provocou um recuo de 30 pontos no saldo final. A crise política, a dissolução do Parlamento e o pedido de ajuda internacional efectuado pelo Governo penalizaram o líder da oposição que recusou viabilizar o PEC IV que os socialistas colocaram a votos no Parlamento a 23 de Março. Se isolarmos a avaliação do líder do PSD por idades e por classe social é nos jovens que alcança o pior resultado (entre os 18 e 34 anos 60% dos inquiridos têm uma imagem negativa de Passos Coelho), o mesmo acontece com as classes com maior capacidade financeira: na média alta o número de opiniões negativas está nos 57%, enquanto na classe baixa se situa no 52%.

Visto em "Económico Sapo"

Barómetro da Marktest coloca PS à frente do PSD por um ponto


"Este estudo foi realizado no passado fim-de-semana, uma semana depois do congresso do PS em Matosinhos, do anúncio de Fernando Nobre como cabeça de lista do PSD por Lisboa e com os técnicos do FMI, do BCE e da Comissão Europeia já em Portugal a dar os primeiros passos para o resgate financeiro do país."

Força, Passos, estás quase a conseguir o impensável. Com um bocadinho mais de esforço, com esses cérebros todos a trovejar, talvez ainda seja possível ser ultrapassado pelo PP. Há que acreditar e continuar o bom trabalho.
Credo, que tamanha ineficácia até arrepia; vale o case-study para a posteridade (a haver posteridade, claro).

Visto em "Pegada"

Comemorações do 37º aniversário do 25 de Abril

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cine-Teatro Vianense: 22 de Abril

Sexta-Feira, 22 de Abril, pelas 21:30 horas
"A Fuga"


País: Portugal

Género: Drama/Thriller
Classificação: M/12
Realização: Luís Filipe Rocha
Com: Maria do Céu Guerra, José Viana, Henrique Viana, Costa Ferreira, Carlos César

Sinopse:
"A Fuga" é a primeira longa-metragem de ficção do realizador Luís Filipe Rocha, que pretendeu retratar o Portugal do Estado Novo, fazendo a sua transição para o Portugal democrático. Protagonizado por José Viana e Henrique Viana "A Fuga", procura relatar um episódio verídico que envolveu um grupo de presos políticos que encetou a fuga do Forte de Peniche.

Horários de Bilheteira:
De quarta a sexta-feira das 14:30H às 17:30H
No próprio dia 1 hora antes do espectáculo/sessão

Contacto para reservas:
Telf: 266791007
mail: cine-teatrovianense@cm-vianadoalentejo.pt

Todas as reservas devem ser levantadas até meia hora antes do espectáculo/sessão.

terça-feira, 19 de abril de 2011

FMI. Redução de câmaras deve ser uma realidade

por Liliana Valente, Publicado em 16 de Abril de 2011

Na Grécia, a troika impôs uma redução do número de câmaras. PS vai ter no programa eleitoral a revisão do mapa administrativo Reduzir o número de câmaras municipais e mexer na organização das empresas municipais são dois dos temas a estudar pela troika da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional como medidas de contrapartida à ajuda internacional a Portugal. A solução-padrão utilizada na Grécia - que passou de mais de mil autarquias para cerca de 300 - é uma possibilidade forte em Portugal e, para evitar mais cortes para as autarquias, a Associação Nacional de Municípios pediu para ser ouvida pelos enviados de Bruxelas a Portugal.

Acresce ainda que a revisão do mapa administrativo do país vai voltar a fazer parte do programa eleitoral do PS, pelo que o actual governo não criará muitos entraves a algumas mexidas. O debate já tinha sido levantado pelo governo de José Sócrates, a reboque das alterações na cidade de Lisboa, mas não chegou a sair do papel. "Estamos a falar, primeiro, de uma reestruturação do território a nível urbano, depois, das zonas de baixa densidade", explica ao i o secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro.

O plano do governo não era tão ambicioso como aquele que pode ser aplicado pela troika e tinha como primeiro objectivo a redução de freguesias, mas quando questionado sobre se a reforma pode ser precipitada pelo FMI e ir mais longe, alcançando as câmaras, José Junqueiro diz que "há essa possibilidade", um pouco à semelhança do que aconteceu na Grécia.

O governante insiste, no entanto, que nas zonas de pouca densidade populacional se trata primeiro de "associar freguesias", deixar de ter "vários executivos", e "ter apenas um presidente e uma assembleia".

Para travar mais cortes de verbas para as câmaras e a redução "cega" do próprio número de autarquias, Fernando Ruas, presidente da Associação Nacional de Municípios (ANMP), pediu para ser ouvido pela troika. "Queremos que os cortes sejam feitos onde são necessários, onde a gordura é grande", diz ao i.

Mas a ANMP não fecha a porta ao debate e Ruas admite que "há margem" para reduzir o número de câmaras municipais. A reforma pode juntar-se a outras, defende o autarca, como "por exemplo a redução dos deputados e o fim dos governos civis".

"Estamos interessados em dizer à troika que as câmaras nada têm a ver com o desequilíbrio das contas públicas. Não é nossa responsabilidade", assegura.

Ao debate sobre a redução de câmaras junta-se a regionalização. "Na Grécia a redução do número de câmaras foi acompanhada pela imposição de se avançar com a regionalização, tendo em vista um aumento da eficiência", diz Fernando Ruas.

menos vereadores O plano do governo, com o qual José Sócrates venceu as eleições de 2009, não passava pela extinção de câmaras - à semelhança do que defenderá o programa do PS para as próximas eleições de 5 de Julho. As propostas socialistas passam antes por reestruturar o número de vereadores. "É necessário mexer na Lei Eleitoral Autárquica para introduzir os executivos autárquicos. Ou seja, o presidente da câmara passa a escolher o executivo, o que pode reduzir o número de vereadores", diz Junqueiro. Com as alterações pretendidas, as câmaras de nove vereadores passariam a ter sete e as câmaras com cinco teriam três. "No final podemos ter menos mil vereadores", conclui o responsável.

Ideia semelhante é defendida pelo PS para as empresa municipais. Para reduzir o peso das empresas afectas aos municípios nas contas do Estado pode vir a ser imposta a necessidade de mais cortes, começando pelo número de administradores. O governo esperava pelo resultado do grupo de trabalho sobre o funcionamento das empresas municipais liderado pelo presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins, para avançar com reformas. "A ideia do governo, caso não tivesse sido interrompido a meio, seria de concluir este trabalho já em 2011", justifica o secretário de Estado.

Com Ana Suspiro

Visto no"I"

O melhor almoço da minha vida

Cesaria Evora - Sodade


"Já passaram muitos anos, um dia tive que ir a um seminário sobre o sector do azeite na Universidade de Évora, o convite tinha sido endereçado ao meu director-geral que não foi e como eu era um dos técnicos ligados à PAC nomeou-me para estar presente. Já não me recordo se por estar sentado ao meu lado ou numa conversa no intervalo do café conheci um autarca. Conversa puxa conversa e quando chegou a hora de almoço, o autarca perguntou-me se queria acompanhá-lo no almoço. Tudo bem, mas quando a escolha foi “O Fialho” comecei a encolher-me ao que o autarca me tranquilizou. Uma das opções naquele restaurante era a escolha de uma sequência de mini-pratos e lá fui provando as melhores iguarias da gastronomia alentejana devidamente acompanhada de uma excelente selecção de vinhos. No final a conta foi paga com o VISA da autarquia.

As autarquias são a vaca sagrada da nossa democracia, em nome da proximidade das populações gasta-se muito e mal, ainda por cima são centenas de câmaras municipais que têm multiplicado as empresas municipais e outros esquemas para gastar dinheiro. Basta ir a qualquer vila histórica para nos depararmos com autocarros de muitas autarquias, levam-se os velhinhos a passear, a andar de avião e até a rezar a Fátima. A junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, a minha, prometeu aos velhinhos da freguesia se o PSD ganhasse iriam a Fátima e lá foram.

Constroem-se centros disto e daquilo, sedes faraónicas, compram-se carros de luxo, paga-se a consultores (a CM da minha terra até tem Santana Lopes como assessor jurídico) contratam-se assessores dos partidos, boys de quem ninguém fala, inventam-se geminações para que os autarcas passem a vida a viajar para locais exóticos, constroem-se rotundas floridas em direito a estátua em todos os cruzamentos, gasta-se dinheiro a rodos e na hora de fazer contas esperam-se meses até se apurar a despesa e a dívida das autarquias. São centenas de câmaras municipais num país que se atravessa de norte a sul em seis horas, e como se estas não bastasse são milhares de juntas de freguesias, algumas das quais têm mais cavalos do que eleitores. E como isto é pouco não faltam os que ainda acham que o país deve ser regionalizado.

A situação é de tal exagero que o técnicos do FMI não a puderam ignorar e disseram os óbvio, aquilo que todos sabemos e que os partidos políticos por cobardia ou oportunismo nunca aceitaram, há autarquias a mais. Nenhum partido quer perder as suas câmaras, como poderia, por exemplo, o PCP prescindir das dezenas de autocarros postos ao serviço da CGTP sempre que esta central organiza uma manifestação em Lisboa? Os recursos das autarquias são fundamentais para alimentar a máquina dos partidos.

O meu almoço foi uma coincidência rara, deu-se o caso de ter estado ao lado de um autarca que não gostava de almoçar sozinho e provavelmente achando que eu era uma alta individualidade da capital quis exibir a sua riqueza. Mas almoços como aquele os contribuintes já pagaram aos milhões, pagaram os almoços, os carros de luxo dos autarcas, os gabinetes faraónicos dos autarcas, as viagens de avião dos velhinhos a concorrência desleal de Cuba ao Serviço Nacional de Saúde, a discoteca de uma astróloga em Manta Rota, os pareceres jurídicos dos políticos no desemprego, o cachet de José Castelo Branco para Rei do Carnaval de Monte Gordo e uma infinidade de parvoíces que por aí se vão fazendo.

É uma pena que em vez de avisar o FMI para os esqueletos no armário o Pedro Passos Coelho e outros políticos não denunciem a pouca vergonha com que os aparelhos partidários têm abusado do dinheiro dos contribuintes."
Visto em "O Jumento"

domingo, 17 de abril de 2011

Homens da Luta atacam Fernando Nobre

Primeiro foi Sócrates. Depois Miguel Sousa Tavares. Agora é a vez de Fernando Nobre. A melodia de "Fernando", dos ABBA" serve de inspiração a uma letra que fala de tachos.

Fernando Nobre cancelou a conta do Facebook depois das reacções negativas que começaram a ser lá escritas com o anúncio, no domingo, de que seria cabeça-de-lista do PSD por Lisboa e candidato do partido a presidente da Assembleia da República. Mas contra o Youtube e os Homens da Luta nada pode fazer.

O ex-candidato independente à presidência da República é o alvo de uma nova música do grupo que venceu o Festival da Canção. Um tema que usa a melodia de "Fernando", dos ABBA" e que fala num "tacho bastante tentador" e numa mudança que "não dá para crer".



DN

Costa da Silva: Mais uma entrada de leão e saída de sendeiro?


Eu vi um sapo

António Dieb era o candidato indicado pela Distrital de Évora do PSD para encabeçar a lista laranja por Évora. Mas eis que se soube hoje, através da agência LUSA, que a direcção nacional tem outro nome na manga, que vai apresentar ao Conselho Nacional do próximo domingo, para a lista de Évora: o alcacerense e ex-ministro Pedro Lynce.

Depois de, nas eleições de 2009, Luís Capoulas ter reconquistado o lugar de deputado há muito perdido pelo PSD em Évora, esperava-se agora que o partido apostasse numa figura local. Parece que não vai ser assim e António Dieb, que nunca escondeu que gostaria de ocupar um lugar no Parlamento, depois de deixar a liderança da distrital, pouco mais lhe resta que o lugar de vereador sem pelouro na Câmara de Évora. Bem pouco para as aspirações de um homem que há vários anos é o rosto do PSD em Évora. Dizem os entendidos: vamos lá agora a ver se Pedro Lynce é eleito. Não sei porquê, mas não me parece que a coisa esteja garantida...

E neste contexto mais curiosa é a afirmação do actual presidente da distrital do PSD de Évora, Costa e Silva, quando questionado no dia 9 deste mês pela Rádio Diana sobre se a direcção nacional não poderia "mexer na lista", "diz um claro não, justificado pela unanimidade gerada dentro do partido". Mais uma entrada de leão e saída de sendeiro?

A Cinco Tons

sexta-feira, 15 de abril de 2011

As patranhas de Passos Coelho


La Cucaracha_Helmut Lotti

Depois de uma primeira mentira, transformando uma reunião de horas num telefonema lacónico, surge uma segunda mentira: o silenciamento do SMS enviado aos deputados do PSD, que revela que o chumbo do PEC 4 foi uma decisão tomada após o ultimato de Marco António a Passos Coelho: ou provocas eleições no país ou tens eleições no PSD.

No programa 'Quadratura do Círculo', Pacheco Pereira revelou que no dia em que José Sócrates estava a negociar em Bruxelas o PEC4, na cimeira de 11 de Março último, todos os deputados do PSD receberam um SMS em que se dizia: "Não façam nenhuma declaração até logo à noite sobre a cimeira europeia".

Alguns deputados, contou Pacheco Pereira, quiseram saber a razão de ser desta ordem e foi-lhes dito que era para "não prejudicar as negociações do Governo em Bruxelas e para que o PS não viesse a usar isso como arma".

Recorde-se que tudo isto aconteceu um dia depois do primeiro-ministro, antes de partir para Bruxelas, ter telefonado ao líder do PSD, Passos Coelho, para que se deslocasse a S. Bento.

Durante a reunião, José Sócrates apresentou ao chefe do maior partido da oposição o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) 4 que haveria de levar, no dia seguinte, à cimeira europeia

DN

quinta-feira, 14 de abril de 2011

FMI vai impor cortes orçamentais "dolorosos" a Portugal


Dominique Strauss-Kahn diz ser urgente que Portugal regresse a um quadro de crescimento económico.

O director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) assume que Portugal vai sofrer cortes orçamentais "dolorosos" e durante muito tempo.

Dominique Strauss-Khan diz, em entrevista à TVI, ser preferível actuar pela via orçamental, sublinhando tratar-se de um processo longo mas realista.

O responsável do Fundo Monetário Internacional acrescenta que nenhum país pode gastar acima das suas possibilidades durante muito tempo, tal como fez Portugal.

“Preferimos seguir pela via do ajustamento orçamental. É um processo mais longo e mais realista, por isso, não vamos exigir velocidade máxima. Não é possível a um país gastar acima das suas possibilidades durante muito tempo, foi o que aconteceu em Portugal, não me compete apontar o dedo, mas foi o que aconteceu e agora vocês têm que entrar nos eixos de qualquer forma.”

Strauss-Kahn diz ainda ser urgente regressar a um quadro de crescimento económico: “Muitos países da Zona Euro foram capazes de aumentar a competitividade nos últimos anos, não apenas a Alemanha que é sempre o exemplo apontado, mas outros também o fizeram, por isso, não há razão para que Portugal não o possa fazer”.

“Muitos discutem sobre as medidas que deveriam ter sido assumidas mais cedo, o que é verdade, mas agora não vale a pena discutir sobre isso e neste momento a questão é olhar para a frente e saber o que deve ser feito”, sublinha o director-geral do FMI.

RR

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sábado,16 de Abril - Ensemble Vocal Manuel Mendes no Cine-teatro Vianense


O "Ensemble Vocal Manuel Mendes", sob a direcção musical do maestro Christopher Bockmann, vai dar um concerto dia 16 de Abril, no Cine-teatro Vianense, a partir das 21h00.

No âmbito do projecto "Saber dos Sons" realiza-se dia 16 de Abril a iniciativa "Concertos Clássicos" com o "Ensemble Vocal Manuel Mendes", no Cine-teatro Vianense, a partir das 21 horas.
Recorde-se que a iniciativa Saber dos Sons decorre até dia 24 de Junho e é da responsabilidade do Município de Viana do Alentejo, contando com a colaboração do maestro Christopher Bochmann.
Trata-se de uma iniciativa que pretende dar a oportunidade à população de conhecer e ouvir música clássica e, ao mesmo tempo, aprender. O projecto tem duas vertentes: “Concertos de Música Clássica” e “Música para Todos” com sessões às sextas-feiras, durante a tarde, no Cine-teatro Vianense.

Mais informações:
Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Viana do Alentejo
Rua Brito Camacho, 13
7090 Viana do Alentejo

Tlf: 266 930 025

e-mail – gabinete.informacao@cm-vianadoalentejo.pt

Cine-Teatro Vianense: 15 de Abril

Sexta-Feira, 15 de Abril, pelas 21:30 horas
"72 Horas"



País: E.U.A
Género: Crime/Drama
Duração: 122 min.
Classificação: M/12
Realização: Paul Haggis
Intérpretes: Russel Crowe, Liam Neeson, Elizabeth Banks

Sinopse:

A vida dum casal vai ser virada completamente do avesso, quando a mulher é acusada de assassinato. O marido vai tentar provar a sua inocência através da sua própria investigação.

Horários de Bilheteira:
De quarta a sexta-feira das 14:30H às 17:30H
No próprio dia 1 hora antes do espectáculo/sessão

Contacto para reservas:
Telf: 266791007
mail: cine-teatrovianense@cm-vianadoalentejo.pt

Todas as reservas devem ser levantadas até meia hora antes do espectáculo/sessão.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Futebol - Taça de Évora - SP.Viana está na Final !!!


Vídeo enviado por José Pacheco

Jogaram-se no passado domingo as meias-finais da Taça de Évora em que a nossa equipa recebeu o Calipolense e no outro jogo o Redondense recebeu o Oriola, numa tarde de emoções para as 4 equipas que partilhavam um sonho em comum, vencer os respectivos jogos e estarem presentes na final a realizar no estádio do Juventude de Évora. Como já tínhamos referido este jogo era deveras importante para a nossa equipa, pois o SP.Viana nunca tinha conseguido chegar a uma final da Taça de Évora e estava determinado em mudar o rumo dos acontecimentos e perante o seu publico levar de vencida o Calipolense. 

Na 1ª parte do encontro as duas equipas procuraram chegar ao golo, sempre de forma muito aguerrida e com bons lances de futebol de parte a parte, embora o marcador não viesse a ser alterado até ao intervalo a nossa equipa tudo fez para marcar e presentear a excelente moldura de público que se deslocou ao Faria e Melo, mostrando que a população de Viana respondeu ao apelo e apoiou a equipa do princípio ao fim. Com o nulo ao intervalo o SP.Viana procurou chegar ao golo na 2ª parte e carimbar o passaporte para a final e com o golo de André tudo começou a ficar mais definido, pois o SP.Viana praticava um bom futebol e controlava os acontecimentos.

Procurava-se o golo da tranquilidade e mais uma vez André volta a marcar e a provocar a 2ª explosão de alegria nas bancadas, fazendo acreditar que a final estava cada vez mais ao alcance da nossa equipa. O adversário não baixou os braços e já bem perto do final reduziu para 2-1, criando alguma expectativa em relação ao resultado final, mas do outro lado estava uma equipa determinada em não deixar fugir o bilhete para a final da Taça e defendeu a vantagem até ao apito final com todas as suas forças.

Com a vitória e respectiva passagem á final queremos deixar os parabéns á direcção, jogadores, equipa técnica e de uma forma especial aos sócios, vianenses e apoiantes que em muito ajudaram a nossa equipa a ultrapassar este difícil adversário e chegar assim pela 1ª vez na sua história a uma final da Taça de Évora em que o SP.Viana terá como oponente a exelente formação do Redondense.

Jogaram: Manel (GR), Zé Pedro, Mero, Roque, Pedro Candeias, André (2),Teigão, Ferro, João do Carmo, David Candeias e João Alexandre.

Jogaram ainda: Rui Penetra, Elizito, Pedro Rosado.
Equipa Técnica: Canivete (Treinador) e Rolo (Treinador Adj.)

Visto em http://sportingviana.blogspot.com/

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Fernando Nobre: quanto custa um vaidoso?


Hino da Campanha Presidencial de Fernando Nobre 2011

Fernando Nobre vai ser cabeça de lista do PSD no circulo de Lisboa. Contra um homem de convicções - mesmo que não sejam as minhas - como Ferro Rodrigues, o PSD aposta num ziguezagueante populista. O ex-candidato estava no mercado e Passos Coelho pagou o preço que lhe foi pedido: dar-lhe a presidência da Assembleia da República. As contas foram de merceeiro: Nobre vale 600 mil votos. Errado. Se os votos presidenciais nunca são transferíveis para legislativas, isso é ainda mais evidente neste caso. Todas as vantagens competitivas de Nobre desapareceram quando ele aceitou este lugar. 

O PSD vai perder mais do que ganha. Porque este convite soa a puro oportunismo. Porque quando Fernando Nobre começar a falar o PSD vai ter de se virar do avesso para limitar os danos. Porque a esmagadora maioria dos eleitores de Nobre nem com um revólver apontado à cabeça votará em Passos Coelho. Porque ele afastará eleitorado que desconfia de gente com tanta ginástica política.
Quem também não fica bem na fotografia é Mário Soares, que, na última campanha, por ressentimento pessoal, alimentou esta candidatura. Fica claro a quem ela serviu. Agora veio o agradecimento. 

Quanto a Fernando Nobre, é tudo muito banal e triste. Depois da campanha que fez, este é o desfecho lógico. Candidatos antipartidos, que tratam todos os eleitos como suspeitos de crimes contra a Pátria - ainda não me esqueci quando responsabilizou Francisco Lopes pelo atual estado de coisas, apenas porque é deputado - e que julgam que, por não terem nunca assumido responsabilidades políticas, têm uma qualquer superioridade moral sobre os restantes acabam sempre nisto. A chave que usam para abrir a porta da sala de estar do sistema é o discurso contra o sistema. Não querem "tachos", dizem eles, certos de que todos os eleitos apenas procuram proveitos próprios. Eles são diferentes. Depois entram no sistema para mudar o sistema, explicam. E depois ficam lá, até vir o próximo com o mesmo discurso apontar-lhes o dedo. É tudo tão antigo que só espanta como tanta gente vai caindo na mesma esparrela. 

Quem tem um discurso sem programa, sem ideologia, sem posicionamento político claro e resume a sua intervenção ao elogio da sua inexperiência política tem sempre um problema: só é diferente até perder a virgindade. E quando a perde fica um enorme vazio. Porque não havia lá mais nada. Porque a política não se faz de bons sentimentos, faz-se de ideias, projetos e programas políticos. Ideias, projetos e programas que resultam do pensamento acumulado pela experiência de gerações, que se vai apurando no confronto e na tentativa e erro. A tudo isto chamamos ideologias. Quem despreza a ideologia despreza o pensamento. Quem despreza o pensamento despreza a política. Quem despreza a política dificilmente pode agir nela com coerência e dignidade. 

Para além do discurso contra os políticos, este político teve outra bandeira: as suas preocupações sociais. Nada com conteúdo. Para ele bastava mostrar o seu currículo de ativista humanitário. E a quem aceita ele entregar a sua virginal e bondosa alma? Ao candidato a primeiro-ministro mais selvaticamente liberal que este País já conheceu. Não sou dos que acham que toda a gente tem um preço. Mas ficámos a saber qual é o de Fernando Nobre: um lugar com a dimensão da sua própria vaidade. 

Tudo isto tem uma vantagem: é uma excelente lição de política para muita gente. Quem diz que não é de esquerda nem de direita, quem tem apenas a sua suposta superioridade moral como programa e quem entra no combate político desprezando quem há muito o faz nunca é de confiança. Um dia terão que se decidir. E Nobre decidiu-se: escolheu a direita ultraliberal em troca das honras de um lugar no Estado. Na hora da compra, os vaidosos têm uma vantagem: saem mais baratos. Não precisam de bons salários ou de negócios. Basta dar-lhes um trono e a sensação de que são importantes. Vendem a alma por isso.

Por Daniel Oliveira no Expresso

Fernando Nobre: "Partido político? Nunca!"

Na primeira entrevista depois das eleições presidenciais, Fernando Nobre garantiu que não ia aceitar cargos partidários. Recorde essas imagens.




Há um mês, Fernando Nobre era peremptório a responder ao jornalista Mário Crespo: "Partido político? Nunca!"

Na primeira entrevista depois de ter conquistado 14% dos votos nas presidenciais, disse que altos detentores de cargos políticos do país o tinham contactado. No entanto, garantia que não ia aceitar nenhum cargo nem político nem governativo.

Visto em "Aeiou/Expresso"

sábado, 9 de abril de 2011

Governo e Bruxelas garantem que PEC4 não incluía resgate

NOTÍCIA DE ONTEM, 8 DE ABRIL

O Governo e a Comissão Europeia garantiram esta sexta-feira que, na negociação do chamado PEC4 com Bruxelas, não estava incluída a ajuda externa a Portugal no valor de 80 mil milhões de euros.

A porta-voz da presidência da Comissão Europeia disse, citada pela Lusa, ser «falso» que, quando o primeiro-ministro José Sócrates apresentou em Bruxelas o chamado PEC4, «tenha ficado também estabelecido que a esse acordo se seguiria um pedido de ajuda externa».

O semanário «Sol» noticiou esta sexta-feira que José Sócrates teria estabelecido com Bruxelas - quando assinou o acordo com as medidas do chamado PEC 4 a 11 de Março - que se seguiria um pedido de ajuda externa no valor de 80 mil milhões de euros.

O Governo já veio hoje rejeitar qualquer tipo de acordo com as instâncias comunitárias.

Os ministros do Eurogrupo revelaram que o pedido de resgate de Portugal chegou hoje à Comissão Europeia e ao FMI. O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, adiantou na Hungria que programa de ajuda a Portugal atingirá provavelmente os 80 mil milhões de euros e poderá abranger um período de três anos.

Visto em "Agência Financeira"

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