quinta-feira, 31 de março de 2011

Onde está o lobby nuclear?


Era bom os Srs. Jornalistas irem perguntar ao Engº Mira Amaral, Henrique Neto, Srs. Prof. do IST do grupo Monteiro de Barros e alguns políticos, se não querem fazer agora a tal reflexão sobre a energia nuclear em Portugal.

É que estes senhores dizem que o nuclear não deve ser tabu e que devia pelo menos ser debatido e estudado. Segundo eles as energia renováveis, a começar pela energia eólica, têm impactos negativos na paisagem e são a causa da morte de muitos passarinhos (eólicas), e gravuras rupestres (barragens).

Claro que isto nada tem a ver com os avisos de contaminação nuclear no Japão, já que tem sido dito à boca cheia que a energia nuclear é perfeitamente segura, tem as mais modernas tecnologias e é gerida pelos técnicos mais competentes. Além do mais, dizem, é competitiva e não provoca emissões de CO2. Em resumo, uma maravilha.
É altura de repetirem aos portugueses o que têm vindo a dizer, para lhes fazermos umas perguntas.

Vejam o que disseram algum tempo atrás em:
Patrick Monteiro de Barros:
"Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida porque há 22 meses lancei uma ideia enquanto empresário, mas nunca pensei chegar ao dia de hoje e ver com esta reunião ser dado o pontapé de saída do nuclear em Portugal".
Mira Amaral afirmou durante a conferência ser a favor enquanto engenheiro, ter dúvidas sobre a sua rentabilidade enquanto economista e defendeu uma consulta aos portugueses se fosse político.
Pedro Sampaio Nunes, antigo secretário de Estado da Ciência e Inovação e que colabora com Patrick Monteiro de Barros neste projecto, defendeu a energia nuclear enquanto geradora de riqueza para o país. 

Espantem-se:
Sampaio Nunes defendeu ainda a segurança oferecida pelo nuclear, afirmando que o carvão oferece "maior perigosidade" e em termos de acidentes "a hídrica é a forma mais letal" de gerar electricidade.

Pelo contrário, José Delgado Domingos, professor do Instituto Superior Técnico, foi muito crítico em relação à opção nuclear, defendendo antes a aposta nas renováveis, nomeadamente eólica, e no aumento da eficiência energética.

Visto em "eu-calipto"

"Caminhada de Abril"

No âmbito das comemorações dos 37 Anos da Revolução de Abril, o Município de Viana do Alentejo promove dia 23, uma caminhada em direcção ao Monte do Sobral. As inscrições podem ser efectuadas até dia 31 de Março.
CAMINHADA DE ABRIL
37 Anos da Revolução de Abril
23 de Abril
Aguiar|Monte do Sobral (15 Km)
Partida| 8h00
Alcáçovas|Monte do Sobral (8 km)
Partida| 9h00
Viana do Alentejo|Monte do Sobral (11 Km)
Partida| 9h30
Inscrições até 31 de Março:Biblioteca de Aguiar
Biblioteca de Alcáçovas
Câmara Municipal

quarta-feira, 30 de março de 2011

Cine-Teatro Vianense: 1 de Abril

Sexta-Feira, 1 de Abril, pelas 21:30 horas
"O Preço da Traição"



País: E.U.A
Género: Drama/ Thriller Duração: 96 min.
Classificação: M/16
Realização: Atom EgoyanIntérpretes: Julianne Moore, Liam Neeson, Amanda Seyfried

Sinopse:
Catherine, uma bem sucedida médica, suspeita que o seu marido David, um atraente professor de música, a anda a trair. A fim de apaziguar as suas suspeitas e receios, ela contrata uma irresistível jovem, Chloe uma viagem de redescoberta sexual e sensual. Mas ao abrir a porta à tentação ela irá colocar a sua família num tremendo perigo.

Horários de Bilheteira:
De quarta a sexta-feira das 14:30H às 17:30H
No próprio dia 1 hora antes do espectáculo/sessão

Contacto para reservas:
Telf: 266791007
mail: cine-teatrovianense@cm-vianadoalentejo.pt

terça-feira, 29 de março de 2011

Merkel e Sarkozy perdem eleições internas


Depois de perder em Fevereiro o governo da importante cidade-estado de Hamburgo para o SPD, e, na semana passada, sentir dificuldades em vencer as regionais na Saxónia-Anhalt (Leste), o partido da chanceler alemã, Angela Merkel, perdeu este fim-de-semana a liderança do Governo Regional de Baden-Württemberg.

A União Democrata Cristã (CDU) alcançou 38% dos votos, mas o parceiro Partido Liberal (FDP) apenas conseguiu 5%, conferindo assim maioria à coligação de centro esquerda, formada pela SPD (23%) e pelos Verdes (25%). Os ecologistas alemães podem mesmo ficar à frente do governo deste que é um dos estados federados mais ricos e era bastião dos conservadores desde 1953.

A ida às urnas nesta região cuja capital é Estugarda eram encaradas na Alemanha como as mais importantes de um conjunto de sete eleições que decorrem este ano e, assim, como o principal teste ao governo liderado por Merkel.

Segundo analistas citados pela Lusa, este não será apenas um revês ao nível regional, mas terá grande impacto para a governação nacional, uma vez que reduz ainda mais o peso da coligação na Câmara Alta do Parlamento (Bundesrat) -- onde a chanceler não tem maioria --, dificultando a aprovação de legislação.
Sarkozy com reeleição em risco

Em França, o líder do Eliseu não tem mais motivos de sorriso. Antes pelo contrário. Isto porque o partido do presidente Nicolas Sarkozy perdeu ontem a segunda volta das regionais em França para os rivais socialistas, que recolheram 35% dos votos. A UMP de Sarkozy ficou-se pelos 18,89%, o que lhe dá uma curta vantagem inclusive à direita para a Frente Nacional, que conseguiu 10,1%.
Além do ressurgimento em força do partido de extrema-direita agora liderado por Marine Le Pen (filha do histórico Jean-Marie) – em algumas áreas conseguiu votações de 40% – este que foi o último acto eleitoral antes das Presidenciais francesas em Abril de 2012 fica ainda marcado pela abstenção recorde do eleitorado francês. Segundo o Ministério do Interior terá ficado acima dos 56%.
 
Visto no "Jornal de Negócios"

segunda-feira, 28 de março de 2011

Maestro Christopher Bochmann


CHRISTOPHER BOCHMANN (n. 1950) formou-se em composição pela Universidade de Oxford, como aluno de David Lumsden, Kenneth Leighton e Robert Sherlaw Johnson. Em 1999, obteve o grau de D. Mus. (doutoramento em composição) pela mesma Universidade. Estudou também com Nadia Boulanger em Paris e com Richard Rodney Bennett em Londres.

Leccionou em várias escolas na Inglaterra entre as quais a Escola Yehudi Menuhin. Passou dois anos no Brasil como professor da Escola de Música de Brasília. Trabalha em Portugal desde 1980. Leccionou em várias escolas na área de Lisboa nomeadamente no Instituto Gregoriano de Lisboa e no Conservatório Nacional. Durante seis anos, foi Director da Escola Superior de Música de Lisboa, onde também coordenou o curso de Composição de 1990 a 2006. Desde 2006 é Professor Catedrático Convidado da Universidade de Évora, onde desde 2009 também é Director da Escola de Artes.

É maestro titular da Orquestra Sinfónica Juvenil desde 1984 com a qual gravou três CD's da sua própria música.

Em 2004 foi-lhe atribuído uma Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura. E em 2005 foi agraciado pela rainha Isabel II com a condecoração O.B.E. (Officer of the Order of the British Empire).

As suas composições abrangem quase todos os géneros musicais, da música para solistas à música orquestral, da música de câmara à ópera, para além de inúmeras orquestrações e arranjos. O seu estilo musical passou por uma fase de considerável complexidade, e já utilizou muitos processos aleatórios. Mais recentemente, a sua música tem-se tornado algo mais simples, seguindo assim certas tendências do pós-modernismo sem contudo recorrer ao neo-tonalismo.

Na sua música vocal, interessa-se especialmente na exploração de aspectos tanto fonéticos como semânticos do texto. Toda a sua música revela uma preocupação com a relatividade com que ouvimos e apreciamos o som, numa tentativa de fazer corresponder os processos e as técnicas estruturantes da música cada vez mais proximamente a critérios intrinsecamente musicais

"Saber dos Sons"


Mais informações:
Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Viana do Alentejo
Rua Brito Camacho, 13
7090 Viana do Alentejo

Tlf: 266 930 025

e-mail – gabinete.informacao@cm-vianadoalentejo.pt

Programa Internacional de Avaliação diz ainda que Portugal é o sexto país cujo sistema educativo compensa melhor as assimetrias socioeconómicas

A Ministra da Educação distingue a professora Maria do Carmo Leitão, de Lamego, como a vencedora do Prémio de Professora de Mérito Inovação
 Portugal é o sexto país cujo sistema educativo compensa melhor as assimetrias socioeconómicas, estando a diminuir as diferenças entre alunos com melhores desempenhos e aqueles com piores desempenhos, segundo os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos 2009.

Este é um dos dados que será apresentado, esta segunda-feira, na sessão "Evolução da Qualidade e da Equidade no Sistema Educativo Nacional (Pisa 2000-2009)", inserida nos Encontros Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) 2009, que decorre na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e que conta, no encerramento, com a presença da ministra da Educação, Isabel Alçada.

Em declarações à Agência Lusa, o representante português ao comité do PISA, Pinto Ferreira, afirmou que "a escola portuguesa, para além de ter melhorado em termos de qualidade, melhorou também e substancialmente em termos de equidade".

"Estão a diminuir as diferenças entre os alunos com melhores desempenhos e os alunos com piores desempenhos, o que é muito importante", garantiu.

Segundo Pinto Ferreira a OCDE define um índice relacionado com o estatuto socioeconómico e cultural dos alunos.

"O que é interessante é que em Portugal esse índice tem um pequeno impacto. Nós temos alunos com um estatuto socioeconómico e cultural muito débil e com resultados muito bons", observou.

O representante português ao comité do PISA afirmou que se Portugal estivesse na média da OCDE em termos do estatuto socioeconómico e cultural - e não abaixo como está - "o sistema educativo português não estaria, em termos de literacia de leitura, no 21º do ranking mas sim no décimo lugar".

"O nosso sistema educativo tem evoluído, quer do ponto de vista da qualidade quer da equidade", sublinhou.

Pinto Ferreira explicou que estes encontros estão a ser promovidos com o objectivo de analisar o programa.

"Em Dezembro foram apresentados os resultados de Portugal que melhoraram significativamente. Tivemos tipicamente mais 20 pontos em termos do desempenho a leitura, matemática e ciências", recordou.

Em comunicado enviado às redacções, o Ministério da Educação avança que "os resultados do PISA 2009 revelam que Portugal é o 6.º país cujo sistema educativo melhor compensa as assimetrias sócio-económicas" e que "é um dos países com maior percentagem de alunos de famílias desfavorecidas que atingem excelentes níveis de desempenho em leitura".

JN



domingo, 27 de março de 2011

Passos admite privatização parcial da Caixa

Depois da "coligação negativa da oposição" ter chumbado o Plano de Estabilidade e Crescimento e provocado a demissão de José Sócrates do cargo de primeiro-ministro, Passos Coelho não perde tempo e aproveita a boleia para acenar para já com a privatização de parte ou da totalidade de empresas públicas.  

Aos privados só lhes interessa a apetecível CGD e as Águas de Portugal. Passos quando fala na entrada de privados na CP ou na Refer, deve estar concerteza a pensar em "entregar" apenas as linhas lucrativas aos seus angélicos amigos e compadres.

Andread Jo - Capitalismo selvagem



"O presidente do PSD admitiu a possibilidade de avançar com a privatização parcial da CGD no caso de vir a constituir Governo.

Numa entrevista à Reuters, citada pela RTP, o líder do PSD diz que, caso venha a formar Governo, vai intensificar as privatizações, abrindo o capital do banco público aos privados, mas mantendo o Estado uma posição maioritária.

Pedro Passos Coelho diz nesta entrevista que uma parte do capital da Caixa poderá vir a ser dispersa por pequenos aforradores, através da bolsa.

O presidente do PSD fala ainda de empresas como a Águas de Portugal e diz que é preciso ir mais longe nas privatizações nas áreas do transporte rodoviário e ferroviário, abrindo assim caminho à entrada de privados na CP ou na Refer.

Passos Coelho apoia ainda a privatização da TAP, já anunciada pelo actual Governo, mas defende que o Estado deve manter uma participação no capital da companhia aérea nacional."



sexta-feira, 25 de março de 2011

Oposição parlamentar aprova fim do modelo de avaliação dos professores

Fotografia de João Vicente: Manif. Lisboa 30-05-09

Musica do "Bloco de Esquerda" utilizada em comícios e acções de campanha em 2009


A oposição parlamentar aprovou hoje a revogação do actual sistema de avaliação de desempenho dos professores com os votos favoráveis de PSD, PCP, BE, PEV e CDS-PP e contra da bancada do PS e do deputado social-democrata Pacheco Pereira.
O texto aprovado na generalidade, especialidade e votação final global substituiu os projectos de lei do PCP e PSD sobre a matéria e tinha também sido subscrito pelo Bloco de Esquerda e Os Verdes.

O diploma determina a revogação do decreto-regulamentar que define as regras da avaliação de desempenho dos professores e o início de um processo negocial entre Governo e sindicatos para concretizar um novo modelo.

O texto de substituição, que foi dispensado de redacção final, recebeu o voto contra da bancada socialista e do social-democrata Pacheco Pereira, que votou contra todos os diplomas.

Apesar desta votação, o Parlamento pronunciou-se à mesma na generalidade sobre os projectos de lei do PCP e do PSD, que foram aprovados com os votos favoráveis de PSD, CDS-PP, BE, PCP e PEV e contra do PS e de dois deputados sociais-democratas.

Aliás, em relação ao diploma dos sociais-democratas, vários deputados do PSD anunciaram a apresentação de declarações de voto, entre os quais Pacheco Pereira, Manuela Ferreira Leite, José Luis Arnaut e Maria José Nogueira Pinto.

O projecto de lei do Bloco de Esquerda que previa a suspensão do actual modelo e definia um novo sistema de avaliação foi rejeitado pelos votos contra do PS e Pacheco Pereira, a abstenção de PSD e CDS-PP e os votos favoráveis de BE, PCP e e PEV.

Foram ainda aprovados os projectos de resolução do CDS-PP e do PSD - portanto recomendações ao Governo - que enunciam princípios orientadores do futuro modelo de avaliação de desempenho dos professores.


quarta-feira, 23 de março de 2011

Passos vai dizer a Merkel o que fará se for Governo

Partido Popular Europeu reúne-se antes da cimeira em Bruxelas

Antes da realização da cimeira, Passos Coelho e Angela Merkel estarão juntos na reunião do Partido Popular Europeu, do qual ambas as famílias partidárias fazem parte.

Enquanto tudo se joga sob a sombra da crise política, Passos terá aí uma oportunidade: a de dizer à chanceler alemã o que fará se chegar ao Governo, num cenário de eleições antecipadas, e se pretende seguir o caminho da austeridade, mantendo o cumprimento dos défices, impostos pela Europa.

Visto em:agenciafinanceira.iol.pt/

terça-feira, 22 de março de 2011

Francisco Lopes, uma candidatura patriótica e de esquerda


Rap da Farc - Força Alvi Real Celeste

Dois meses depois das Eleições Presidenciais 2011, que decorreram a 23 de Janeiro de 2011, o lixo da propaganda deixado um pouco por todo o concelho pelo candidato, camarada Francisco Lopes é mais um sinal de como estes progressistas gostam da nossa Terra.

Recordamos que o camarada Francisco Lopes foi apoiado pelo PCP e Partido Ecologista Os Verdes, estes últimos com o tom da cor do lixo que deixaram espalhado por todo o lado.

O Camarada Francisco Lopes nestas eleições presidenciais os votos que conseguiu não foram tantos como os que tinha previsto.
Francisco Lopes, tinha inscrito uma verba de 512 mil euros para gastar na propaganda eleitoral, mas só recebeu 424 mil de euros de subvenção estatal, isto é, teve um saldo negativo de 88 mil euros – contas da vida.
Por isso há quem diga que o material utilizado na campanha não foi recolhido em todo o País porque faltou o dinheiro para essa operação.

O Secretariado do Comité Central do PCP depois de ter contactado a Organização Concelhia de Viana do Alentejo, muito bem dirigida pelo importado, invisível e inaudível membro Pedro Andrade e Silva, foi informada de que não havia necessidade de recolha dos detritos, esses cartazes representavam a forte presença dos comunistas no concelho, pois o camarada Francisco Lopes tinha sido eleito Presidente da República de Aguiar.

Por isso os materiais de propaganda só terão sumiço quando “a terra os comer”, ou se nos entrementes houver uma nova operação, “Limpar Portugal”.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Geração à Rasca - A Nossa Culpa

O festival de música de Woodstock aconteceu no interior dos Estados Unidos em 1969 e é até hoje considerado o maior evento musical de todos os tempos.
Janis Joplin & Jimi Hendrix - Summertime


A Internet tem destas coisas, e temos de saber viver com elas. Este texto tem circulado por diversos meios credíveis como sendo de Mia Couto. Aparentemente, essa atribuição é errónea, tendo o texto de facto sido escrito pela autora do Blog Assobio Rebelde (http://assobiorebelde.blogspot.com). Aqui fica, como mais um elemento de reflexão sobre esta complexa problemática.

Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
       
Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquer coisa phones ou pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional. 
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere. 
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades/características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja! que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estão à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.  
Pode ser que nada/ninguém seja assim.


quinta-feira, 17 de março de 2011

Eleições antecipadas sim, mas para já!

PPD/PSD à deriva

Toda a gente já percebeu que Pedro Passos Coelho está a escolher o melhor momento para governar derrubará o governo quando isso lhe convir e não em função do interesse nacional. Quer que o governo caia na sequência de um pedido de ajuda externa ou depois o descontentamento atingir o clímax, de preferência quando as sondagens lhe atribuírem uma maioria confortável.

Entretanto Pedro Passos Coelho vive num impasse, tem medo de ir a eleições e receia que Sócrates ultrapasse a crise e acabe por sobreviver enquanto no seu partido os cavaquistas se livrem dele logo que começar a descer nas sondagens. Se for a eleições antes da bancarrota corre um sério risco de ver a situação inverter, passando a ser ele a governar sem uma maioria absoluta, se esperar pela bancarrota arrisca-se a que a Europa adopte medidas e supere a instabilidade no mercado da dívida soberana, aliviando Portugal da pressão.

Só que parece que Sócrates não gosta nada de ser marinado e mal Cavaco Silva aproveitou o discurso presidencial para o meter no tacho atirar-lhe com os temperos para cima não perdeu tempo para encostar Cavaco a Pedro Passos Coelho e os dois à parede. Toda a gente sabe que Cavaco livrar-se-á de Sócrates na primeira oportunidade mas que não morre de simpatias por Pedro Passos Coelho. O próprio Pedro Passos Coelho não morre de amores por Cavaco e sabe que ele não é o desejado pelo “miserável” professor para liderar um governo de direita.

Sócrates provoca Cavaco empurrando-o para os braços de Pedro Passos Coelho, se convocar eleições nunca mais se livra de Pedro Passos Coelho e enterra definitivamente o cavaquismo no PSD. Sócrates força Pedro Passos Coelho a tomar a iniciativa sabendo que o líder do PSD receia eleições neste momento, ainda por cima correndo um sério risco de entregar o país aos cuidados do FMI numa altura em que os mercados dão sinais positivos.

É evidente que Passos Coelho quer a vinda do FMI, mas em consequência de uma falhanço de venda de dívida soberana que coloque Portugal numa situação de insolvência e não na sequência de uma crise política da sua iniciativa. E como a receita do FMI é sempre a mesma é mais confortável governar com base num acordo assinado por Sócrates do que por um governo seu, ainda por cima sem a maioria absoluta. Se for Sócrates a assinar um acordo com o FMI o líder do PSD não só pode exigir que seja contemplada a agenda que consta do seu projecto de revisão constitucional mais as propostas avulso como o despedimento verbal ou a extinção das empresas públicas como condição para deixar passar o acordo, sempre é mais confortável levar a água ao moinho forçando medidas que depois não se apoia, recorrendo-se ao truque da abstenção, para mais tarde acusar Sócrates de todos os males.

Ora, se o PSD quer que o país vá para a bancarrota, se Cavaco que defendia que uma segunda volta nas presidenciais era uma desgraça para o país e mudou de opinião logo que venceu as eleições e aproveitou o discurso de posse para fazer uma declaração de guerra ao governo e apelar ao sobressalto, o melhor é fazer-lhes a vontade e ir para eleições.

É evidente que a direita é cobarde demais para assumir o governo agora, nunca o fez no passado, todos os governos que enfrentaram crises económicas graves ou foram do PS ou liderados pelo PS, a direita sempre se limitou a aproveitar-se de épocas de vacas gordas e o actual Presidente da República até derrubou um governo de coligação quando percebeu que a crise que ele próprio criara enquanto ministro das Finanças estava ultrapassada.

A direita quer governar? Pedro Passos Coelho quer ter a certeza de que vai ser o próximo candidato do PSD a primeiro-ministro? Cavaco Silva quer livrar-se de José Sócrates? Luís Filipe Menezes quer assegurar-se de que o seu filho chega a secretário de Estado? Pinto Balsemão quer impedir que mais um canal lhe retire receitas de publicidade? O pessoal do PSD e do CDS está mortinho por alcançar a manjedoura orçamental? O pessoal do BPN quer ter a certeza de que as verdades incómodas não cheguem a público? Paulo Portas quer certificar-se de que Passos Coelho não terá uma maioria absoluta e precisa dele a comprar submarinos para poder governar? Então é fácil, em vez de andarem a enrascar o país com hesitações tenham a coragem de ir a eleições, é fácil de as provocar, basta apresentar uma moção de censura ao governo.


quarta-feira, 16 de março de 2011

The Washington Post destaca viagem de bicicleta pelo Alentejo

Travel story on biking in Portugal

ARRIAOLOS, PORTUGAL – OCTOBER 20: The outside of the castle of Arriaolos, pictured on October 20, 2010, encircles a church at its core. The poorly maintained, graffiti-covered castle sits above a hill from the small town, which is famous for its tapestries(Photo by Christine Dell’Amore/For the Washington Post) ONE TIME USE, DO NOT RE-SELL- has not signed new agreement

 Christine Dell’Amore / FTWP

Um passeio de bicicleta pelo Alentejo, organizado pela Portugal Bike, foi um dos destaques de umas das últimas edições do histórico jornal norte-americano The Washington Post.
Na bicicleta – e na pena –, a jornalista freelance Christine Dell’Amore, que percorreu, juntamente com outros três colegas, várias localidades alentejanas: Castelo de Vide, Marvão, Évora, Elvas, Vila Viçosa ou Arraiolos.
“Pedalei 280 quilómetros, subi 9000 metros no mesmo dia. Podia dizer “dói-me o rabo” tal e qual um português. E, melhor ainda, posso dizer que pedalei através do tempo e dos vários domínios territoriais, tudo enquanto visitava o estonteante cenário português”, explicou Dell’Amore.
Pela positiva, a jornalista destaca a gastronomia, a História e as vistas ímpares do interior alentejano. No entanto, Christine Dell’Amore não resiste em criticar a forma desajeitada e pouco cuidada como alguns dos monumentos estão preservados, como por exemplo o castelo de Arraiolos – “A manutenção é pobre e o castelo está coberto de graffitis”.
Vale a pena ler o artigo e perceber como o Portugal pode ser visitado e conhecido não apenas de automóvel, mas também através de meios de transporte mais sustentáveis, como o comboio ou a bicicleta. E, já agora, ver as fotos.

Consulte outros dos artigos da secção de viagens do The Washington Post.

Visto em greensavers.pt

sábado, 12 de março de 2011

Manifestação "Geração à Rasca" chega ao Rossio com mais de 200 mil pessoas

Organização fala em 300 mil manifestantes em Lisboa, polícia aponta para 200 mil. Ainda será cedo para fazer balanços, mas quem está na rua diz não se lembrar de tanta gente junta na Avenida da Liberdade em muitos anos. "Sócrates aceita a demissão" ou "Senhor Presidente dissolva o Parlamento" são das ideias que mais geram consenso.


Homens da Luta - A luta é alegria


A Avenida da Liberdade esteve cheia de uma ponta à outra durante várias horas, como não é vulgar noutras manifestações. Aliás, ainda falta vários milhares de manifestantes chegarem aos Restauradores.

O número avançado pela polícia é equivalente ao número de professores que se manifestaram o ano passado, também na Avenida da Liberdade. Quem está no terreno diz que a "Geração à rasca" está a ter uma adesão muito superior.

Membros da organização falam em 300 mil pessoas.

A quantidade de manisfestantes é tanta, que as telecomunicações estiveram por diversas vezes com problemas. Fonte oficial de uma operadora de telecomunicações questionada sobre a dificuldade de acesso à rede de telecomunicações durante a manifestação: “Não há registo de avarias. É natural que dado o anormal fluxo de concentração de pessoas na zona da Avenida da Liberdade que possa ter existido congestionamento da rede móvel em determinados momentos.”

No Porto, o encontro que juntou os manifestantes na Praça da Batalha, fez com que se tornasse, por momentos, e em algumas zonas, quase impossível movimentar-se, tal era o número de manifestantes.

Relatos apontam para 500 manifestantes em Coimbra e 150 em Ponta Delgada.

Faro terá recebido a maior manifestação de sempre naquela cidade. 6.000 é número avançado pela polícia.

"Senhor Presidente, em nome dos pobres, dos jovens, dos idosos e da nação, dissolva o Parlamento!", é um dos slogans que impera no Porto. "Sócrates cabrão, aceita a demissão", grita-se em Lisboa. Os slogans são imensos: "Nunca pagámos tanto por tão pouco". "Economia é a tua tia". "Com a precaridade não há liberdade". "Revolução dos (es)cravos". "Deixa passar, deixa passar, que o mundo vai mudar". "Todos à rasca homens e animais".

Os manifestantes acreditam que o que hoje se viveu em Portugal poderá espalhar-se pela Europa. Num protesto onde se ouviu "Eu não votei na Merkel".

E os manifestantes não são apenas jovens que a protestar contra as actuais condições laborais. Avós, país, filhos e netos juntaram-se na manifestação que marca o dia. Os protestos focaram-se em várias questões. Trabalho, reformas e até lei do arrendamento. Foi uma manifestação intergeracional com país a manifestarem-se pelos filhos e filhos a protestarem pelos país.

jornaldenegocios.pt

Manifesto da "Geração à Rasca"
Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.

Nós, que até agora compactuámos com esta condição, estamos aqui, hoje, para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa do país. Estamos aqui, hoje, porque não podemos continuar a aceitar a situação precária para a qual fomos arrastados. Estamos aqui, hoje, porque nos esforçamos diariamente para merecer um futuro digno, com estabilidade e segurança em todas as áreas da nossa vida.

Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável.

Caso contrário:

a) Defrauda-se o presente, por não termos a oportunidade de concretizar o nosso potencial, bloqueando a melhoria das condições económicas e sociais do país. Desperdiçam-se as aspirações de toda uma geração, que não pode prosperar.

b) Insulta-se o passado, porque as gerações anteriores trabalharam pelo nosso acesso à educação, pela nossa segurança, pelos nossos direitos laborais e pela nossa liberdade. Desperdiçam-se décadas de esforço, investimento e dedicação.

c) Hipoteca-se o futuro, que se vislumbra sem educação de qualidade para todos e sem reformas justas para aqueles que trabalham toda a vida. Desperdiçam-se os recursos e competências que poderiam levar o país ao sucesso económico.

Somos a geração com o maior nível de formação na história do país. Por isso, não nos deixamos abater pelo cansaço, nem pela frustração, nem pela falta de perspectivas. Acreditamos que temos os recursos e as ferramentas para dar um futuro melhor a nós mesmos e a Portugal.

Não protestamos contra as outras gerações. Apenas não estamos, nem queremos estar à espera que os problemas se resolvam. Protestamos por uma solução e queremos ser parte dela.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Corso Carnavalesco de Viana 2011


Fotos de Francisco Fadista, sacadas no facebook

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