domingo, 29 de abril de 2012

Função pública portuguesa é a que menos horas trabalha por ano

Gaspar quer aproximar público do privado
Pedro Aperta

Os funcionários públicos portugueses são os que menos horas trabalham num grupo de 33 países ricos (OCDE), revela um estudo da organização, que surge na altura em que o Governo quer avançar com medidas que aumentam o tempo de trabalho e reduzem o seu custo.

De acordo com a organização, os trabalhadores da administração central dedicam, em média, 1545 horas por ano ao trabalho, menos 7% do que em Espanha, menos 11% face à média da OCDE ou 15% menos do que na Alemanha.

Os sindicatos defendem que as realidades nacionais não são diretamente comparáveis, que não é por trabalhar mais que se trabalha melhor e que a função pública portuguesa é produtiva e crucial num país pobre à escala europeia.

Mas o Governo português prepara-se para introduzir alterações profundas que visam alterar a forma de trabalho da função pública, reduzir pessoal e salários e aumentar a produtividade do sector público.

A OCDE, que produz muitos dos indicadores usados pelo Executivo no enquadramento das opções de política e gestão de recursos humanos, avança, no estudo "Government at a Glance 2011", algumas explicações para o caso de Portugal, o último da tabela.

"A semana de trabalho legal dos funcionários públicos é a mais baixa em França e Portugal, de 35 horas." A OCDE diz que as "condições de trabalho" - horários, duração das baixas por doença, férias e número de feriados - "tendem a ser mais atrativas no serviço público do que no privado em muitos países". Isso, juntamente com os salários mais elevados, tem sido "importante" para o sector público captar os melhores quadros, admite a OCDE.

Visto em "Dinheiro Vivo"

sábado, 28 de abril de 2012

Corporações



São evidentes - e, para muitos, chocantes - os esforços de várias corporações para tentarem limitar o acesso às suas profissões. Há uns tempos, esses ventos sopraram do lado dos advogados. Mais recentemente, voltou a ouvir-se o apelo, embrulhado, como sempre, em argumentos de "qualidade", agora do lado dos médicos.

Há médicos a mais? Se assim for o caso, então talvez seja de introduzir mecanismos imperativos para forçar a ida para a província profunda da única profissão que tem um emprego garantido pelo Estado, logo no termo do curso. Auscultem-se as populações...

Visto em "duas ou três coisas"

terça-feira, 24 de abril de 2012

25 de Abril de 2012



quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Concelho de Viana do Alentejo assinala o 38º aniversário do 25 de abril


Mais informação no sítio da Câmara

terça-feira, 17 de abril de 2012

Salut Cristina



Enquanto por cá se entrega o ouro ao bandido Kirchner na Argentina põe os bandidos na ordem nacionalizando a petrolífera YPF, filial da Repsol naquele país, ao mesmo tempo que em Espanha gritam aqui d’el-rei e não se dão conta que o rei está engessado no leito do hospital depois de se ter metido em cavalarias...

Cristina Kirchner ter-se-á fartado, a YPF não investia um chavo naquele país colocando-o na necessidade de importar combustíveis na ordem dos 10.000 milhões de dólares, convenhamos que para um país produtor de petróleo era o mesmo que arrancar dentes e sem anestesia. Estava cansada de ver o seu país delapidado de recursos naturais, comparou mesmo a Repsol à tromba de um elefante sugando sem um mínimo esforço de reinvestimento.

Ao tomar a decisão Cristina não deixou de recordar também que a Argentina era o único país da América do Sul que não controlava os seus recursos naturais. Uma gestão de equilíbrio dirão alguns, já que noutras partes se privatizam sectores importantes da economia dos respectivos países. Gestão de equilíbrios uma ova, roubo puro com a conivência dos traidores.

E para termos uma ideia da dimensão do roubo na Argentina bastará dizer que a Repsol obteve entre 1999 e 2011 um retorno de 16.492 milhões da YPF e cobrou em dividendos 13.246 milhões.

É caso para dizer que entre o pasodoble e o tango Cristina Kirchner preferiu o segundo e já tem par, o povo que dirige, dança a preceito já que fixou um período de vigência para esta medida de 50 anos. E avisada como é, cautela e caldos de galinha nunca lhe fizeram mal nenhum, o decreto de intervenção na YPF já se fez sentir através da expulsão dos administradores daquela empresa.

Rajoy não pára agora de fazer ameaças, afirma que retaliará e não será só no campo económico, em que estará o colono a pensar?

Visto em "Salvo-conduto"

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Democracia sem abertura?


.... "O nosso Governo faz exactamente aquilo que, antes das eleições, disse explicitamente que nunca faria: aumentos de impostos, cortes dos salários e das pensões, etc. Até mesmo as medidas avulsas, como se viu esta semana em relação ao prazo de suspensão dos subsídios ou à impossibilidade de reformas antecipadas, são tomadas "às escondidas", sem disponibilização da informação relevante e sem escrutínio público.

Já sei o que me dirão: tudo isso tem uma explicação e uma racionalidade. Há coisas que não se pode dizer e que, se fossem publicitadas, perderiam o efeito pretendido. Por isso todos temos de colaborar com a mentira, ou as mentiras sucessivas. Suponhamos que assim é (o que não é de todo claro, do meu ponto de vista). Ainda assim, creio que existe aqui um problema gravíssimo para o regime democrático, se for correcto o que acima ficou dito sobre a relação entre democracia e "abertura". Que viabilidade tem uma democracia formal quando nela os cidadãos não têm acesso à informação mais relevante para a sua vida colectiva, quando essa informação é constante e extensamente sonegada pelos governantes, ou quando os agentes políticos fazem num dia o contrário do que tinham dito no dia anterior?"

João Cardoso Rosas, Professor Universitário, Económico


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