sexta-feira, 23 de abril de 2010

Reescrever o 25 de Abril de 1974




À media que nos distanciamos do dia 25 de Abril, de 1974, aqueles que vivenciaram esses tempos, compreendem o afã de muitos em quererem reescrever a história, com o objectivo de ajustar velhas contas familiares e/ou tentarem reverter para eles, as benesses que criticam "alguns" terem usurpado desde aí

Para recrearem esse acontecimento, ou o impacte da hipotética ausência do mesmo no presente, engalfinham-se em montanhas de mensagem documentais, muitas delas enviesadas, depositadas em espirrantes poeirentas bibliotecas, responsáveis por fortes reacções alérgicas, quando não anafiláticas.

Os pretensos investigadores, com o esforço empregue em insolúvel pesquisa, tresandando em fétido suor, finalmente, para que o trabalho seja masturbado nos meios académicos, procedem ao “minucioso” trabalho de crítica e interpretação.

Muitas vezes esse afã é parido em obra impressa, para um perfil de mercado tipificado, multiplicadas as autorias sobre o mesmo tema, à medida que a memória morre.

Alguns até são premiados em dia de Camões, alternam consoante a ideologia política do medalhante de serviço.

Apesar de muitos investigadores, empregarem coerentemente as diversas tipologias do método histórico, quase sempre, o que se pretende atingir, são objectivos perversos.

Em todo o caso, nunca os diversos autores conseguirão reproduzir e interpretar totalmente a realidade: a temperatura do ar, os cheiros, a luminosidade, o vento, em suma não mergulharam no rol de informações sensitivas captadas pelos actores sociais desses momentos, não estavam no estádio.

Ouviram somente a segunda parte do relato pela "Antena 1"

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