Portanto Pá, também concordo que os novos eleitos e os técnicos do gabinete de apoio, ao receberem o seu vencimento, actuando de forma solidária como lhes compete, devam entregar esse dinheiro à “nano-mini empresa" - PCP, à semelhança do que faziam os anteriores eleitos, de forma a evitar os despedimentos dos seus incansáveis comissários políticos, seguindo um pouco a filosofia do “rendimento social de inserção”.
Tenho observado por aí o comportamento do novo adjunto do presidente. É bastante estranho, pois não utiliza para uso próprio as viaturas da Câmara. Diz-me o meu dedo mindinho que este sugador dos dinheiros públicos, talvez esteja à espera que a autarquia adquira viaturas novas para sentar o seu traseiro.
Lembro-me bem que o Sr. Diamantino andava sempre com o carrinho da Câmara, fosse ele velho ou novo, era-lhe indiferente, dormia sempre com ele, nunca se importando com a potência do instrumento de trabalho.
Mas toda esta inesperada mudança política teve um momento chave: o PS explorou sabiamente a péssima situação financeira do Bengalinha, pois toda a gente sabe que o actual presidente ganhava o salário mínimo nacional.
Para dar de comer à sua família, esfaimada de pão, não teve outro remédio senão aceitar encabeçar uma lista eleitoral, integrando por imposição do secretariado nacional do PS, no sector de agitação e propaganda a temível “brigada internacional”, formada maioritariamente por “lumpemproletariat”.
Depois da escandalosa fraude eleitoral de 11 de Outubro, que lhe deu a vitória, com a conivência da Comissão Nacional de Eleições, estes mercenários alcoolizados em noite de orgia, vangloriavam-se por terem participado na fraudulenta expulsão dos profetas da dízima, “Igreja Universal do Reino de Deus”, instalada na Brito Camacho.
Quem não se lembra da tenebrosa "noite das facas longas", quando os "homens de mão" da candidatura PS, assaltaram os cofres da Câmara e com o dinheiro roubado ofereceram aos idosos do concelho, na véspera das eleições,.um grande almoço e um relógio “rolex” .
Nessa altura, alguns patriotas locais ainda conseguiram ligar para a linha de emergência 112, clamando pela presença da TV.
Meia hora depois de efectuada essa diligência, atravessou a linha de fronteira concelhia, a equipa de intervenção rápida da TVI, onde seguia a reputada jornalista Moura Guedes. Tempo perdido, poucos quilómetros andados, à entrada da pacata Vila das Alcáçovas foram recebidos à bengalada, até que a muito custo, conseguiram dar meia-volta, fugindo para a capital com vários hematomas e os meios técnicos todos destruídos.
Também devemos relembrar, para que mais tarde ninguém venha “branquear a história” que o anterior executivo da CDU/Viana e respectivos comissários políticos, sempre, sempre ao lado do povo, trabalharam durante 16 anos em regime de voluntariado, em prol dos habitantes do concelho.
A sobrevivência destes enclausurados monges da ordem beneditina, foi possível, numa primeira fase, graças à solidariedade do povo soviético, imbuído do internacionalismo proletário, enviando regularmente rações de combate, já no limite de validade, com pescado arrastado na esgotada costa Angolana.
Algumas rações chegavam fora do período de validade, mas mesmo assim, foi possível, tal como no negócio do “leite do padre”- coisas do imperialismo americano anteriores a 1975- vender a preço simbólico as rações excedentes aos proletários do concelho - o politburo local não pode ser acusado de comer tudo e não deixar nada.
Mais tarde, numa segunda fase, após o inconcebível reviralho na pátria soviética, a República Democrática Popular da Coreia, atenta ao problema alimentar surgido, tomou a seu cargo essa tarefa solidária, mas por falta de controle de qualidade na fabricação desses bens, a ASAE apreendeu algumas dessas rações, contaminadas com nitrofuranos.
Apesar de todos estes sacrifícios, servindo a causa, todos eles "engordaram" ao fim de 16 anos Portanto, enquanto por cá, a “fazione della CDU/Viana e o clandestino sepulturero do PPD/PSD locale, obreros del patto di sangue cuncluso, fazem contas sobre os ordenados dos eleitos locais, o PCP posiciona-se em situação análoga, em sentido contrário :
"O PCP considera demagógica, populista e perigosa a proposta do CDS-PP, de eliminar em 2010 um dos subsídios (de Natal ou de férias) dos titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos (Presidente da República, membros do Governo, Deputados, eleitos locais, etc.), por, a pretexto de os “políticos” darem o “exemplo”, pretender abrir caminho para justificar a extensão aos trabalhadores e aos reformados de cortes de salários e subsídios.
Bernardino Soares, da Comissão Política do CC do PCP:
A proposta do CDS-PP relativa à eliminação em 2010 de um dos subsídios (de Natal ou de férias) dos titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos (Presidente da República, membros do Governo, Deputados, eleitos locais, etc.) é demagógica, populista e perigosa.
Trata-se de uma proposta vinda de um partido que, na oposição e no governo, apoiou e apoia todas as medidas anti-sociais e o escandaloso processo de concentração da riqueza nas últimas décadas. Trata-se de uma proposta que pretendendo fazer de conta que muda alguma coisa, procura garantir que a política de direita vá ainda mais longe na liquidação de direitos do conjunto dos trabalhadores.
A proposta tem, no concreto, dois objectivos imediatos.
Abrir, a pretexto de que os “políticos” já deram o “exemplo”, um perigoso caminho para justificar a extensão aos trabalhadores e aos reformados de cortes dos seus salários e subsídios. A exemplo do que já está a ocorrer noutros países, como a Grécia, o que se prepara é, em nome da crise, desencadear uma nova ofensiva contra os rendimentos de quem trabalha...
.....Para o PCP, esta é uma proposta populista porque com ela o CDS-PP visa cavalgar sentimentos de injustiça, que existem entre os trabalhadores e as populações, e canalizá-los, não para a exigência de uma justa repartição da riqueza, mas para uma rejeição generalizada e sem diferenciação dos políticos e dos partidos, que limpe as responsabilidades daqueles que, como o próprio CDS-PP, têm estado no governo a praticar a política de direita. ..."