quinta-feira, 11 de março de 2010

11 de Março de 1975

Três vídeos documentando: breves acontecimentos que culminaram no "11 de Março de 1975"; e do 11 de Março até ao dia 25 de Abril de 1975, dia das primeiras eleições livres para a Assembleia Constituinte

Primera parte


Segunda parte



Terceira parte



......"A data de 11 de Março marca o momento mais crítico do Processo Revolucionário quando: «Subitamente na manhã de 11 de Março a zona do aeroporto de Lisboa é sobrevoada por caças T6 e helicópteros. A surpresa estampa-se nos rostos quando se ouve o estrondo das explosões. O RAL 1 sofria um bombardeamento.

Pára-quedistas cercavam o aquartelamento de confiança do COPCON. Quem lhes armara o braço começara muito antes. Spínola, o general que não sabia perder. A presença dos pára-quedistas começara a ser preparada no verão anterior. O trabalho de os enganar começara aí».

O diálogo que se trava entre o Comandante da tropa pára-quedista atacante e o Capitão Dinis de Almeida é patético. O primeiro dizendo que tem ordens para atacar e ocupar o RAL 1, mostrando um "panfleto" que retirou do bolso para sustentar a acção; o segundo invocando a sua integração na hierarquia de comando legalmente estabelecida e o seu dever de defender a Unidade e perguntando se o ataque se baseava naquele "panfleto" que desconhecia até àquele momento.

A resposta do Oficial pára-quedista é reveladora da origem do golpe contra o MFA que se procurava levar avante: «Não. Atrás disto existem uma série de "altas individualidades" que não estão contentes com a maneira como está a ser conduzida a democracia do nosso país...».

A acção termina quando os soldados pára-quedistas sentem que foram enganados pelos seus comandantes e marcham para o RA 1, desarmados, abraçando os camaradas daquela Unidade e dando vivas ao MFA. Porém, não se evitou o bombardeamento da Unidade por parte dos T6 que sobrevoavam o aquartelamento, do que resultara a morte de um militar.

Decorrente deste ataque o MFA toma uma série de medidas de que há a destacar a nacionalização da banca e a institucionalização do Conselho da Revolução em cuja tomada de posse o PR, Gen. Costa Gomes, afirmou: «... Como é público, estes actos políticos estavam previstos mas em relação a eles os acontecimentos do 11 de Março foram o catalisador que veio acelerar um processo indispensável. ... Iremos criar uma Assembleia Geral do MFA que represente em termos progressistas o sentido autêntico de todas as FA, do General ao Soldado».

Este trabalho jornalístico termina com uma referência ao Pacto MFA/Partidos e com imagens dos portugueses a votar nas primeiras "eleições livres" que ocorreram em Portugal após o Movimento Libertador do 25 de Abril."

RTP: Um Ano de Revolução - 1974 e 1975

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