quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O Legado Autárquico após 16 anos de gestão - Capítulo 4

As estações de tratamento de águas residuais

Autonomia
“As autarquias locais têm pessoal, património e finanças próprios, competindo a sua gestão aos respectivos órgãos, razão pela qual a tutela do Estado sobre a gestão patrimonial e financeira dos municípios e das freguesias é meramente inspectiva e só pode ser exercida segundo as formas e nos casos previstos na lei. Deste modo, encontra-se salvaguardada a democraticidade e a autonomia do poder local;…”.

“Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), são estações que tratam as águas residuais de origem doméstica e/ou industrial, comummente chamadas de esgotos sanitários ou despejos industriais, para depois serem escoadas para o mar ou rio com um nível de poluição aceitável (ou então, serem "reutilizadas" para usos domésticos), através de um emissário, conforme a legislação vigente para o meio ambiente receptor.” (Wikipédia)

Todos os processos tecnológicos de tratamento utilizados passam por várias etapas, tendo como objectivo final a redução da poluição dos efluentes lançados nas bacias hidrográficas.

Em certas situações particulares as águas residuais provenientes de determinados sectores de actividade económica requerem um pré-tratamento, para compatibilizar a sua mistura na rede geral de origem doméstica.

Muitas vezes os dejectos provenientes do sector agro-industrial/pecuário, são lançados pelos empresários directamente nas linhas de água, conhecedores que são do laxismo das inúmeras fiscalizações disseminadas por incontáveis organismos da administração pública.

Saindo um pouco do tema central deste texto, podemos afirmar com segurança que nestes últimos dezasseis anos, foi quase tudo feito de empurrão, seguindo-se à letra a frase de Vladimir Ilitch Lenine (1904) “um passo em frente dois passos atrás”, dita à época num outro contexto em que foi produzida e, consequentemente não aplicável à situação das “fossas”, como são intituladas pelo povo as estações de tratamento de águas residuais.

Aproveitando a embalagem transcrevo um pouco mais o texto de Lenine: “O proletariado, na sua luta pelo poder, não tem outra arma senão a organização. “Dividido pela concorrência anárquica que reina no mundo burguês, esmagado pelos trabalhos forçados ao serviço do capital, constantemente atirado ao abismo da miséria mais completa, do embrutecimento e da degenerescência, o proletariado só pode tornar-se, e tornar-se-á inevita­velmente, uma força invencível quando a sua unidade ideológica, baseada nos princípios do marxismo, é cimentada pela unidade material da organização que reúne milhões de trabalhadores num exército da classe operária”…

Pouca gente conhece “o episódio do medo” vivido no anterior mandato, mas tudo indica que o mesmo
será brevemente transposto para a "sétima arte". Atento à sua divulgação, o Movimento "Unidos pelo Concelho de Viana do Alentejo; uma Nova Esperança", já solicitou à autarquia a cedência do Cine-teatro para estreia desse filme no dia do trabalhador.

Sinopse:
Trata-se de uma dramática
e cruel história, em que alguns trabalhadores da autarquia de Viana, foram “esmagados pelos trabalhos forçados ao serviço do capital”, após mais um capricho do último Czar Alexandrovich Romanov, em férias na “Crimeia”.

Bronzeado nas belas praias desse paradisíaco local, relaxado no intervalo de mais um mergulho nas quentes águas do mar, enviou instruções ao seu braço direito, lacaio e ministro do regime, para que os trabalhadores afectos à recolha de lixo, “despejassem” no verão, a um dia de sábado, os camiões cheios de imundície no terreno da “fossa” de Viana, e que na segunda-feira seguinte os voltassem a carregar à forquilha, para completarem o transporte até “Vila Ruiva”.

Os representantes dos trabalhadores capitaneados pelo trivalente chefe, engoliram em seco, sem ruído, abafando os acontecimentos fascizantes, mostrando como sempre lealdade aos supremos interesses do Partido.

Mais tarde, os pervertidos líderes da classe operária num compreensível acto de vingança, “com ferro matas com ferro morres”, promoveram sucessivas e gloriosas manifestações contra o Sócrates.

Voltando definitivamente ao tema central desta discussão, temos as “fossas” do concelho a trabalhar quase em directo. Por esse motivo vão chovendo inúmeras queixas dos proprietários dos terrenos vizinhos, banhados pela venenosa porcaria apenas um pouco mais liquefeita, proveniente das desvalorizadas estações de tratamento de águas residuais.

O Ambiente padece e como retaliação, quase de forma sistemática, lá vão sendo aplicadas umas coimas (multas) para a Autarquia pagar!

Mais uma herança deixada pelos “veteranos boys” da dinastia CDU/Viana, sob o lema: quem vier atrás que feche a porta!


Foto tirada à saída da "fossa" de Alcáçovas, no glorioso verão de 2009

Sobre o mesmo tema pode ler:
Introdução
Capítulo 1- Recursos humano
Capítulo 2 - Vias de comunicação
Capítulo 3 - As condutas de água e arruamentos dentro dos perímetros urbanos

9 Comentários:

Anónimo disse...

O Engº Rocha continua aí, com as mesmas funções. Boa sorte :)

Anónimo disse...

Em Viana as ETAs podem não estar a funcionar em pleno mas ninguém fala de Portel que manda a merda directa para a barragem de onde todos nós bebemos mas a Camara é PS jã não faz mal.

Anónimo disse...

O Eng. Rocha ainda continua como funcionário da Autarquia.
Se é bom ou mau técnico eu não posso saber.
No entanto, quem o admitiu foi o Estêvão e deu-lhe a chefia antes de se ir embora, por troca com o camarada arquitecto????

Anónimo disse...

Mas afinal quais foram as pessoas que tiveram que carregar os camiões de lixo à forquilha e quem deu essa ondem?

Anónimo disse...

Formulado por Laurence Johnston Peter, o designado “Princípio de Peter”, hoje considerado como um clássico na área da gestão de recursos humanos, postula que “nas organizações burocráticas, hierarquicamente estruturadas, os funcionários tendem a ser promovidos até alcançarem o seu "nível de incompetência"”; ou seja e trocando por miúdos, os funcionário tendem a subir na carreira até alcançarem uma posição onde se irão perpetuar e para a qual são manifestamente incompetentes.

Anónimo disse...

Deixem-se de tretas e assumam o que disseram. O "crime" do estevão foi cumprir a lei e colocar o pessoal dos lixos a fazer os horarios que tinham que fazer. Vocês em campanha disseram que iam pagar as horas extras aos trabalhadores do lixo e agora como fazem? Ou cumprem e desrespeitam a lei ou não cumprem, ficam como mentirosos e mais tarde ou mais cedo vão ter as mesmos a fazerem "greve de zelo" e se não ficam a pau vão vocês rcolher o lixo. O João Luis do lixo das Alcaçovas continua a mamar as ajudas de custo e o esforçado Ginete continua a ver passar os passarinhos e o Manzoupo tem opinião sobre isto?

PILERIAS

Anónimo disse...

Promessa eleitorais? cumpre-nas todas! Eu ontem vi o João Limas, caminhava de lado, percebi depois que era do peso do dinheiro que levava no bolso, aquele que lhe prometeram na campanha. Ah ah ah

Anónimo disse...

O modelo de gestão directa da recolha dos resíduos sólidos, pela Câmara de Viana, está gasto e nunca provou ser o melhor. Antes pelo contrário, a rapaziada ligada a esse serviço sempre o fez como queria, entendia-o e ainda o entende como "empreitada", quanto mais cedo largarem, melhor. Por isso os carros de recolha tão grandes que quase não cabem nas ruas do concelho, por isso os sinais de estacionamento proibido surrealistas, por isso os grandes contentores no centro da Vila a perfumarem as casas dos desgraçados dos moradores a cujas habitações estão encostados, por isso a péssima qualidade deste serviço. Está na hora de racionalizar este (e outros) serviços autárquicos. A solução? Simples, a privatização.

Anónimo disse...

O que pensam o PS, o Presidente da Câmara e os autores deste blog sobre este ultimo comentario? Desculpem se troquei a ordem mas parece-me que entram todos na mesma porta.
Pensam mesmo isto que aqui foi escrito?
Não seria já altura de se saber afinal se pensam alguma coisa sobre algum assunto?
Não se pede agora a resolução mas a maneira como pensam resolver se calhar seria tempo...ou não?

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