Em contracorrente, João Penetra AINDA É PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALVITO, só deve mesmo desgrudar daquele cargo, quando no dia 17 de Setembro começar oficialmente a campanha eleitoral para as autárquicas.
É por essas e por outras que o Alentejo tem perdido, eleição após eleição, a sua tonalidade vermelha.
A ética política, bem como certos valores universais, estão cada vez mais arredados do sistema cognitivo de muitos carreiristas e descoloridos autarcas formados na “cantera” da CDU/Viana: “tudo, mas tudo, tem sido feito nos últimos mandatos desta filial da CDU”, ao mesmo tempo que se apregoa localmente "a moral e os bons costumes”.
Em comparação com a vitimizada propaganda política de João Penetra, é de somenos importância algumas “Obras construídas durante os mandatos da CDU”: as ineficazes estações de tratamento de esgotos espalhadas pelo concelho. “
Alguém muito a propósito, em comentário, fez notar aqui na Barbearia o seguinte:
“João Penetra anda a reunir com as Associações em Alcáçovas a pedir que votem nele para terem um presidente de Alcáçovas”. Com esta atitude divisionista, como é que este homem quer ser presidente de todo o concelho, quando apela á rivalidade e não à competência. Este homem acha que pelo fato de ser de Alcáçovas é motivo suficiente para ser presidente. E as pessoas de Viana e de Aguiar?”
O concelho de Viana do Alentejo repudia um presidente divisionista, necessita sim de um presidente agregador, que olhe para o concelho como um todo, e é isso mesmo que tem sabido fazer com mestria Bengalinha Pinto e a sua vereação.
Recordamos, mais uma vez - João Penetra foi vice-presidente da Câmara de Viana do Alentejo durante 14 anos e podia ter permanecido nesse cargo durante mais dois anos, mas preferiu abandonar esse honroso lugar, em 2007.
Tal como às vezes acontece nas equipa de futebol, João Penetra rasgou a camisola da equipa, onde foi treinador adjunto de Estêvão Pereira, durante 14 anos, Na altura em que João Penetra abandonou a equipa liderada por Estêvão Pereira, a maioria das pessoas pensou que João Penetra tinha largado definitivamente a prendada carreira política, abraçada desde muito novo.
Mas quem pensou assim enganou-se. Em 2009, eis que João Penetra ressuscita como treinador principal da equipa de Alvito e, logo desde muito cedo, os adeptos da equipa local, antevendo a descida de divisão, acenam com lenços brancos das bancadas, pedindo a saída do treinador.
Há quem conjecture sobre a inusitada saída de João Penetra, da Câmara de Viana do Alentejo: dizem essas pessoas que João Penetra já não suportava continuar sob a alçada de ninguém e, muito menos de Estêvão Pereira. Quando João Penetra queimou as fitas na Universidade de Évora, pouco tempo antes de ser doutor, e pedir a reforma em 2005, sabe que pode sair temporariamente de cena a breve trecho, pois tem o seu futuro minimamente assegurado.
Reunidas essas duas excelentes oportunidades, João Penetra, cada vez mais inconformado por não ver as luzes da ribalta apontadas para si, e de representar sempre o repetido papel de actor secundário, sai da Câmara em 2007, batendo com a porta aos seus eleitores. Esta situação de “venho ali e já volto”, também só foi possível, com o beneplácito das novas e desviacionistas lógicas de poder da CDU, pois se assim não fosse, pelas listas daquela força política, João Penetra nunca mais seria candidato a coisa nenhuma.
João Penetra era e continua a ser uma sombra de Estêvão Pereira, demonstrou isso em Alvito, por muito que isso lhe custe reconhecer.
Ao não ter arte nem engenho para dirigir uma pequeníssima autarquia, com menos de metade dos habitantes do concelho de Viana do Alentejo, é considerado muito justamente por aquele povo, como o pior presidente que por lá passou.