sexta-feira, 10 de abril de 2009

O "buraco" da rede de águas em que estamos metidos

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A rede de abastecimento de água no centro da Vila de Viana está velha e a rebentar pelas costuras. Construída há mais de cinquenta anos, foi dimensionada para uma população com hábitos de higiene muito diferentes dos actuais. A sua urgente substituição, a par da rede de esgotos e de águas pluviais, é mais do que evidente, mas os nossos executivos autárquicos assobiam para o ar e fazem como se nada fosse com eles. As suas preocupações são outras, obras mais visíveis que, em altura de eleições, se transformem rapidamente em votos.

Nestes últimos três dias, quem passe ali pela zona da Praça da República, em Viana, tem certamente assistido a um espectáculo no mínimo surrealista. Os rebentamentos das canalizações sucedem-se uns atrás dos outros, os cortes de abastecimento de água são constantes. A cega-rega começou na quarta-feira, frente à casa do Zé Relvas. Mal o pessoal da Câmara deu esta fuga por resolvida, ao fim de quase um dia de trabalho, eis que surgiu uma nova, desta vez perto da Caixa Agrícola, ao canto com a Rua João de Deus. No dia de ontem, quinta-feira, assistimos a um rebentamento de conduta em frente da Farmácia Nova, na Rua das Lojas e, já ao fim do dia, a um outro num canto da Praça, em frente à ourivesaria do Inácio. Este último só por volta das cinco da manhã de hoje é que ficou resolvido (??), depois dos moradores da vizinhança terem sido prendados com uma noite de insónia provocada pelo gerador usado pelos serviços camarários … Mas a via sacra, já que estamos em período pascal, não estava ainda acabada. Logo pela manhã eis que a água tornou a rebentar perto da Caixa Agrícola, uns metros mais abaixo do rebentamento anterior… E, pouco depois, de novo junto à Farmácia Nova!... E se você, leitor, pensa que a coisa ficará por aqui, está provavelmente muito enganado, pois amanhã ou no dia seguinte lá teremos a rapaziada da câmara a abrir mais um buraco e a tentar heroicamente resolver o que só terá resolução com uma outra política urbana, leia-se com uma outra gestão autárquica.

Porque esta é a política do remendo atrás de remendo, do buraco atrás de buraco, da incúria e do desleixo. Promovida por quem, principescamente pago pelo erário público, se está nas tintas para tudo isto. Até quando?

Zelador Municipal

7 Comentários:

Anónimo disse...

Sem discutir o problema e a sua necessária resolução apenas digo que, após uns bitaites supostamente revolucionários para distrair a rapaziada, este blog não aguentou muito tempo e já mostrou a sua verdadeira natureza, pela maneira como escreve sobre um problema que é real. O veneno do blog é exactamente igual aos outros, uns defuntos e outros principescamente alimentados sabe-se lá por quêm. Infelizmente será mais do mesmo.

Anónimo disse...

Nesta terra, com pessoas ainda com tiques do antigamente, não se pode opinar sobre nada e muito menos divulgar os problemas que nos afectam.
É esta a realidade!

peixe banana disse...

Penso que é tempo de perceber que operações de cosmética no casco urbano primitivo e nas artérias principais do mesmo, não nos trazem nada de novo. Chama-se a isto varrer para baixo do tapete.

Anónimo disse...

“Para além dos esgotos queria também dizer-vos (voltarei a este tema) que tanto a nível do tratamento e da distribuição da água como da recolha, tratamento e selecção de recicláveis, o sistema da AMCAL e a própria Câmara Municipal deu um salto muito grande, que nos coloca ao nível do que melhor se faz neste país.”

“Já Agora”, o Presidente da Câmara, Estêvão Pereira

Anónimo disse...

Se realmente é o Sr. Presidente da Câmara, seja bem-vindo ao debate. Também sabemos que demos um grande salto em frente, concordando apenas consigo, no que diz respeito à parte final do sistema de tratamento e selecção de recicláveis.
Quanto à distribuição de água, ao longo da tubagem rota que a conduz às nossas casas, o precioso líquido vai-se “entornando” pelo caminho.
Quanto à recolha de lixo e pontos verdes, muito teremos ainda que caminhar, para sermos um exemplo para os outros.
O problema é que, como possuímos uma rede de águas e esgotos, velha, com quase meio século, a mesma está completamente “gasta”. Consequentemente, urge desde há muitos anos proceder à sua renovação, obra a guarnecer com a colocação de outras infra-estruturas enterradas.
Na minha opinião, a Câmara deixou passar inúmeras oportunidades de ajudas comunitárias, ao longo destes últimos 16 anos de mandato consecutivo, sem ter resolvido este problema.
Agora a questão que se coloca é a seguinte: pavimentar por cima de tubos podres?

Anónimo disse...

Respondo eu.... seria uma brutal asneira!!!!
Queremos os canos da água que bebemos novos, em 16 anos já tinham tido tempo de os colocar, se não gastassem tanto dinheiro em " gaitas e reboleiros""

Anónimo disse...

Selecção dos recicláveis é feita pelas pessoas, que levam o lixo para os ecopontos e não da Câmara, pk a parte da Câmara leva dias a recolher o lixo que se junta à volta dos mesmos.
São poucos e ruins.
Sou um reciclador e tenho visto muita porcaria espalhada junto aos ecopontos

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