sábado, 1 de dezembro de 2012

O consultor do Banco Mundial Artur Baptista da Silva criticou a austeridade que se vive na economia europeia

O consultor do Banco Mundial Artur Baptista da Silva criticou a austeridade que se vive na economia europeia, defendendo que, no contexto político e social que vivemos, a austeridade significa "perversidade e violência abusiva" e falta de respeito pelos direitos fundamentais das sociedades, ao impor regras que privam a liberdade de escolha e cidadania.
 
A redução "drástica" da qualidade dos políticos europeus nos últimos 50 anos é a razão, segundo o consultor.
 
"Deixámos de ter estadistas e passamos a ter homens que vivem à custa do Estado e que se projectam nas sociedades à custa das falácias e das promessas que depois acabam por não ser capazes de cumprir e que eles próprios, à partida, sabiam que não se podiam cumprir. E deixam-se ficar reféns do poder económico", defendeu Artur Baptista da Silva.
 
Para o consultor, nenhuma crise mundial pode ser apelidada de crise económica, porque "é sempre" uma crise política.
 
"São sempre os políticos que se deixam aprisionar pelos interesses económicos, e se põem ao seu serviço, em vez de se porem ao serviço das populações que os elegeram", frisou.
Na sua opinião, o capitalismo económico, "que criava empregos", deu lugar ao actual capitalismo financeiro, que destrói empregos.
 
"E porque se faz isto", questionou, respondendo que a criação de emprego e a rentabilização dos capitais através da economia "demora tempo e tem risco" e a globalização trouxe a ideia de que estar muito tempo no mesmo sítio não compensa porque esse sítio acaba por estar empobrecido e é preciso ir para os outros sítios que ainda não estão tão pobres.
 
"A deslocalização tem sempre esse objectivo", concluiu o consultor.
 

1 Comentário:

Anónimo disse...

Enganados e bem enganados

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